Camila 03/04/2015Coletâneas de Histórias de Sherlock HolmesComecei a leitura e logo no início me dei conta que este não é o que esperava, ao ler a introdução é explicado que trata-se de uma coletânea de histórias descobertas após a morte do autor, apesar de está implícito no título, só me dei conta a medida que fui evoluindo na leitura. Fiquei levemente decepcionada por que alguns textos tem a autoria questionada, mas em contrapartida tive a oportunidade de conhecer mais o autor. O responsável por reunir os textos, Peter Haining, teve o cuidado de contar um pouco sobre a vida e obra de Conan Doyle e explicar a história por detrás de cada aventura, explicando o contexto da obra e curiosidades sobre cada texto reunido e o motivo de ter sido lecionado, muito bom!
Ao todo são 12 histórias e mais 3 apêndices, além da introdução. Gostei da maioria, algumas poucas não me agradou, acho que talvez não tenha entendido bem. Os meus favoritos foram O mistério da casa do tio Jeremy, Alguns dados pessoais sobre Sherlock Holmes, O diamante da caroa, Uma morte espetaculosa e O mistério de Sasassa Valley. Ao longo do livro, foi comentado as fontes de inspiração do Sir Doyle, uma delas foi as aventuras do detetive Lupin escritas por Edgar Allan Poe! Já entrou na lista de desejados os livros sobre o detetive, junto com as histórias / livros de Conan Doyle: O cão de Backsville (na amazona o livro pode ser abaixado gratuitamente), a faixa malhada e as histórias sobre o principal vilão e claro a morte de Holmes, além da obra de A companhia branca, que o autor considera melhor que as obras de Holmes, o que despertou minha curiosidade.
Para finalizar deixo uma das citações que mais chamou minha atenção. Nela o autor explica por que matou Holmes: “Eu ainda era moço e estreava como novelista, e sempre reparara que a ruína de todo romancista que surge é provocada pela repetição. O público recebe o que gosta e ao insistir na repetição faz o escritor prosseguir até perder a novidade. Então o público se vira e diz: “Ele só tem uma ideia e só sabe escrever um tipo de história”. O resultado é que o homem se destrói, pois, a essa altura, provavelmente já perdeu a capacidade de se ajustar a novas condições de trabalho.” Isso vale não só para livros, mas filmes, séries, desenhos e demais obras que se estendem, perdendo o elemento que a torna tão interessante