A trégua

A trégua Mario Benedetti




Resenhas - A Trégua


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Morgana - Tristessa Reads 20/08/2021

Pausa no hostil
?Eu me aproximei, também olhei como chovia, e por alguns minutos não dissemos nada. De repente, tive consciência de que aquele momento, aquela fatia de cotidianidade, era o grau máximo de bem-estar, era a Ventura.?

Trégua, essa suspensão momentânea de tudo aquilo que nos é hostil, de tudo aquilo que nos desagrada. Pra mim, tão importante quanto um longo período de calmaria porque representa um conforto ainda maior depois de um pesado tempo de provação. Uma esperança mais segura que sabemos estar ali pois sentimos.
Mas, então, e quando chega o fim? E quando se há a necessidade do que não está mais e resta apenas um ser desgraçado com a presença da ausência?

Para Martín Santomé, Laura Avellaneda é sua trégua em meio à ociosidade de uma rotina apática.
Ele, um homem tanto prestes a chegar na meia idade quanto de se aposentar; viúvo há muitos anos de Isabel, cuja imagem não desaparece de todo; pai de três filhos, dois homens e uma mulher, cuja relação não tem como base a comunicação - apenas com a filha, ao longo do livro.
Ela, uma mulher com seus vinte e bem poucos anos, tímida e cuja discrição é o que mais se nota; que acredita no amor que advém por intermédio da relação de seus pais; que começa a trabalhar numa condição de subalterna de Santomé; porém cujas mãos representam vida.

E nessa trégua, em formato de diário, Santomé deposita seus dias. Fala do medo de viver algo que pensava não ser mais possível - pelo menos não para ele; de se entregar a alguém que representa uma juventude que a ele não cabe mais; do tempo que passa depressa e que para ela é a maturidade enquanto que para ele é uma ameaça; da divergência entre aparência e realidade.
Com isso fala da vida; do se acostumar ao outro; dos cotidianos de cada um que se tornam apenas deles; dos diálogos que fazem crescer e fortalecer o afeto; das mãos que, ao toque de uma na outra, significam segurança. Do conhecimento do outro e também do conhecimento de si. Da necessidade para estar. Da familiaridade que representa o amor puro, simples e ao mesmo tempo potente.

Benedetti, eu te agradeço pelos sentimentos que se fizeram em lágrimas e soluços, mas que são tão transbordantes em sinceridade.
Ana Sá 21/08/2021minha estante
Fiquei com vontade de ler!!




@raissa.reads 05/02/2024

A história de Martin Santomé ( São thomé - O incrédulo, não acreditava... adorei essa sacada) que está prestes a completar 50 anos. Viúvo e mora com seus 3 filhos, mas não tem uma relação próxima com nenhum deles. A gente vai acompanhando a rotina cinzenta e massante de Martin por sua tão esperada aposentadoria e ao mesmo tempo que ele tá ansioso por esse ócio ele tbm fica preocupado por essa nova vida.
Primeiro acho chato essa rotina massante do trabalho, vamos acompanhando o diário de Martin e o autor quer nos mostrar como a rotina cinza de martin funciona. Com o passar do tempo, vemos uma mudança com a chegada de Laura na história e Martin muda sua perspectiva e começa a refletir sobre o futuro. Um livro calmo e lento que não me chamou muita atenção.

Perfil literário: @raissa.reads
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Juliana Fernanda 02/09/2021

Uma trégua na vida
Mario Benedetti constrói uma narrativa simples, muito bem contada e extremamente fluida. Livro publicado em 1960, uma das obras mais importantes da literatura latino-americana contemporânea.
Primeira vez que tenho contato com um romance do Uruguai e fiquei fascinada com toda a história. É um livro extremamente sensível, causa incômodo o que necessita de uma reflexão sobre as relações humanas.


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Fran Piva 02/02/2022

Um homem de 50 anos, classe média, pai de 3 filhos cuja relação é fria, tem uma vida vazia e cinzenta. Está a espera da aposentadoria com a esperança de o ócio o preencher.
Essa monotonia tem uma trégua ao se apaixonar por um moça mais jovem e experimentar que a felicidade está no simples, mas se dá num ápice!
Um livro pra muitas reflexões: sobre nossa existência, nossa escolhas, sobre felicidade, e sobre mediocridade!
Foi bom viver esses dias lendo seu diário!
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Kimberly30 13/09/2021

Trégua
Para se deixar levar pelo que o autor escreve, é mesmo necessária uma trégua. O personagem principal é um machista homofóbico, que apenas em breves momentos nos deixa esquecer de seus preconceitos. Ainda assim, é um retrato de um homem beirando os cinquenta anos escrito nos anos 60, ou seja, bastante realista.

A escrita de Benedetti, ainda que com todo o incômodo, caminha entre a filosofia e o cotidiano e isso torna o livro gostoso de ler. Mas, assim como aquele tiozão que você vai encontrar no Natal, ainda que ele tenha muitas reflexões sobre a vida que você ache bonitas e vivificantes, uma hora ou outra vocês vão acabar brigando...
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Natalia Oliveira 21/10/2021

Ah...para mim não funcionou... acredito que foi o momento que li e a linguagem do livro muito rebuscada... Mesmo sendo escrito em forma de diário achei a leitura arrastada...
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Thimsilva 05/09/2022

A trégua é um livro incômodo. Deixa o leitor dividido... Afinal, é certo torcer a favor do final feliz para alguém de opiniões, comentários e visões de mundo tão absurdas como Martin Santomé? Ao mesmo tempo, é certo torcer contra? Enquanto nos degladiamos entre sentimentos, vamos sendo confidentes e testemunhando o desenrolar dessa história simples mas também complexa em vários níveis, que prende e não solta até o fim.
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Lais.Lagreca 20/10/2021

Uma leitura fluida e envolvente para leitores atentos
Este romance, escrito em forma de diário, nos apresenta a história de um homem prestes a se aposentar, o Martín Santomé. Santomé registra os acontecimentos dos seus dias monótonos e repetitivos em seu diário. Viúvo há muitos anos, o protagonista, um cara meio apático, com algumas atitudes e pensamentos machistas e muito heteronormativas, parece não acreditar mais na possibilidade de a vida ser quente, alegre e prazerosa. Ele parece não acreditar mais que é possível amar e ser feliz.
Tudo isso muda quando ele se depara com alguém que (re)desperta nele a vontade de viver, de amar e de ser feliz. Assim, dando uma trégua a toda monotonia já tão consolidada de sua vida, Martín Santomé recebe essa visita inesperada do amor.

Embora seja possível perceber na personagem principal esse pensamento (que precisa ser) datado: machista e preconceituoso, é possível retirar do livro diversas reflexões a respeito da felicidade e do amor.

É claro que esse filtro crítico é importante para que, como leitores, consigamos compreender que determinados comportamentos não são aceitáveis, no entanto, sabemos que eles ainda existem. Assim, conseguimos ver em Martín Santomé um homem do seu tempo (dos anos 60) com suas belezas e suas imperfeições, que, muitas vezes, contribuem até mesmo para seus momentos infelizes.

Achei uma leitura fluida e envolvente!
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Maíra 20/09/2021

Persista na leitura do livro até o fim
O livro não me pegou de começo, a leitura foi muito arrastada e o cotidiano monótono por vezes me desestimulou a pegar o livro para ler, porém percebo que a construção foi perfeita, feita com maestria, onde o leitor vai se enredando nesse cotidiano, se familiarizando, de maneira quase imperceptível, mas bem profunda. O final é a cereja do bolo. Uma cereja demasiada amarga, mas que foi o ápice do livro e que deu sentido a todo ele. Recomendo muito a persistência na leitura até o final.
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Anelena 27/10/2021

Incômodo e reflexivo
Quem não se incomodou com o Santomé possivelmente não estava prestando atenção ??? não por ser uma leitura ruim, mas por retratar uma vida bastante apática.

O diário de uma rotina cinza, permeada de preconceitos e hipocrisias, foi paulatinamente preenchido por novas cores e sensações, quando Santomé resolve sair da apatia e se envolver amorosamente com a jovem Avellaneda.

Seja pelos incômodos trazidos pelas ações e devaneios machistas e homofóbicos do protagonista, seja pela empatia que sentimos por ele na grande reviravolta do final, o livro nos faz sentir, o que pra mim sempre é um bom sinal.

Gostei do formato e da escrita fluida, o tempo passou bastante rápido enquanto avançava no diário de Martin Santomé.
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Telma 15/09/2012

amor - uma trégua na vida!
A Trégua - Mario Benedetti

É bem difícil escrever sobre a Trégua! Dá um medo danado de não passar toda a poesia, toda a profundidade e genialidade com que Mario Benedetti faz com que nos identifiquemos com a simplicidade do cotidiano.

A leitura é totalmente voltada para adultos. Não é um livro difícil de ler mas está bem longe do que vemos comercialmente hoje em dia.
Santomé, personagem central da Trégua é viúvo há mais de vinte anos, está perto dos 50 anos, perto da aposentadoria, perto da solidão e longe da felicidade.

A guerra do cotidiano, ganha mais uma batalha toda vez que ele olha para a rotina maçante que é sua vida.

Essa rotina é modificada quando entra em sua vida, Laura Avellaneda, uma das jovens que trabalham no escritório.

A sinceridade madura e a ironia inteligente de Santomé nos faz refletir e à mim, chegar a conclusão de que a paixão/amor é movimento da vida. É o que nos impulsiona viver, tanto aos 8 quanto aos 80 anos.

A paixão/amor por qualquer coisa (pessoas, música, livros, filmes, dança, animais, etc) é a TRÉGUA que temos quando a vida parece estar em 50 tons de cinza (hehehehe). É a cor que nos faz olhar admirados pra dentro de nós mesmos ao nos depararmos com centelhas de felicidade.

Lindo, profundo, poético, sincero... Assim é Mario Benedetti e A Trégua

*suspiro*

Dois trechos amados do livro:

"ela me dava a mão e eu não precisava de mais nada.
Bastava isso para que eu me sentisse bem acolhido. Mais do que beijá-la, mais do que nos deitarmos juntos, mais do que qualquer outra coisa, ela me dava a mão e isso era amor."

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"" ... também olhei como chovia, e por alguns minutos não dissemos nada. De repente, tive consciência de que aquele momento, aquela fatia de cotidianidade, er ao grau máximo de bem-estar, era a Ventura. Eu nunca havia sido tão plenamente feliz como naquele momento, mas tinha a aguda sensação de que nunca mais voltaria a sê-lo, pelo menos naquele grau, com aquela intensidade."

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Kaká 26/09/2012minha estante
Telma, estou louca por esse livro! Gostei da resenha, a história parece ser apaixonante!
Bem que você poderia fazer o sorteio dele no blog, vai que eu tenho sorte de ganhar mais um livro novamente! hehehehe

Bjokas e sucesso sempre!


Telma 26/09/2012minha estante
hahahahaha
Esse livro é uma delícia, Larine sortudona!... mas acabo de trocá-lo por um outro que desejo muuuuuuuito!
montes de beijos pra você!


Silvia 26/09/2012minha estante
Amei a sua resenha me deu água na boca este livro.


Telma 27/09/2012minha estante
Silvinha,
o livro é realmente DEMAIS DE BOM!...rs




Amanda.Farias 09/02/2022

Não desceu.
Entendi o contexto da trégua. Achei poético o desenrolar da história, das relações que evoluíram. Mas não me desceu a quantidade de expressões, frases e opiniões preconceituosas. Queria poder enxergar a beleza que vi muitos opinarem por aí, mas, para mim, não foi possível.
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