Jossi 13/09/2017minha estanteVocê, como outros leitores por aqui, não entendeu que o livro NÃO É UM LIVRO DE FILOSOFIA, tampouco de religião, teologia ou 'gospel', como costumam chamar aos livros religiosos modernos. O livro é pura e simplesmente um livro de ficção e fantasia, apenas mudam os figurantes: No lugar do Leão de Nárnia, eles colocaram um 'Deus' que cria avatares humanos para se aproximar das pessoas. Ao invés do ensinamento através de alegorias sutis, como em "AS CRÔNICAS DE NÁRNIA" ou ao invés de ir direto ao ponto, como em "QUO VADIS", "O MANTO DE CRISTO", "BEN-HUR", etc., o autor optou por criar sua própria fantasia do que ele supõe ou gostaria, que fosse Deus.
Confesso que o livro não me empolgou muito também, pois como cristã que sou, preferia ou um livro realista -- que falasse sobre o amor divino de uma forma mais simples e objetiva, sem todas aquelas bizarras cenas e a tal 'trindade' que não convence; ou um livro de pura e simples metáfora, mas sutil e com todas as nuances de uma obra artística literária, onde um símbolo poderoso (como o Leão) pode perfeitamente tocar nossa alma tanto quanto uma visão onírica de Deus.
O "Deus" nesse livro é apenas uma introdução simplista do autor ao seu universo particular da espiritualidade, mas ele foi exagerado ao trazer à boca do protagonista questões que JAMAIS poderão ser respondias através de uma obra de fantasia, como esta.
Você não poderia, não deveria esperar a resposta a questões transcendentais como "por que Deus permite tanto mal no mundo", vindas de um bestseller singelo como este. Agora, você asseverar que "o crescimento de ateus no mundo" (graças ao neo-comunismo, também conhecido como 'progressismo') está 'deixando fiéis desolados como é o caso do autor', é um pouco demais, né? Eu, por exemplo, sou cristã até a medula. Acredito no meu Deus e em seu Filho, e nenhum tipo de constrangimento ou 'crescimento de ateísmo' abalará um milésimo de minha fé.
O fato de soar "catequizador" não é algo ruim, por que seria? Se alguém não quer saber de Deus (mesmo esse Deus fantasioso do livro), simplesmente NÃO LEIA. O livro tem uma mensagem cristão (e/ou católica)? Tem, por isso que gostei de ler, apesar de não ter me empolgado tanto quanto eu gostaria. Quem é ATEU, NÃO LEIA. Simples assim! E, da mesma forma que existem livros ruins de outras temáticas - suspense, ação, romance de banca, auto-ajuda budista, hindu, umbandista, espírita, ocultista, etc., existem os livros ruins ou meia-boca cristãos. Talvez esse seja um deles.
No todo, achei fraco, apesar do drama familiar ser comovente. Livros de temática cristã realmente LINDOS e COMOVENTES, são os dramas épicos do final do século XIX e começo do século XX, como os que citei acima.