A trégua

A trégua Mario Benedetti




Resenhas - A Trégua


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Paulo Henrique 10/09/2021

O título nada tem a ver.
Esse livro veio por meio do clube do livro da TAG, sendo que a curadoria foi feita por uma autora de outro livro entregue por eles. O começo da história é a vida como ela é, é o diário de uma pessoa prestes a se aposentar e que passou por muita coisa já.
Em um segundo momento entra um romance e sem dar spoiler o livro entra em uma outra fase.
Eu confesso que não gostei no início, comecei a gostar e terminei sem gostar, por isso a pontuação razoável. Se você estiver de mal com a vida é melhor não ler.
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Dayane 04/09/2021

Nunca li um livro tão rápido como li "A trégua", de início achei que não iria gostar, mas fui me redendo ao que o Mário Beneditti escrevera e o que ele quis passar. Fiquei presa e apaixonada pelos dois personagens principais, senti como se fizesse parte da vida deles e como os conhecesse como ninguém!
Terminei o livro em lágrimas com um final que não esperava!
Um livro que é muito mais do que uma história de amor, é um questionamento sobre a felicidade, como é difícil tomar decisões, como o tempo pode ser traiçoeiro, e como temos que aproveitar cada minuto das nossas vidas ao lado das pessoas que amamos!
Que leitura!?
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Teresa 30/01/2010

Recentemente, li este livro de Mario Benedetti que foi "um poeta dos sentimentos, das emoções e das idéias". Um dos grandes da literatura hispanoamericana, pouco conhecido no Brasil, integrou a corrente literária dos anos 60, conhecida como a "nova literatura latinoamericana" (Vargas Llosa, García Marquez, Juan Rulfo, Julio Cortázar, etc.). Um pena, ele morreu no dia 17 de maio de 2009, em sua casa em Montevidéo. Nasceu em 1920, em Paso de los Toros, Tacuarembó, Uruguai e seus pais lhe deram cinco nomes: Mario Orlando Hamlet Hardy Brenno. Por isso, dedicou um poema a um filho que nunca teve, prometendo-lhe um nome monossilábico. Foi ensaista, dramaturgo, romancista, contista, poeta e jornalista. Seu texto era bem humorado e ágil, graças aos anos de jornalismo. Foi mais um escritor que se exilou durante os anos ditatoriais na América Latina.
Este romance é escrito na forma de um diário; Martin Santomé, um homem de quase 50 anos, contando os dias para a aposentadoria é que o escreve. Viúvo há mais de 20 anos, conformado com a solidão, tem casos com mulheres que, eventualmente, conhece na noite, é um funcionário cumpridor de seus deveres, apesar de detestar o trabalho que faz, e é um pai que apenas recebe a indiferença de seus três filhos. Acha que sua vida já chegou ao fim e que nada mais vai acontecer, até que recebe uma nova funcionária, subordinada sua. Laura Avellaneda é seu nome. A partir daí, tudo muda. Laura é a trégua na vida de Santomé.
Uma história aparentemente banal, mas a delicadeza e a poesia do texto de Benedetti faz a diferença: ele mostra a insegurança do viúvo com relação a Laura (22 anos mais nova), a solidão, a felicidade possível e as surpresas da vida. Emocionante!
Escrito nos anos 50, é um livro que não envelheceu.
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Natalia Oliveira 21/10/2021

Ah...para mim não funcionou... acredito que foi o momento que li e a linguagem do livro muito rebuscada... Mesmo sendo escrito em forma de diário achei a leitura arrastada...
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guidenker 19/04/2015

"A sordidez do conteúdo desses dias maquinais" Sergio Sampaio
O livro me olhou com olhinhos de mendigo. Creio que quem lê entenderá essa metáfora. Resolvi dar uma chance e valorizar-lhe a coragem, já que ele se colocava à prova tão destemidamente.

Fiquei encantado com Matín Santomé, personagem central e narrador do romance, que é feito em forma de diário escrito pelo próprio Martín. Creio que todo leitor gosta de imaginar que os personagens mais queridos realmente existem em algum plano. Eu sou assim. Achei Martín muito simpático e bastante sofrido (sempre tenho um carinho especial pelos sofridos). Espero que ele esteja por aí em algum lugar.

O diário nos dá a dimensão do peso da rotina vivida por esse homem de "meia idade", perto dos 50 que está prestes a se aposentar e sente um misto de expectativa e desespero ante a possibilidade do ócio. O que fazer com o tempo que ele finalmente possuirá para si?

Ele fala com muita sinceridade no diário, como poucas pessoas ousam falar para si mesmas. A família aparece aos poucos, vai sendo pintada devagar. Ele possui três filhos mas não sabe lidar com a distância deles. Sente a ânsia de comunicação, mas percebe que o tempo para fazê-lo já se foi. Sua oportunidade passou há muito. Teve de criá-los a maior parte do tempo sozinho, porque a esposa morre logo quando o terceiro filho nasce.

A esposa ocupa um lugar especial porque ele luta para reter consigo uma lembrança dela que não pertença a mais ninguém. Parece que tudo o que lembra dela é pastiche de lembranças dos outros, como se ele fosse um artista ladrão de obras alheias. A única memória que lhe resta é a tátil. Lembra do que toque em sua pele, em suas coxas, mas não é capaz de lembrar seu rosto. Os filhos parecem lutar igualmente com as lembranças. Em uma passagem muito bonita, Blanca, a filha, diz à mesa de jantar: "às vezes me sinto infeliz, só por não saber do que tenho saudade". Sofre por não se lembrar.

A rotina já pesa muito quando aparece no escritório uma mulher que vai mudar a vida de Martín. Uma mulher muito comum, que aos poucos vai se destacando dos demais comuns à volta, como sempre acontece quando gostamos de alguém, pois o sentimento é sempre construído. Essa mulher vai aos poucos dando cor ao cotidiano que estava cada vez mais cinza. Ele começa a repensar suas idéias em relação à família e a deus, com quem sempre teve uma relação conflituosa.

site: http://cronicasentrelinhas.blogspot.com.br/2015/03/a-tregua-mario-benedetti.html
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Ilmar 26/09/2021

Por que gostei desse livro? Livro curto. Gosto desse estilo em diário. Achei que o autor abordou bem o personagem. Ele é o que é até aquele momento.

O que não gostei? O machismo e homofobia é evidente. Mas é compreensível pela época e o personagem? Esperado?

Recomendo? Sim
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Toni Nando 20/01/2022

Mediocridade de uma vida
LIVRO: A TRÉGUA
AUTOR: MARIO BENEDETTI
TAG CURADORIA: SETEMBRO 2021
CURADOR: ALINE NEI
PUBLICAÇÃO/EDITORA: RIO DE JANEIRO, ALFAGUARA, 2021
ONDE SE PASSA: URUGUAI
DATA: 18 / 01 / 2022
NOTA: 9

Essa é uma das obras clássicas de Mario Benedetti. O personagem de Martín Santomé nos faz pensar na vida com o sentido filosófico e com simplicidade. O livro publicado em 1960 narra um personagem que vive uma vida medíocre de classe média e conta os dias para se aposentar. Viúvo e pai de três filhos, Santomé explora temas comuns para sua época, como o machismo e a homofobia, os quais hoje causam tremendo incômodo ao serem lidos de forma banal. Mas o que traz leveza à historia é a presença de Laura Avellaneda, um interesse amoroso que o leva para altos e baixos e o faz ter crises de meia idade, pois Laura é significantemente mais jovem do que ele. A conexão dos dois é algo saborosíssimo e é prazeroso ler como se desdobra o envolvimentos afetivo deles.
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Lais.Lagreca 20/10/2021

Uma leitura fluida e envolvente para leitores atentos
Este romance, escrito em forma de diário, nos apresenta a história de um homem prestes a se aposentar, o Martín Santomé. Santomé registra os acontecimentos dos seus dias monótonos e repetitivos em seu diário. Viúvo há muitos anos, o protagonista, um cara meio apático, com algumas atitudes e pensamentos machistas e muito heteronormativas, parece não acreditar mais na possibilidade de a vida ser quente, alegre e prazerosa. Ele parece não acreditar mais que é possível amar e ser feliz.
Tudo isso muda quando ele se depara com alguém que (re)desperta nele a vontade de viver, de amar e de ser feliz. Assim, dando uma trégua a toda monotonia já tão consolidada de sua vida, Martín Santomé recebe essa visita inesperada do amor.

Embora seja possível perceber na personagem principal esse pensamento (que precisa ser) datado: machista e preconceituoso, é possível retirar do livro diversas reflexões a respeito da felicidade e do amor.

É claro que esse filtro crítico é importante para que, como leitores, consigamos compreender que determinados comportamentos não são aceitáveis, no entanto, sabemos que eles ainda existem. Assim, conseguimos ver em Martín Santomé um homem do seu tempo (dos anos 60) com suas belezas e suas imperfeições, que, muitas vezes, contribuem até mesmo para seus momentos infelizes.

Achei uma leitura fluida e envolvente!
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Franco 20/07/2021

Melancolia arrebatadora e bela
🔸enredo:

Santomé é um homem de 50 anos prestes a se aposentar e enfrentando o dilema inevitável: o que fazer com o ócio que o espera? Cético, irônico, vai passando os dias, afastado dos filhos, imerso no trabalho tedioso, driblando a solidão de sua viuvez, contando os dias para a aposentadoria. Até que, um dia, surge uma nova funcionária no escritório e, com ela, uma trégua...

🔸(possíveis) pontos positivos:

- narrativa em primeira pessoa, estilo diário, com seções curtas e tematicamente bem demarcadas;
- protagonista esbanjando uma ironia desconstrutora de vários basilares da vida cotidiana (do ambiente de trabalho aos jornais impressos);
- ambientação num Uruguai de décadas passadas, com seus cafés e horas da sesta;
- diálogos ricos, mas ainda assim simples e verossímeis.

🔸(possíveis) pontos negativos:

- traz referências históricas e culturais cujo conhecimento não é assim tão imediato;
- enredo com um desfecho mais aberto do que fechado;
- protagonista bem demarcado no tempo, e portanto refém de alguns valores que hoje em dia são bem questionáveis;
- aqui e ali surgem algumas palavras que só mesmo um dicionário para desvendar o significado.

🔸o que mais impressionou:

o livro constrói uma atmosfera que é ao mesmo tempo de desencanto e poesia, como se juntasse dois opostos, e da junção nasce uma melancolia arrebatadora e bela. Livro que a gente termina e fica ali, parado, fitando o teto.
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Morgana - Tristessa Reads 20/08/2021

Pausa no hostil
?Eu me aproximei, também olhei como chovia, e por alguns minutos não dissemos nada. De repente, tive consciência de que aquele momento, aquela fatia de cotidianidade, era o grau máximo de bem-estar, era a Ventura.?

Trégua, essa suspensão momentânea de tudo aquilo que nos é hostil, de tudo aquilo que nos desagrada. Pra mim, tão importante quanto um longo período de calmaria porque representa um conforto ainda maior depois de um pesado tempo de provação. Uma esperança mais segura que sabemos estar ali pois sentimos.
Mas, então, e quando chega o fim? E quando se há a necessidade do que não está mais e resta apenas um ser desgraçado com a presença da ausência?

Para Martín Santomé, Laura Avellaneda é sua trégua em meio à ociosidade de uma rotina apática.
Ele, um homem tanto prestes a chegar na meia idade quanto de se aposentar; viúvo há muitos anos de Isabel, cuja imagem não desaparece de todo; pai de três filhos, dois homens e uma mulher, cuja relação não tem como base a comunicação - apenas com a filha, ao longo do livro.
Ela, uma mulher com seus vinte e bem poucos anos, tímida e cuja discrição é o que mais se nota; que acredita no amor que advém por intermédio da relação de seus pais; que começa a trabalhar numa condição de subalterna de Santomé; porém cujas mãos representam vida.

E nessa trégua, em formato de diário, Santomé deposita seus dias. Fala do medo de viver algo que pensava não ser mais possível - pelo menos não para ele; de se entregar a alguém que representa uma juventude que a ele não cabe mais; do tempo que passa depressa e que para ela é a maturidade enquanto que para ele é uma ameaça; da divergência entre aparência e realidade.
Com isso fala da vida; do se acostumar ao outro; dos cotidianos de cada um que se tornam apenas deles; dos diálogos que fazem crescer e fortalecer o afeto; das mãos que, ao toque de uma na outra, significam segurança. Do conhecimento do outro e também do conhecimento de si. Da necessidade para estar. Da familiaridade que representa o amor puro, simples e ao mesmo tempo potente.

Benedetti, eu te agradeço pelos sentimentos que se fizeram em lágrimas e soluços, mas que são tão transbordantes em sinceridade.
Ana Sá 21/08/2021minha estante
Fiquei com vontade de ler!!




02/03/2022

Desesperança
É um livro sobre desesperança, sobre uma trégua de felicidade, mas, primordialmente, sobre solidão.

Não gostei e não recomendaria pra ninguém. É bem escrito, mas o autor se perde em devaneios e às vezes consegue tornar um diálogo interessante, mas logo o interrompe.
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Juliana Fernanda 02/09/2021

Uma trégua na vida
Mario Benedetti constrói uma narrativa simples, muito bem contada e extremamente fluida. Livro publicado em 1960, uma das obras mais importantes da literatura latino-americana contemporânea.
Primeira vez que tenho contato com um romance do Uruguai e fiquei fascinada com toda a história. É um livro extremamente sensível, causa incômodo o que necessita de uma reflexão sobre as relações humanas.


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Paulo 23/10/2021

A história de um homem viúvo, prestes a se aposentar e sem ânimo diante da vida.
Sua rotina, seu trabalho e seus filhos não lhe bastam para trazer felicidade ou empolgação.
Até que sua história muda ao conhecer uma mulher de 24 anos, e se apaixonar novamente.
O livro é escrito em forma de diário, e você vai vendo como o personagem principal muda e vai tornando-se alegre e com vontade de viver novamente a partir do
Momento que vai se descobrindo apaixonado.
A leitura faz refletir sobre a vida e as oportunidades, trazendo grandes emoções em suas linhas.
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Nathália 25/06/2022minha estante
Também quis saber sobre o Jaime... E tbm fiquei horrorizada com o fato de ele não se importar mais com o filho!




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