O Monge

O Monge Matthew Gregory Lewis
Matthew Gregory Lewis




Resenhas - O Monge


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Frank 20/07/2020

O monge é um romance macabro que explora a hipocrisia e crueldade presentes no cristianismo na época da Inquisição. É uma ficção fantástica e perversa, abordando temas sensíveis para a época, e até pra o mundo atual. Assassinatos, violência, fantasmas e demônios. Um livro que te prende e de leitura fluída.
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Fernanda 11/07/2017

Único
Creio que essa seja a resenha mais difícil que eu escrevo. Não sei o que dizer por dois motivos: porque não quero revelar nada sobre o enredo e estragar as muitas surpresas; e porque absolutamente nada que eu diga vai chegar a altura deste livro.
Assim que vi o anúncio do lançamento do livro no Facebook da Pedrazul, eu sabia que precisava lê-lo.
Primeiro: porque ele é mencionado em "A Abadia de Northanger" (Jane Austen), um dos meus livros preferidos da vida!
Segundo: pela proposta de um livro de terror clássico.
Terceiro: porque ele foi banido, e eu tenho muita curiosidade para saber o que na história ocasionou isso.
Quarto: porque é um clássico da Pedrazul e eu nunca vi uma editora que capriche tanto no conteúdo das obras - desde tradução até notas de rodapé.

Enfim, comecei a ler o bendito livro. No início, não compreendi o porquê de uma sinopse tão 'sensacionalista'. Mas fui completamente ingênua quando pensei que a história continuaria tranquila, como um romance trágico.
Por volta da pagina cem, as reviravoltas começam a acontecer. E digo mais: os acontecimentos são muito inesperados. E esse foi o ponto que eu mais gostei na obra. O autor lhe prepara para uma sequência de eventos que não acontece. Quando você imagina que irá acontecer algo, acontece o oposto.
Você passa a leitura inteira sem saber o final que o autor vai dar para aquela história - tragédia ou final feliz, punidade ou impunidade. A cada passagem, sua previsão sobre o final se modifica. E eu amei isso! O mistério em relação ao final foi muito mais interessante que os "mistérios" da Agatha Christie.
O enredo gira em torno de três núcleos que se interligam e se relacionam. Um deles é o do monge, cujas ações interferem no destino dos personagens dos outros núcleos.
Ah, e sobre todos os pecados e pactos satânicos, etc... Eles começam a acontecer a partir do meio do livro e adiante. O final é o ápice dos pecados e todos os atos horríveis, abomináveis e impensáveis.
Já sobre os crimes cometidos em terra, sem o envolvimento de sobrenaturalidade, creio que comecem a partir de 1/3 da leitura. Portanto, não fique confuso se o início não for nada daquilo que está na sinopse.

A narrativa do Matthew Lewis é muito simples, direta e fácil de ler. Acredito também que a tradutora tenha 'facilitado' a leitura na hora da tradução com escolha de vocábulos mais simples. Se o seu receio de ler está relacionado ao fato de ser um clássico, leia sem medo. Esse é um dos clássicos mais 'fáceis" que eu já li. A leitura flui, não há excesso de descrições ou palavras extremamente rebuscadas. O autor apenas relata os acontecimentos de forma simples.
A escrita é direta e eu senti uma pontada de humor irônico. Aquele cinismo e sarcasmo em relação a sociedade hipócrita estão presentes na obra.
Porém se o seu receio de ler for em relação aos acontecimentos sobrenaturais, eu apenas posso dar a minha opinião. Eles não me impressionaram muito. São abomináveis, é claro. Mas não acho que o intuito do autor fosse provocar medo, porém mostrar também a hipocrisia que existe na religião. Então, depende do quanto você se impressiona com acontecimentos sobrenaturais. Eu diria que se você tem alta ou média tolerância a filmes de terror, esse livro não deverá provocar medo. Mas se você tem baixa tolerância e sente medo facilmente, eu já não posso garantir que reação essa leitura causará em você.

Trechos:

"Mesmo que nem todas as pessoas sejam capazes de escrever livros, todas se consideram capacitadas para julgá-los. Uma composição ruim carrega com ela o seu próprio castigo, o menosprezo e o ridículo. Uma boa composição desperta a inveja e atrai mil formas de mortificação para o seu autor." (P. 132)

"O que estamos para perder sempre nos parece mais precioso. " (P. 142)
Peregrina 12/07/2017minha estante
Eu devorei este livro! Não conseguia largar de jeito nenhum. Fiquei meio assustada com os acontecimentos sobrenaturais no início, mas depois foi de boas kkkk. Realmente é uma leitura que prende a atenção do leitor e os inúmeros plot twists fazem com que seja difícil adivinhar o final.


Fernanda 15/07/2017minha estante
Eu não fiquei assustada com os acontecimentos sobrenaturais. Fiquei chocada mesmo foi com as ações dos vivos.
Uma vez que eu comecei a ler, não consegui largar o livro até terminar! Eu queria saber como ia terminar! hahaha


Cidinha.Mello 07/02/2018minha estante
Existe uma explicação para o primeiro trecho que você destacou. O autor foi muito criticado na primeira versão da obra, tanto pela sociedade quanto pela igreja. Numa nova versão, ele foi mais uma vez criticado por plágio, já que a maioria dos personagens sobrenaturais existem no folclore de diversas culturas. Cansado das críticas, ele aproveita as experiências do criado no mundo da poesia para fazer um desabafo. Eu adoro esse livro!!




LuizaSH 14/03/2020

Esse livro é diferente de tudo que já li, tem fantasia, acontecimentos macabros, cenas bem doidas, momentos que até dei risada. É bem louco, mas muito bom. E, à medida que vai chegando ao final, toma cada rumo, cade desfecho, eu ficava de boca aberta.
A história se passa na Espanha do século XII ou XIII, agora não me recordo bem, um período no qual a sociedade era pautada pelas doutrinas da Igreja Católica, Santa Inquisição, Indulgências, essas coisas.
O autor se inspirou em "Os Mistérios de Udolpho", de Ann Radcliffe, e em certas partes dá pra notar a semelhança, mas os enredos de um e outro são diferentes. Apesar de ambos serem do estilo romance gótico, enquanto na obra de Ann, para todos os acontecimentos, há explicações lógicas, na história de Matthew ele explora o sobrenatural, invocação de espíritos, essas coisas.
Gostei porque também expõe a hipocrisia, a vaidade, entre outros defeitos, vícios de comportamentos das pessoas, que se acham melhores que as outras, mas mostram que não são coisa alguma. E as pessoas são assim, todas iguais umas às outras, cheias de qualidades, mas também de defeitos e que estes podem levar qualquer um a sucumbir, se se deixarem guiar pelas tentações da vida.
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michelyvogel 30/01/2023

Talvez hoje a história de um monge que se deixa levar pelos prazeres mundanos possa soar trivial e batida. Mas estamos falando de um livro do século XVIII. A magia, forças das trevas, luxúria e enganação fazem parte do enredo. Adorei.
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Ana_Elisa_Toledo 28/01/2022

Impactante
Tentações existem sempre e para sempre ... As escolhas e consequências são nossas.

Escolhas ... !!!
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Daniel 01/02/2017

O Monge
Resenha no link abaixo!

site: http://blogliteraturaeeu.blogspot.com.br/2017/02/o-monge-monk-de-matthew-gregory-lewis.html

drixza 19/02/2017minha estante
Adorei a resenha, parabéns. Estava um tanto relutante em adquirir a obra, já que não faz parte de minhas leituras usuais, embora tente não me limitar a uma só linha literária, e os temas sobrenaturais mencionados não são meus preferidos, mas sua resenha aguçou minha curiosidade, certamente a obra será uma de minhas futuras leituras.




Shirley.Peixe 03/03/2024

Então tá...
Achei bem chatinho. Poderia ser mais objetivo na seu desenvolvimento, mas se prolongou demais e sem contar os poemas desnecessários, a meu ver.
Os personagens, em sua maioria, não me importaram, o desfecho de quem me interessava foi bem aguado e prematuro. A revelação final já tinha sido prevista por mim, enfim... livro ok.
Não foi perda de tempo realmente, porque além de proporciar alguns momentos que me fizeram rir, valeu pra conhecer sobre costumes, crenças, valores da época em que se passa.
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Erika Alcantara @literandofotos 25/03/2018

Tudo bem que o monge não pode ser considerado o favorito pela história, pois tem estupro, incesto, assassinato, blasfêmia e bruxaria, mas olhando o contexto e a construção da história é um dos melhores livros que já li, tem todos os elementos góticos que um romance possa ter, a escrita é impecável, a narração aterrorizante.
O Monge conta a história de Ambrósio um monge muito respeitado por toda a Madri que se ver perdido ao cair nos encantos de uma linda moça que se passou por noviço para entrar no mosteiro. Após cair em tentação Ambrósio passa a cometer as mais sombrias atrocidades.
Para mim um dos melhores lidos em 2018.
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Thali 07/06/2020

Introdução para o gótico
A escrita dessa obra traz muitas reflexões sobre como o ser humano é; como pode se submeter às tentações e às ingenuidades; reflexões sobre os comportamentos e ações dos indivíduos.
Uma coisa a se atentar é a época em que foi escrito e mesmo assim, como o sujeito sucumbe aos desejos até o ano de 2020.
Além desse pensamento filosófico por trás, há uma beleza gótica por traz da narrativa do autor. Consegue trazer de maneira detalhada à imaginação os pecados mais perversos de uma alma, assim como o sobrenatural e ambientes cheios de mistérios. Sua escrita rápida e sem enrolações, mas cheia de minúcias traz um gosto insaciável para saber o que irá acontecer atrás de cada página. Ora essa, o pecado é caráter miserável humano, por que não se deliciar com os prazeres que ele nos traz?!
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agapetae 04/04/2024

É inegavelmente gótico: não quer dizer que se manteve persistente. A experiência divertida não me desculpou o fato de só ter um arco verdadeiramente interessante. O personagem que dá o nome à obra consegue destruir qualquer beleza aqui de um jeito bem característico.
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Renan Caíque 20/04/2021

Uma das obras mais importantes da Literatura Gótica
"O Monge" (1796) é um romance gótico escrito em apenas dez semanas pelo romancista e dramaturgo inglês Matthew Gregory Lewis, com apenas 19 anos, sendo este fortemente influenciado por Ann Radcliffe. Retrata as desventuras do respeitado monge Ambrósio, dividido entre seus votos espirituais e as tentações carnais. Sua batalha interna leva a terríveis e chocantes consequências, em meio a várias outras histórias que se entrecruzam e reviravoltas inesperadas.

Esta é uma das obras mais representativas da ficção gótica. Com uma escrita dramática e sombria mesclando fantasia e realidade, no decorrer da história temos fantasmas, bruxas, castelos em ruínas, pessoas aprisionadas sob conventos, gemidos misteriosos, torturas, sequestros, mortes macabras, rituais satânicos, cadáveres putrefatos, freiras sádicas e o próprio Lúcifer.

“O Monge” gerou bastante escândalo quando foi publicado e é fácil saber o porquê. A sexualidade, as críticas ferozes à Igreja Católica e a maldade humana retratada no romance devem ter chocado a Inglaterra do Séc. XVIII, afinal há passagens que são perturbadoras até para os dias atuais. Assim, seu romance foi considerado imoral e não recebeu elogios dos críticos, porém atraiu leitores ilustres como Mary Shelley, Nathaniel Hawthorne, Charles Baudelaire, Alexander Pushkin, Lord Byron e Marquês de Sade.

O poeta Samuel Taylor Coleridge atacou o livro na Critical Reviewde fevereiro de 1797, argumentando que suas cenas de luxúria e depravação provavelmente corromperiam os leitores. Coleridge observou ainda que O monge era um romance “que se um pai visse nas mãos de um filho, ele poderia ficar pálido”.

Apesar das polêmicas, “O Monge” foi um grande sucesso entre os leitores. A escrita de Lewis é precisa e medida, e encanta com a sua eloquência e capacidade de gerar reflexões até em diálogos simples, acerca da moral, da religião e da justiça. Assim, este não é um romance perverso, e sim uma crítica à perversão humana, sobretudo aquela resguardada pela hipocrisia da falsa moralidade e das convenções sociais, culturais e religiosas.


site: https://www.instagram.com/renan_tempest/
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Roberta Irds 16/06/2023

"O Monge" continua sendo um livro polêmico, e não é por acaso, não é mesmo?
"Quando foi lançado em 1796, os críticos mais conservadores ficaram chocados com a publicação de um romance contendo blasfêmias, sequestro, assassinatos, incesto, cadáveres em decomposição e uma adoração ao diabo sem precedentes."

É claro que, por ser um clássico que representa a literatura gótica, fiquei animada o suficiente para conhecer a história. No entanto, ao ler essa breve descrição, meu interesse tornou-se inevitável.

"O Monge", escrito por Matthew Gregory Lewis, foi um dos livros da literatura gótica que mais me chocou devido à sua quantidade de ações e pensamentos devassos. Os elementos apresentados são essenciais para o desenvolvimento da história. Na minha perspectiva, o personagem Ambrosio retrata a humanidade de maneira crua e clara. Mostra que somos seres egoístas, vivendo apenas para satisfazer nossos próprios desejos, e mesmo aqueles considerados "bons" são, em grande parte, piores do que o restante de nós.

À medida que Ambrosio sucumbe à luxúria, ao orgulho e à crueldade, ele se torna o mais vil dos hipócritas. Os atos terríveis que ele comete revelam o lado mais sombrio e decadente da Igreja Católica. A obra contém cenas perturbadoras que são coerentes com o que foi descrito no início desta resenha. É verdadeiramente um livro chocante, claramente moralista. Sua mensagem é clara: onde há luxúria, há pecado e, consequentemente, o nosso fim.

O sobrenatural, o horror e as ações humanas estão em perfeita harmonia nesta obra. A leitura flui de forma envolvente, deixando-nos ansiosos para descobrir o desfecho. Mesmo após 227 anos, "O Monge" continua sendo um livro polêmico, e não é por acaso, não é mesmo?
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Isabela 25/01/2022

O Monge
O Monge conta duas histórias. Que se interligam de um jeito assustador e surpreendente. Monge Ambrósio é um dos mais importantes monge de Madri.Com sua oratoria impecavel, Ambrósio conquistou o amor e o respeito do povo. Porem em seu coracão ele não tinha empatia, se orgulhava do seu sucesso e se consiederava imune aos pecados e tentacões que seus paroquianos lhe confiavam em confissão. Se ele resistia porque os outros não poderia? Resistir a tentacão e pecados enclausurado em um mosteiro - de onde só saia para as oracões na igreja - era muito facil ne? O Mosteiro ficava proximo do Convento de Santa Clara e as freiras confessavam com ele. Que era visto como um santo. E isso só aumentava seu ego. Porem, ele descobriu um pecado de uma das freiras e ordenou a punicão mais severa. A Madre superiora do convento seguiu a risca essa recomendacão. Agnes era a freira descoberta. Ela estava no convento contra a vontade e seu coracão ja tinha um dono. O rapaz jurou ajuda-la a fugir e lhe deixou uma carta jurando amor e protecão. Foi essa carta que Ambrósio achou e foi a ruina de Agnes. Ele não teve compaixão dos seus sofrimentos. Agnes sofreu um castigo pior que a morte. Teria ela seu final feliz?
Ambrósio voltou a sua rotina. Ate que dentro do mosteiro ele achou a sua tentacão. E foi só o comeco da sua ruina. Ambrósio descobriu que um dos seus irmãos - que nunca mostrava o rosto - era na verdade uma mulher. Que ingressou no mosteiro com o unico proposito de se aproximar dele. Que lhe fazia juras de amor casto. Ate que uma noite e a visão de um seio nu sob o luar foi tudo o que o monge precisou para sucumbir. Matilda encorajava sempre que podia a luxuria de Ambrósio. Com suas palavras bem colocadas ela o fazia acreditar que não era pecado e a misericordia de Deus era infinita. Era só se arrepender, não é? Como só conseguia se satisfazer dentro do mosteiro sem correr o risco de ser descoberto ele sempre estava com Matilda. Ate que uma linda mulher entrou na igreja. E seu unico desejo passou a ser ela.
Até que ponto você iria para satisfazer seus desejos? Cego de luxuria, Ambrósio foi ate sua ruina: Assassinato, estupro, bruxaria.
Ah..Mas seu castigo final foi espetacular!
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Jessica.Ferreira 28/01/2023

O monge
O livro é muito bom, a escrita flui bastante, tem elementos góticos, romance e até um pouco de aventura. Só aviso que é para maiores de 18anos. Um livro muito válido para conhecer esse autor.
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Alessandro232 15/12/2022

Um clássico que mudou a escrita da literatura gótica
"O Monge" de Mathew Lewis é uma espécie de "divisor de águas" na literatura gótica. Antes de sua publicação, estava na moda o chamado "gótico explicado", no qual as atmosferas sobrenaturais ao longo da trama eram dissipadas, a exemplo de "Os mistérios de Udolpho" de Ann Radclife. Além disso, o elemento de horror era explorado de maneira sutil, sem muita ênfase em cenas de violência extrema.
A partir da publicação do livro de Lewis, sobrenatural deixou de ser explicado e passou a ser visto como manifestação do Mal absoluto, o horror tornou-se cru, explícito e com a descrição gráfica de atos violentos.
"O Monge" é um livro que causa um misto de atração e repulsa entre os leitores. Se você não gosta de cenas extremamente violentas ou repulsivas, é melhor passar longe dele. Além disso, o autor pesa muito a mão em temas sensíveis como abuso sexual e estupro. Também há bastante ênfase na hipocrisia religiosa e neste aspecto, o romance faz duras críticas ao clero religioso relacionado aquilo que é mantido escondido para não manchar a reputação de seus membros.
"O Monge" também é diferente em sua estrutura narrativa: são duas tramas narradas paralelamente. Uma delas é protagonizada por Ambrósio, o protagonista que dá título a obra que tem o dom da oratória. No entanto, ele tem uma sensualidade latente e após ser seduzido, de forma um tanto surpreendente - este é um dos aspectos mais interessantes do livro, ele sucumbe a luxúria e para satisfaze-la recorre às forças do Mal.
Na outra trama do livro acompanhamos os encontros e desencontros de um casal Agnes e Ramon. Neste trecho, o autor faz um amplo uso da chamada maquinaria gótica: um grupo de bandidos que atacam um nobre e seu empregado em uma floresta, um antigo castelo assombrado por uma criatura espectral, a mocinha em perigo e o herói que tenta salva-la.
É interessante que o autor posteriormente "costura" essas duas histórias, por meio de algumas situações. Apesar da trama envolvendo Agnes e Ramon ser interessante, é o segmento protagonizado por Ambrósio que fez a fama do livro, no qual destaca-se a revisão do tema do pacto faústico.
Realmente, os atos praticados por ele são terríveis e demonstram o lado mais sinistro e decadente da Igreja Católica. Além dele, no aspecto vilanesco destaca-se a abadessa que protagoniza uma das cenas mais chocantes do livro, na qual o horror explícito se manifesta com grande intensidade.
Em sua abordagem do horror é interessante o modo como Lewis combina os elementos sobrenaturais com cenas capazes de causar intensas reações de repulsa até mesmo de indignação, a exemplo de uma sequência, na qual Ambrósio mantém um moça presa no interior de uma catacumba.
Embora o livro termine com um típico final moralista, este é bastante violento macabro e surpreendente, o que vem a ser um traço diferencial quando comparado a outros romances escritos no período.
"O Monge" é até hoje uma obra inquietante e polêmica, muito bem escrita e deve ser reconhecida como um clássico, que mudou a escritura de um gênero.
A edição da Pedrazul é a única disponível em português. Em formato brochura de ótima qualidade e sua tradução é bastante competente. Se você gosta de livros clássicos, principalmente romances góticos, vale a pena a aquisição dessa obra.
priscyla.bellini2023 15/12/2022minha estante
Falou em literatura gótica, tô dentro.


Alessandro232 15/12/2022minha estante
Eu gosto muito de literatura gótica. No meu skoob, você encontra vários livros de diferentes estilos inseridos nesse gênero.




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