A Bagaceira

A Bagaceira José Américo de Almeida




Resenhas - A bagaceira


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Vinícius 08/07/2020

Um marco
Livro marcante sobre seca e suas consequências no nordeste brasileiro, onde os: "esqueletos redevivos caminhavam" em busca de dias melhores.
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Axel.Rodrigues 15/05/2020

Boa história
Conta uma boa história, interessante, você quer saber o que vai acontecer, mas ao mesmo tempo a escrita e o regionalismo dificultam essa leitura, deve ser feita sem pressa ou não é feita.
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jonatas.brito 22/04/2017

Leitura impactante e necessária!
Ao concluir a leitura de “A Bagaceira”, tive a absoluta certeza de ter, em minhas mãos, uma autêntica relíquia literária brasileira. O romance é significativo por tratar-se, primeiramente, de sua importância histórica para o nosso país. Este livro inaugurou uma nova fase literária, denominada Romance de 30. Após sua publicação em 1928, seguiram-se diversos outros romances caracterizados pelo forte tom de protesto, denúncia e alerta para os grandes problemas existentes na região Nordeste do Brasil. A seca, o êxodo rural, as desigualdades e conflitos sociais eram temas frequentes nas obras de autores desse período, como Raquel de Queiroz com seu romance “O Quinze” (1930); “Mar Morto” (1936), de Jorge Amado e “Vidas Secas” (1938), de Graciliano Ramos. Todos, coincidentemente ou não, escritores nordestinos.

O paraibano José Américo de Almeida (1887 – 1980), autor de “A Bagaceira”, conhecia de perto as adversidades sofridas pelo povo sertanejo. Advogado de formação, usou a política e a literatura como ferramentas para denunciar o descaso do Estado para com o nordestino e seus flagelos. Além de romancista, José Américo foi promotor público, deputado federal, senador, ministro, pré-candidato à Presidência da República e membro da Academia Brasileira de Letras. Sua obra causou grande impacto quando de seu lançamento. Por intermédio de um trágico triângulo amoroso entre seus personagens, o autor conseguiu chamar a atenção e tornar público os reveses de quem sofria com a seca.

Ambientado em uma das grandes secas do século XIX, mais precisamente em 1989, o autor nos apresenta Dagoberto, grande proprietário de terras e dono do Engenho Marzagão, e Lúcio, seu filho e estudante de Direito. A princípio o leitor notará que há uma relação conflituosa entre pai e filho que se agravará durante do curso da história. Certo dia, bate-lhe à porta um grupo de retirantes, composto por Valentim, sua filha Soledade e Pirunga, filho de criação de Valentim. Dagoberto, por razões só reveladas posteriormente, acolhe a família em sua propriedade. Acerca dos retirantes, o autor realiza uma triste e fatídica descrição que faz jus, em parte, à comoção do público de sua época:

"Os fantasmas estropiados como que iam dançando, de tão trôpegos e trêmulos, num passo arrastado de quem leva as pernas, em vez de ser levado por elas. Andavam devagar, olhando para trás, como quem quer voltar. Não tinham pressa em chegar, porque não sabiam para onde iam. (…) Não tinham sexo, nem idade, nem condição nenhuma. Eram os retirantes. Nada mais."

Dagoberto está longe de configurar-se um salvador. Figura cruel e prepotente, sabedor de que os retirantes não possuem opção senão serem subjugados, trata-os de forma humilhante e em condições desumanas. Soledade, porém, é a personificação da inocência e da sensualidade feminina. Ela dispõe de seus dotes sexuais exercendo, assim, forte influência sobre a maioria dos personagens. Diante disso e longe de ser apenas uma opção para as mulheres acometidas pela seca, o autor relata a íntima relação que há entre a fome e a exploração sexual das meninas sertanejas:

"…a exploração bestial da carne magra. O gozo contrastante das mulheres desfeitas, corrompidas pelos fétidos sintomas da fome. O estômago exigia o sacrifício de todo o organismo, até nas suas partes mais melindrosas. Tudo era vendido pela hora da morte; só a virgindade se mercadejava a preço baixo. Meninas impúberes com os corpinhos conspurcados. Deitavam-se a elas nos fundos das bodegas por um rabo de bacalhau ou um brote duro."

Assim sendo, Lúcio, ser puro e romântico, vê-se totalmente envolvido pela menina retirante. Porém, por mais que haja um flerte entre ambos durante toda a leitura, o estudante de Direito mantém-se imaculado perante Soledade. Após um período longe do engenho, Lúcio retorna decidido a casar-se com ela. Ao externar suas intenções para seu pai, Dagoberto lhe revela um segredo que surpreenderá Lúcio e os leitores: seu pai havia abusado sexualmente de Soledade, tomando-a como sua rapariga, em sua pior definição. Doravante, o leitor acompanhará uma tragédia anunciada, tornando a leitura de “A Bagaceira” uma experiência marcante, comovente e deveras realista.

José Américo de Almeida criou uma obra em que seus personagens, descrições e paisagens exercem forte apelo simbólico. Tudo possui uma razão de ser e existir. A narrativa – com sua linguagem regionalista – é uma arte à parte, trazendo mais lirismo e poesia à narração. “A Bagaceira” é retrato do Brasil da virada do século XIX, porém, sua denúncia continua atual e necessária. Um livro indispensável, atemporal e um clássico da literatura modernista brasileira.

site: https://garimpoliterario.wordpress.com/2017/04/22/resenha-a-bagaceira-jose-americo-de-almeida/
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Simeia Silva 07/04/2017

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Já começo essa resenha, deixando claro que não sou estudante de Letras e nem tenho muita familiaridade na literatura Lírica, portanto, o meu parecer sobre o livro não é nada parecido com os resumões para vestibulares que vemos por aí. Tudo esclarecido, vamos a resenha.
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A história se passa entre os anos de 1898 e 1915, dois períodos de seca forte. O senhor Valentim, sua filha Soledade e seu afilhado Pirunga, abandonam a fazenda onde moram em Bondo, no Sertão, e partem em direção aos engenhos, onde são acolhidos por Dagoberto, dono do Engenho Morzagão. Dagoberto é o demo em pessoa, manda e desmanda sem dó ou piedade no povo que trabalha pra ele. Lúcio é seu único filho, faz faculdade de Direito e não aceita os pensamentos e o jeito retrógrado do pai.
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Nas férias da faculdade, Lúcio chega no Engenho e se apaixonada por Soledade, o que lhe traria muita tristeza, pois pra mim ela não era nada santa. Com a volta de Lúcio pra faculdade, o seu pai Dagoberto seduz Soledade, o que criou uma confusão dos diabos, levando a morte de um inocente e a prisão de outro (pai de Soledade).
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.Valentim após saber da verdade sobre quem seduziu quem, ameaça matar Dagoberto, que foge logo em seguida com Soledade e Pirunga, de volta pra fazenda do Bondo, no Sertão. E pra vingar o padrinho preso, Pirunga provoca a morte de Dagoberto, deixando Soledade sozinha. Lúcio herda o Engenho do pai, casa - se, o tempo passa, e das cinzas, ou da seca, ressurge Soledade, acabada e com um filho pequeno. No começo Lúcio a ignora, mas depois reconhece a mulher e seu filho, e o toma como seu irmão.
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NOTA FINAL: Bom, a seca, os senhores de engenho e os retirantes, foram pano de fundo da história. Adorei entender a diferença entre o Agreste e o Sertão, a terra e período de chuva são um pouco diferentes. Enfim, não sei se consegui entender e absorver, toda a essência da história e da escrita rebuscada do autor, mas se você faz faculdade de Letras ou se interessou, é uma boa pedida.

site: @sentaaileitor
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Mauro Sérgio Da 23/01/2015

Profundo, revela como as condições ambientais fazem o homem extrair de si as formas mais primitivas. Uma dessas formas "primitivas" pode ser atribuida a personagem Soledade cuja sexualidade sem rédeas se contrapõe a Lúcio, "civilizado", contido nos seus impulsos, e que idealiza seu amor por ela.
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AmadosLivros 22/11/2014

Resenha no blog Amados Livros
Não deixe de conferir nossa opinião sobre este livro no nosso blog! E lá também tem muitos outros livros legais! Dê uma passadinha lá! ;D
Link no final da postagem! ;]

site: http://amadoslivros.blogspot.com.br/2014/09/livro-bagaceira.html
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O Velho Jack 29/01/2011

A seca na visão de José Américo
A bagaceira é um marco do romance regionalista brasileiro, escrito em 1928 por José Américo de Almeida. O triangulo amoroso de Dagoberto, Soledade, e Lúcio, Soledade é uma retirante fujindo da seca que chega a fazenda de Dagoberto que por sua vez é pai de Lúcio, que logo se apaixona por Soledade, que é violentada por Dagoberto tornando-se amante dele(rapariga)- O livro em si mostra a realidade da seca no sertão Paraibano daquela época, a relação de retirantes escapando como podem do periodo de seca, e de fazendeiros brejeiros nada contentes com essa bagaceira em suas terras.
Daniel.Malaquias 08/03/2023minha estante
Lembrando que rapariga na época do livro era moça rsrs




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