O Que é Arte

O Que é Arte Jorge Coli




Resenhas - O Que é Arte


27 encontrados | exibindo 16 a 27
1 | 2


Pam 13/02/2021

O que é Arte?
O livro tenta nos fazer refletir sobre o que é arte, o que ela representa, como ela chega até nós.
Mas o principal tema que achei mais importante, é que a arte é gerida através de um sistema capitalista, que escolhe, modela, e a classifica dentro de um padrão de sociedade patriarcal e que permanece nas mãos do mesmo até os dias de hoje. Sendo assim, a arte, é somente escolhida pela classe social mais alta e não consegue chegar para todos, fazendo com que a mesma sempre seja de conhecimento exclusivo de uma classe privilegiada.
comentários(0)comente



ana cássia 26/01/2021

a arte é.
um ótimo livro pra introduzir ao debate sobre o que exatamente, é a arte e como com o tempo algumas coisas são consideradas obras de arte e outras, não.
com uma escrita fluída e exemplos convencionais, o autor nos leva a uma breve reflexão sobre o objeto artístico e sua relação com o observador, bem como o modo que a cultura interior e exterior ao indivíduo interferem na apreciação da obra.
comentários(0)comente



Dri 13/10/2020

Quem decide o que é arte?
O livro "O que é Arte" de Jorge Coli aborda a questão da arte como conceito. Não é fácil defini-la, pois ainda não existe uma concepção científica e objetiva sobre o assunto; o que existe são abstrações, valores e expressões sobre o que enxergamos em determinado momento sobre óticas e várias vertentes do que seja a arte em sí. Um bom exemplo pode ser a obra "Monalisa" de Leonardo da Vinci ou a "Fonte" (niquitório) de Marcel Duchamp, então como caracterizar uma obra de arte e quem decide o que é arte? Aparece então a concepção do crítico, do perito ou do estudioso que examina e confere os devidos créditos e atribui o devido caráter a uma determinada obra. A nós mortais cabe se perguntar o que é arte e como se enquadra determinado trabalho em tal período do tempo. Esse é um livro que não se aprofunda no tema, porém nos dá um norte de como o assunto é abordado e questionado no meio ao qual vivemos.
comentários(0)comente



Katy 05/09/2020

O que é arte?
Jorge Coli traz grandes reflexões sobre o que é arte, o que pode ser definido como objeto artístico e quem pode ser considerado um artista. Dessa maneira nos revela que há significativa dificuldade em responder a estas questões, a conceituar algo tão amplo, pois definir é limitar, e arte é um conceito que abrange tantas formas e campos diferentes, que se ramificam infinitamente por meio dos artistas.
O autor cita a relatividade da arte, o quanto pode ser duvidosa e contraditória em muitos casos. E em seguida, questiona a cientificidade presente no meio artístico, que busca traduzir e classificar as obras, para uma melhor organização e simplicidade ao serem estudadas, porém, desse modo comprometem sua essência.
Entretanto, é possível dizer se uma produção é arte ou não. Nós mesmos, meros admiradores, conseguimos identificar artistas e suas obras. Mas o que realmente define o objeto artístico é o discurso sobre o mesmo. Por exemplo, quando visitamos um museu, sabemos que determinado quadro, lá presente, é uma obra de arte; ao expormos nossos trabalhos em uma galeria, estamos manifestando nossa arte. Também é de extrema relevância as concepções e determinações feitas por historiadores, críticos, peritos e conservadores de museus. Estes, podem classificar algo tanto como parte do meio artístico, como o seu grau de excelência. O que vale mais, o que é mais rico, trabalhado, onde foi utilizada mais técnica, e assim por diante.
Grandes fatores que fazem diferença em uma avaliação são o estudo sobre as formas, luz e sombra, perspectiva, anatomia, técnicas de aplicação da tinta, etc. Nesse contexto, é possível determinar os vários níveis artísticos presentes em cada estilo. Coli cita diversos artistas e obras na tentativa de esclarecer um pouco sobre o supracitado e exemplificar determinadas concepções.
O livro abre nosso campo de visão pois traz várias situações, explicações e caminhos para se chegar a ideia de arte. Nos deixa claro que conceituar o campo artístico não é de todo certo, e que refletir sobre o assunto e respeitar sua complexidade, de certa forma aceitar a relatividade aqui presente é o melhor caminho para entendê-la.
comentários(0)comente



Volnei 20/04/2018

O Que é Arte
Esta obra nos traz um pouco sobre a história da arte e seu desenvolvimento ao longo dos séculos. desde os primórdios do homem até nossos dias

site: http://toninhofotografopedagogo.blogspot.com.br
comentários(0)comente



Felipe 17/02/2016

"Como se aproximar da arte?"
"Tudo na arte – e nunca estaremos insistindo bastante sobre esse ponto – é mutável e complexo, ambíguo e polissêmico"

O que me levou ao livro foi justamente buscar o entendimento sobre o conceito de arte. Bem, não exatamente isso o que o livro busca. Jorge Coli abre o livro justamente apresentando a complexidade e a abrangência da arte (num museu, ver Da Vinci e Duchamp dá uma noção disto) e como é problemático estabelecer um conceito pois, como diz Wilde, "definir é limitar", a arte possui uma natureza de questionar as classificações impostas a ela, mesmo quebrá-las (o famoso quadro de Duchamp está ai para nos lembrar disto!). E como que uma forma de desarmar o leitor, ele parte em seguida no questionamento da "autoridade crítica" traçando um lúcido histórico de como esta é relativa, duvidosa e contraditória. Em seguida, questiona a busca da "cientificidade" no meio artístico: a criação das categorias estilísticas, que na maior parte das vezes buscam simplificar as obras, comprometendo toda a essência dela. Ele discute também as facetas da arte: o significado dela "em si", o como ela se difere "para nós" e como ela se dá no "para pós", unindo a isto conceitos interessantíssimos como o do "ruído" (de Umberto Eco), sobre as complicações da nossa relação com obras passadas, ao mesmo tempo que nos abre luz a como ter uma visão mais próxima as obras de arte. O autor discute também como ela é utilizada como "signo" de elite, o estado dela, a fragilidade da sua existência, as "facetas" da arte em si (a razão e a não razão que ela comporta) e, em seguida, nos dá uma belíssima discrição de como ela é algo que nos desperta para a vida, que nos coloca em diferentes universos, originários do nosso, e assim ela acabando polindo nossa visão da realidade, contendo assim toda a importância dela. O livro é maior que as poucas páginas que comporta, traz nele visões de uma pessoa bem lúcida no assunto. Recomendo!
comentários(0)comente



nathy 19/04/2014

O que é arte.
Coli tenta fazer com que o leitor reflita sobre o objeto artístico, não apenas, jogando uma definição acadêmica sobre o tema, mas trazendo uma série de contextualizações, que levam uma reflexão da visão espectador-obra de arte, ou seja, como nos, meros admiradores das arte, conseguimos identificar a arte a nossa volta, e como nos prendemos nas definições e opiniões dos críticos e estudiosos, muitas vezes desmerecendo trabalhos de autor x ou y, por que não é de consenso comum de que a obra é qualificada, de como nossos preconceitos que surgem de ante de nossa cultura interferem em nosso julgamento e apreciação da arte.
comentários(0)comente



Rodrigo Lessa 31/05/2013

O que é Arte
Como já diz no livro: Arte com A maiúsculo.

Em todos os capítulos do livro, nos deparamos com o que é arte. Um livro bem explicativo, mas que alguns capítulo eu não entendi muito, não sei vocês, porém era só ligar os fios de antes com os do capítulo atual. Até porque, antes de cada capítulo começar - a falar do seu assunto - ele voltava no capítulo anterior, como se fosse para você não se perder. Isso é ótimo. Como por exemplo: ''Vimos que no capítulo anterior...''
A arte pode ser desde a colher de pau da sua avó até a um quadro, basta você ter a sua análise ''em si'' e ''para nós''. O autor nos explica muito bem que a arte não é algo de acesso para todos, e ele fala isso diretamente:

''Você que está lendo esse livrinho, não é nem operário, nem...''
Entendem? A arte precisa muito se expandir. São poucos os que se interessam realmente em ler esse livro e saber da arte. Aliás, esse livro é ótimo para responder todas as suas questões e ter conteúdo em argumentos se alguém te perguntar O que é arte?
Meus quotes favoritos estão no finalzinho do livro, claro, nessa parte o autor foi bem mais direto com a relação autor-leitor.
Um deles é esse:

''Interessar-se pela arte significa ser mais ''culto'', ter espírito ''mais elevado'', ser diferente, melhor que o comum dos mortais.''
comentários(0)comente



Andressa 24/10/2012

Jorge Coli (Amparo, 1947) é um professor titular em História da Arte e da Cultura, no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp e colunista do jornal Folha de S. Paulo. Foi colaborador do jornal Le Monde, traduziu para o francês Memórias do Cárcere de Graciliano Ramos e Os sertões de Euclides da Cunha, em colaboração com Antoine Seel. Entre seus livros estão: Música Final- ed. Unicamp; Ponto de fuga (Perspectiva); L'Atelier de Courbet (ed. Hazan, Paris). Recebeu diversos prêmios, entre eles o "Florestan Fernandes" (CAPES), melhor orientador de tese em Ciências Humanas (2005). Foi Secretário da Cultura da cidade de Campinas.

Jorge Coli concentra seu discurso no objeto artístico. Nos diz que explicar o que é arte é uma coisa difícil. Ele propõe a questão de como saber o que é e o que não é arte. Para isso nossa cultura possui instrumentos específicos para nos dizer sobre o assunto. Um deles é que reconhecemos a competência e a autoridade do objeto artístico. Eles podem se manifestar em um museu, numa galeria, numa sala de concerto e entre outros. A seguir o autor então fala aliviado, pois nossa cultura determinará o que é e o que não é arte. Mas ele também alerta que o estatuto da arte não parte de definições abstratas, lógica ou teórica.
A arte se instala em nosso mundo pelo esplendor que envolve o objeto. Mas não há uma divisão para nos dizer o que é e o que não é arte, mas podemos dizer que uma arte é melhor que outra. Certo crítico poderá afirmar isso segundo alguns critérios, se uma obra é mais bem realizada, mais rica, ou mais profunda que outra.. Havendo uma hierarquia entre os objetos artísticos. A crítica, portanto, tem o poder não só de atribuir o estatuto de arte a um objeto, mas de o classificar numa ordem de excelências, segundo critérios próprios. Existe mesmo uma noção em nossa cultura, que designa a posição máxima de uma obra de arte nessa ordem: o conceito de obra prima (pág.14).
Os profissionais do discurso, hoje, possuem critérios que não são apenas o do saber fazer, e um critério mais variado. Não como no passado, que a melhor obra era a mais perfeita e que era julgada a partir de critérios precisos de fabricação. Os discursos que determinam o estatuto da arte podem tomar diversos caminhos. São vários os elementos em cena para determinar a preferência pela obra.
O autor nos explica que durante muito tempo há obras que são consideradas como não arte, até que românticos e alguns teóricos se interessaram por elas e demonstraram o seu valor. O autor, depressivo, chega a uma constatação: a autoridade institucional do discurso competente é forte, mas inconstante e contraditória, e não nos permite segurança no interior do universo das artes (pág.22).
Coli aponta sobre o desejo de rigor, que é importante conhecer o estilo de um autor para reconhecer com facilidade sua produção. Mesmo que o autor mantenha um mesmo estilo desde a sua primeira obra até a última ele transforma ou modifica suas estilísticas no decorrer do tempo. Mais adiante, o autor nos diz que não é importante apenas similar o estilo do artista, mas, também, descobrir o que ele revela como preocupações.
O autor cita que é preciso distinguir o crítico do historiador. O Crítico analisa as obras, e sua função é eminentemente seletiva. De certo modo, é o juiz que valoriza ou desvaloriza o objeto artístico (p.36). Já o historiador da arte procura em princípio evitar os julgamentos de valor. Entretanto, o historiador da arte não consegue evitar inteiramente os critérios seletivos, pois o conjunto de objetos que estuda supõe uma escolha. Ele busca a compreensão dos fenômenos artísticos (p.37).
Em 1915, Wölfflin, historiador, escreve um tratado: os Princípios Fundamentais da História da Arte, nele há cinco categorias que classificam o classicismo e o barroco.
1º) o classicismo é linear, o barroco, pictural;
2º) o classicismo utiliza planos, o barroco a profundidade;
3º) o classicismo possui uma forma fechada, o barroco, aberta;
4º) o classicismo é plural, o barroco, unitário;
5º) o classicismo possui uma luz absoluta, o barroco, relativa (p.39).
No decorrer do texto o autor nos dá exemplos de cada uma dessas categorias assimiladas à autores.
Além de citar Wolfflin, também cita os historiadores D’Órs e Focillon. Faz uma reflexão sobre as propostas de classificação desses historiadores, que vai do conceito estático e agrupado à independência total da obra em relação à história. Nos coloca que as obras não são absolutamente culturais ou materiais, elas vivem e se modificam, é prazer associado a razão, não explica mas nos faz sentir, é reação do complexo cultural que existe dentro de nós diante do complexo cultural que está fora.
Para Wölfflin e D’Ors, os conceitos são estáticos, eles agrupam, nada mais. Wölfflin liga-se à evolução no tempo, porque em tal momento as formas tomam tais constantes e, no seguinte, outras tantas. Mas, para ele, o barroco não é uma conseqüência do clssicismo; há uma idéia de sucessão, e não de causalidade (p.58). Para Focillon, todos os períodos artísticos passam por uma fase: primitiva, clássica, barroca; pelo menos virtualmente. Em ambos, a especificidade das artes encontra-se nas formas, são elas que permitem um sistema classificatório estático ou evolutivo.
Coli fala sobre a arte para nós, que refere-se aos instrumentos que instauram a arte em nosso mundo: história da arte, crítica, museu, teatro, cinema de arte. Através deles a arte existe. E comenta que a idéia de arte não é própria a todas as culturas e a nossa possui uma maneira muito específica de concebê-la. Isto é, selecionamos algumas manifestações materiais e damos a elas uma denominação desconhecida dos homens que as produziram.
Um objeto só é artístico porque foi aceito como tal pelas diversas “competências”: pelo crítico, pelo historiador (p.67-68).
Coli sita o cineasta francês, Jean Renoir, que deixou um texto muito bonito sobre a história da arte: “Cheguei mesmo a me perguntar se toda obra humana não é provisória – mesmo um quadro, ... uma estátua, ... uma obra arquitetural, mesmo o Partenon ... Talvez se consiga, à custa de tanto colocar cimento nas colunas, mantê-lo por cem anos, duzentos anos, digamos quinhentos anos, digamos mil anos. Mas, enfim, chegará um dia em que o Partenon não existirá mais.
Pergunto-me se não seria mais honesto abordar a obra de arte sabendo que ela é provisória e irá desaparecer” (p.74).
comentários(0)comente



Inlectus 06/09/2010

Uma boa leitura.
Como todos os livros dessa coleção, também este é agradavel e esclarecedor.
comentários(0)comente



Cibele 19/05/2010

Ele apresenta a discussão sobre o objeto artístico e demonstra os principais instrumentos, de acordo com nossa cultura, que distingui e atribui o que é ou não é arte, como: o discurso proferido pelo crítico, pelo historiador da arte e conservadores de museu - que são reconhecidos pela competência e autoridade -. Porém, que muitas vezes os instrumentos que conferem o estatuto de arte a um objeto, interferem na colocação relativa dos objetos artísticos; hierarquizam-na e atribuem maiores interesses em determinadas obras, considerando-as mais elaboradas e ricas que outras.

Coli expõem que a classificação da arte por estilos é demonstrada de forma demasiada, pois fornece um sentido de referência à essência da obra arte com suposições sobre seus significados, que acaba por tranqüilizar os receptores. Entretanto, ele ressaltante que tal atitude é insatisfatória, tal que o conceito da obra é mais complexo do que uma classificação, está que não é um instrumento de exatidão. Há a possibilidade de encontrar idéias de determinado estilo, mas de forma parcial e não obrigatória.

E diz que a arte parte de prerrogativas realizadas por nossa cultura ao dignificar objetos, ao proclamar o “em si” da arte nos objetos. Muitas vezes, especula-se que as obras possuem uma “essência” intrínseca, perene, como uma revelação superior da natureza humana. No entanto, ele reforça que somos nós que atribuímos a obra de arte significações da cultura corrente, seu caráter transcendente cultural e histórico. E em alguns momentos a relação do objeto artístico com a cultura se torna vasta e imensurável, onde as diversas análises, realizada nos objeto artístico, podem ser pertinentes e complementares às diversas afirmações, no entanto não define, nem esgota, a “verdade” da obra. Com isso, ele saliente a importância de treinar sobre a arte e sua história, para que possamos descobrir as diversas significações ocultas nos objetos artísticos.

O autor conclui no final, que o livro é uma reflexão sobre o objeto artístico finalizada, e não sobre o sentido teórico e abstrato da arte. Sugerindo, com isso, a indisponibilidade de se definir a arte de forma clara e lógica. E deve-se verificar, no objeto artístico, sua complexidade e, assim, respeitá-la. Apresentando, como objetivo final, o despertar do descobrimento de novas coisas e interrogações sobre o objeto artístico no espírito do espectador.
comentários(0)comente



Luisa 12/03/2010

Peguei esse livro pra ler pra aula de "Estética e Cultura de Massa" e achei que o autor ia discutir vários conceitos de Arte ao longo do livrinho (como ele mesmo chama sua obra). Mas Jorge Coli deu uma explicação bacana sobre o que a gente chama de arte, nossa relação com a arte, modos de classificar a arte e por aí vai. Sinceramente, consegui pensar mais arte lendo essas poucas páginas do que em todas as aulas do ensino médio. Então, a leitura valeu à pena.
comentários(0)comente



27 encontrados | exibindo 16 a 27
1 | 2