A Cor Da Coragem

A Cor Da Coragem Julian Kulski




Resenhas - A Cor Da Coragem


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Leticia | @bardaliteraria 16/07/2017

Não consigo descreve exatamente minha relação com a obra, é muito sofrimento..
É complicado escrever uma resenha sobre uma leitura que de certo modo é dolorosa, quando pensamos em guerras sempre sentimos, ou deveríamos sentir, um desconforto porque sabemos que naquele contexto e ambiente tudo foi intenso e doloroso em excesso, existiu muito sofrimento...
O livro conta a história de Julian em um formato de diário, dividido em 7 capítulos vamos acompanhando sua história iniciado aos 10 anos, mostrando todas as dificuldades que uma criança tão nova teve de enfrentar tão novo. Aos 12 anos Julian já sabia manusear uma arma e fazia parte da resistência contra os alemães.
Não consigo descreve exatamente minha relação com a obra, porque ao mesmo tempo que li sobre sofrimento, me vi questionando porque sempre chegamos a esse ponto, porque sempre escolhemos a forma mais cruel. Julian se viu nesse contexto quando tinha apenas 10 anos de idade e já tinha a coragem de encarar o perigo e fazer o que podia, mesmo que fossem atitudes pequenas. Eu não me imagino deixando uma criança se arriscar assim, mas quem sou eu pra dizer algo se não estive ali...
Ainda não li do diário de Anne Frank, mas assisti a obra antiga e tive uma noção do que esperar, e mesmo sabendo o conteúdo ainda me surpreende como ela e Julian conseguiram e foram obrigados a amadurecer nesse contexto tão desumano. Ambos perderam parte da infância e a inocência da vida, pelas atitudes e escolhas alheias...
A obra da editora está linda e informativa, o livro é cheio de imagens, mapas e informações adicionais que situam a leitura e dão ainda mais realismo e profundidade a uma experiência de vida que por si só já é difícil de ser lida.

site: http://bardaliteraria.blogspot.com.br/2016/11/a-cor-da-coragem-de-julian-kulski.html
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Lina DC 12/02/2017

"A cor da coragem" é uma obra baseada no diário de Julian Kulski, que no início da Segunda Guerra Mundial era um garotinho de dez anos de idade. É através dessa perspectiva, de um jovem inocente que vai se tornar um adulto precocemente em meio do caos que o leitor é levado aos acompanhamentos. Cada capítulo representa um ano da vida de Julian e a obra termina com os seus 16 anos de idade e o desfecho da guerra.
A narrativa é feita em forma de um diário, com data e dia da semana. São comentários, na maioria das vezes, curtos, pequenas observações sobre o que aconteceu naquele dia com Julian, seus familiares e seus amigos.

"Descendente de um rabino-chefe da Varsóvia no século XIX e de um rei da Polônia no século XVIII, Julian Kulski é um exemplo vivo da coexistência das religiões da Polônia antes da convulsão provocada pela Segunda Guerra Mundial e da tragédia do Holocausto orquestrado pelo nazismo alemão". (p. 15 - Introdução)

Inicialmente Julian narra a ida da família para Kazimierz, mas que alguns dias depois Stefan Starzynski, o prefeito de Varsóvia, envia uma carta para o seu pai (que também se chama Julian), para retornar o quanto antes. A partir desse momento, a vida dessa família muda radicalmente..
Em um período de dois meses, Julian (o pai) é eleito o prefeito de Varsóvia e a rotina da família Kulski se altera. Uma de suas melhores amigas, a Zula, precisa se mudar, a mãe começa a comprar alimentos no mercado negro e a vender objetos por lá também e as pessoas estão mais quietas, reflexivas e assustadas.
Nas ruas, Julian observa exércitos alemães perambulando, o toque de recolher sendo imposto e a vida leve e tranquila desaparece.
Conforme os meses vão passando, Julian começa a se ressentir da situação. Na sua mente, ele começa a bolar planos mirabolantes de vingança, como roubar placas ou fornecer a direção errada para os alemães que perguntam por informações. São coisas que podemos achar bobas, mas para um garotinho são feitos incríveis.
Porém, a guerra vai ficando cada dia mais e mais violenta e quando familiares queridos de Julian são presos, o garoto mergulha de vez na revolução. O pontapé inicial é quando Julian vai passar alguns dias com Ludwick Berger, seu antigo mestre de escotismo. Ludwick torna-se um mentor e o apresenta à Resistência, um grupo de indivíduos dispostos a arriscar a própria vida para expulsar os alemães. Fica claro para o leitor o quanto Julian amadureceu em tão pouco tempo. De um garotinho sonhador, ele se torna um soldado que é preso aos 14 anos pela primeira vez e depois aos 16 anos de idade, novamente, onde vai parar no Stalag XI-A.
Apesar da obra se basear em um diário de um garotinho, ela é rica em informações históricas. O livro contêm apêndices, um resumo sobre a Polônia na Segunda Guerra Mundial, questões para debate e até a biografia do autor. Visualmente, o livro está recheado de imagens, fotografias e mapas. Todas as páginas tem uma ilustração e informações adicionais.
Além de tudo isso, o livro contêm extras digitais em todos os capítulos. Para o leitor acessá-los, só precisa escanear os códigos QR ou digitar a URL que aparece sob cada imagem.
O livro é uma preciosidade e apresenta ao leitor uma descrição vívida dos horrores que ocorreram durante a Segunda Guerra Mundial. Uma história de sobrevivência, amor e família pela perspectiva de um jovem corajoso.

"Até então eu não me dera conta de que o Stalag XI-A abrigava prisioneiros de guerra de inúmeras nacionalidades. Descobri também que era um grande campo, com dezenas de milhares de homens. Apesar do tamanho, contudo, a administração era muito eficiente. Os alemães mantinham registros detalhados de cada prisioneiro, e logo recebi o meu número no campo - prisioneiro de guerra 45517". (p. 350)

site: http://www.viajenaleitura.com.br/
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