A trégua

A trégua Mario Benedetti




Resenhas - A Trégua


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Nivoca 10/07/2022

Pontos positivos: análise do cotidiano sob nova perspectiva (homem hétero uruguaio de meia idade), e escrita fluida que rendeu a fama ao escritor.

Ponto negativo: por ter sido escrito nos anos 50, parte do texto é carregada de machismo e homofobia. É necessário fazer uma leitura anacrônica, considerando o contexto da época.

No geral, é um livro profundo e soturno, e o título só faz sentido no final.
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Monique Rochneski 09/07/2022

Com uma reviravolta de doer a boca do estômago possui personagens ricos naquilo que mais nos torna próximos: a humanidade. Ninguém é perfeito, todas as vidas carregam arrependimentos e poucas pessoas são essencialmente ruins.
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Eddie.Erikson 02/07/2022

Cativante e passa a emoção vivida pelo personagem central. Escrito em forma de diário contando sobre seu cotidiano. Medos, arrependimentos, conquistas e vitórias.
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Nathália 25/06/2022

Buscar a trégua é correr atrás da felicidade!
A trégua é um livro bem curtinho e que sim, vale a pena ler. Benedetti escreve formato de diário e isso nos aproxima do protagonista Martín, um velho de quase 50 anos.
Em alguns momentos refleti sobre como a vida é breve e como é importante aproveitar cada segundo. Por outro lado me revoltei um pouco com Martín pelos discursos preconceituosos com seu filho Jaime e seus comentários machistas. Até que me dei conta de que estamos falando de um senhor, que vive no Uruguai na década de 50, então não se esperaria menos que isso.
A morte e o luto também são temas abordados nesse livro e em algumas páginas muitos questionamentos sobre a existência de Deus. E tudo isso torna a leitura muito fluida.
Sobre a aposentadoria, ficou muito claro pra mim que por mais que ela tivesse sido desejada durante todo o livro por Martin, sua chegada não foi das melhores coisas por inúmeros fatores que não posso contar aqui porque seria spoiler. E partindo dessa última questão fica a reflexão sobre viver o agora intensamente e deixar que o futuro chegue, sem grandes expectativas.
DANILÃO1505 25/06/2022minha estante
Parabéns, ótimo livro

Livro de Artista

Resenha de Artista!




Poliana.Piovezana 21/06/2022

Livro de leitura rápida?
É um livro de poucas páginas e muito conteúdo. De leitura fácil e agradável! Porém, densa, então, pode demorar mais para ler que um livro com o dobro de páginas.
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Você 18/06/2022

A Trégua
"Às vezes me sinto infeliz, só por não saber do que tenho saudade."

A Trégua é um livro bonito que em alguns pontos de sua discussão é muito interessante e em outros entediante e quase nojento.
Quando a história foca na vida do personagem, em suas tristezas e contentações e em sua reflexões sobre a velhice, o trabalho e a humanidade é realmente um livro gostoso, mesmo que meio melancólico, de ser lido.
Contudo, todas as vezes que o personagem fala sobre mulheres (que são bastante) é desconfortável de se ler, é uma visão na maior parte das vezes objetificadora. Além disso há também homofobia no livro, de forma completamente explícita.
Entendo que é necessário relevar a época em que o livro foi escrito e também o próprio personagem que está sendo representado (um homem de cinquenta anos no final dos anos cinquenta) e não desmereço todo o resto que a história faz por isso, mas ainda assim é algo que eu, pessoalmente, não gosto de ler e me deixa desconfortável.
Fora isso, é uma narrativa em que pouco acontece, focando realmente apenas nos sentimentos do personagem principal (o que é amplificado pelo fato do livro inteiro ser apenas entradas de seu diário).
Os personagens não são memoráveis mas também não são ruins ou irritantes e têm sua posição na história bem demarcada.
Bia 19/06/2022minha estante
adorei a resenha falou tudo




Alessandra.Lantimant 17/06/2022

Mário Benedetti, através do diário de Santomé, nos faz refletir sobre trajetórias de vida e como é importante saber aproveitar as ?tréguas? que ela nos oferece.
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Vitoria 09/06/2022

E eis que me peguei nutrindo alguma simpatia por um homem machista, homofóbico, acomodado, pai medíocre de 3 jovens, viúvo que parece ter há muito aposentado a alegria de viver. Martin Salomé vê os dias se arrastando à espera da sonhada aposentadoria, embora reconheça não ter planos para depois desse momento ansiado.

Até que Laura Avellaneda lhe cruza o caminho e desperta reflexões interessantes, todas anotadas no diário. De alguma maneira, a narrativa me remeteu à Insustentável leveza do ser, de Milan Kundera, com os acontecimentos se desdobrando de forma a deixar evidente a ausência de controle e a irrelevância dos planos traçados.
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Caroline 05/06/2022

Lindo!
Um livro pequeno mas que transborda sentimentalismo ao lidar com os diversos tipos de relações humanas que permeiam a vida do indivíduo e suas respectivas dificuldades. Acho que grifei uma boa porcentagem desse livro na esperança de levar tudo comigo. Simplesmente lindo.

Obs: tem algumas problemáticas (falas machistas e homofóbicas), mas não quis que esse fosse o fator determinante para a nota visto que o livro foi escrito em 1960.
Débora 06/06/2022minha estante
Falou tudo, Carol!?




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Bah 07/07/2022minha estante
Adorei a resenha!




Naiara 18/04/2022

Muito bom!
Um livro que apresenta uma ótima narrativa e que desperta ótimas reflexões.
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Ao meu ver, o autor traz um anti-herói como narrador e personagem principal propositalmente para mostrar as várias "facetas" do ser humano, mostrando que, independentemente de quem se é e do que se tem e das fraquezas, defeitos e qualidades individuais, todos estão em busca da felicidade e que o amor é capaz de transformar a vida de qualquer pessoa.
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O autor também consegue provocar reflexões sobre a relatividade do tempo, que continua passando, dia a dia, mesmo se nada de relevante, sob nosso ponto de vista, acontece; mesmo se permanecemos reclamando das mesmas coisas; mesmo se não estamos satisfeitos com a vida.
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A grande questão é: de vez em quando, todos nós precisamos de uma trégua na vida.
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Rodrigo 16/04/2022

As alegrias de um homem de meia idade
A trégua é um livro ambientado na Montevidéu dos anos 50, escrito em primeira pessoa e na forma de um diário por Santomé, um viúvo de 49 anos que trabalha chefiando um escritório de uma empresa. Vive com três filhos já adultos com quem não se relaciona bem, e, em resumo, sua vida é um pacote de tédio e resignação, sem maiores metas além de aguardar a aposentadoria e o fim do tempo de vida que lhe resta. No início, o texto é uma mistura cronológica de memórias e coisas do cotidiano, relacionamentos e filosofias de vida, com parágrafos intermináveis e sem diálogos, o que torna a leitura arrastada até cerca dos 30%.

Entretanto, tudo muda quando chegam novos funcionários, trazendo um ar de jovialidade ao escritório. Entre eles uma moça de 24 anos, Laura, que chama sua atenção por seus predicados profissionais e por sua beleza, o que, para um coração véio acostumado à solidão, é uma armadilha fatal. No início, a aproximação entre ambos é meramente formal, dada a diferença de idade. Pra ele, uma moça insignificante, e pra ela, apenas seu chefe com jeito de tiozim.

Mas a rotina acaba transformando a percepção do tiozim em relação à boyzinha, e, após várias horas-extras conferindo planilhas e muitos cafezinhos na pausa da tarde, um novo sentimento vai surgindo entre ambos; aos poucos o chefe vai extraindo detalhes de sua vida particular, e, quando abre os olhos, está novamente inoculado com o vírus das paixões juvenis, para o qual julgava ter imunidade.

Quando finalmente toma coragem e se declara, surpresa! ela disse sim. E aí, os dilemas começam a surgir: o que vale a vida do homem após perder a capacidade de sentir prazer? Como seriam em 10 anos, ele um sexagenário, ela ainda jovem; será traído? Sentirá ciúmes? Ela sonha com casamento? Viverão essa relação com a pressa do tempo que se acaba ou manterão a liberdade que lhe permite se resguardar de mágoas que já não lhe cabem? Ela, por sua vez, é uma incógnita: no início tímida, e mesmo após aceitar o pedido de namoro, continua a chamá-lo de senhor e a manter a relação num completo segredo.

Mesmo com todos esses poréns, a relação floresce, baseada mais em conversas do que em sexo. Fica estabelecida para ambos uma dualidade entre experiências de vida (ele muita, ela nada) e o estado dos seus corpos (ela uma musa juvenil, ele com sua barriga). Mas o amor é capaz de nascer no deserto mais árido, e assim se descobrem, para nossa alegria, terrivelmente conectados.

E aí, meus amigos, quando todos estão felizes porque o amor venceu novamente, vem o final e f*de com tudo, pensado propositadamente para causar impacto. Não soube o que dizer quando li, apenas me sobrou um nó na garganta, difícil de ser desatado. Ainda assim, as últimas páginas são lindas, e poderão causar lágrimas nos leitores mais sensíveis.

Em resumo, um livro que agradará a psicólogos, cinquentões saudosistas e fãs das histórias de amores impossíveis. Eu, com os meus 40 e poucos, me senti profundamente cativado. Destarte, faço votos de que todos os casais de tiozinhos e boyzinhas possam vencer as diferenças e viverem felizes para sempre, ou até que um enfarto fulminante os separe.
Roberta 16/04/2022minha estante
Ai que triste, Rodrigo. Eu estou quase na idade dele, acho que ainda tem tanta vida? Fiquei curiosa com a história. Obrigada pela resenha.


Rodrigo 16/04/2022minha estante
A sra vai gostar, tenho certeza...


Rodrigo 16/04/2022minha estante
Ah, não se esqueça, o livro se passa numa época em q a expectativa de vida era mais baixa do que é hoje... mas por que esse clima de velório? Eu falei que alguém morreu??


Roberta 16/04/2022minha estante
Falou!


Roberta 16/04/2022minha estante
A sra é ótimo ?


Rodrigo 17/04/2022minha estante
Ah, só um último comentário... ontem eu publiquei a resenha quando estava em 90% do livro, e hoje eu terminei de ler, e acabei mudando de opinião! Raios, odeio quando isso acontece... vá nos últimos dois parágrafos...


Thais645 29/04/2022minha estante
Excelente resenha. Adorei!


Vanessa.Castilhos 25/09/2023minha estante
Livro maravilhoso, profundo e mt mt real!! Adorei a resenha, Rodrigo! Parabéns!!




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Nathália 25/06/2022minha estante
Também quis saber sobre o Jaime... E tbm fiquei horrorizada com o fato de ele não se importar mais com o filho!




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