Eugênia Grandet

Eugênia Grandet Honoré de Balzac




Resenhas - Eugênia Grandet


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Craotchky 16/09/2016

Avareza à parte...
"Recebera a medonha educação daquele mundo em que, numa noite, se cometem em pensamentos e em palavras mais crimes do que a justiça pune nos tribunais, onde as piadas assassinam grandes ideias..."

Não me foi uma leitura prazerosa; não foi uma leitura das mais fáceis; tampouco foi uma leitura com grande fluidez. Em alguns momentos, sobretudo no princípio, cogitei desistir do livro por achar que a história não iria a lugar algum. Sorte minha que não o fiz, pois, o final foi recompensador.

O início do livro me foi difícil, com linguagem rebuscada e lenta. Em certo ponto parei pensando que talvez este fosse o autor mais descritivo que eu jamais havia lido. Os diálogos eram escassos e as descrições minuciosamente detalhadas e extensas. Eu enxergava o texto, lia, mas tinha dificuldade em formar o quadro geral na cabeça. Entretanto, conforme me adaptei ao texto, tive êxito na leitura e foi mais fácil a compreensão.

Neste livro conheci o personagem mais avarento da literatura mundial. Sério, é impressionante o quanto o cara é avarento; ou, numa linguagem mais popular, mão-de-vaca. Sr. Grandet é rico, 💰 milionário para os padrões sociais onde mora, mas vive com a esposa e sua filha, qual dá seu nome a título do livro, em quase estado de miséria, pois não quer atrair olhos invejosos. Apesar de tantos cuidados, todos os cidadãos da cidade onde mora conhecem, por baixo, a situação econômica do Sr. Grandet. Por esse motivo, não faltarão homens fazendo corte à Eugênia desejosos em casar com a herdeira de tal fortuna.

"Eugênia, alta e forte, não tinha, pois, nada da boniteza que agrada às massas; mas era bela, dessa beleza tão fácil de reconhecer, e pela qual somente os artistas se apaixonam."

Como não podia deixar de ser, este tomo de Balzac me lembrou muito Orgulho e preconceito. O livro conta com um romancezinho e descreve os interesses por trás de uma união matrimonial onde o amor não é o primeiro critério. Porém, o livro de Jane Austen tem mais personagens marcantes, importantes e relevantes para a história. Aqui temos somente o Sr. Grandet possuidor desses atributos. Os outros personagens apenas compõem o quadro.

Eugênia Grandet é um clássico da literatura mundial, indiscutivelmente. Seu autor é reconhecido como dos maiores escritores da França. Creio que um clássico não recebe essa alcunha de graça. Balzac, através de sua obra, retrata um pouco a sociedade e costumes de sua época. Aliás, faz isso muito bem. Narra as relações travadas com a sempre presente polidez característica do seu tempo. O livro, como eu disse, não é fácil, por pouco não abandonei. Porém não me arrependo de ter persistido pois gostei muito do final que, claro, não vou contar aqui.

"Só conheci da vida as flores: tanta felicidade não podia durar."
Carolina 16/09/2016minha estante
Adoro este livro! Eugênia é a perfeita "pobre moça rica", e o Sr.Grandet é mil vezes pior na sovinice do que o Ebenezer Scrooge.


Craotchky 16/09/2016minha estante
Pois é, só posso falar do Sr. grandet, não li Dickens ainda, mas claro que lerei um dia. O Sr. Grandet não é uma pessoa má, só tem o problema de ser muito, muito, avarento. Ele até diz para Eugênia que ela terá de prestar contas assim que chegar no outro mundo...


Camila 16/09/2016minha estante
Deu vontade de ler! Não conhecia esse livro.


Craotchky 16/09/2016minha estante
Comprei no lendário Sebo da morte, baratinho. Se não tem outro lá, logo aparece.


Camila 16/09/2016minha estante
Vou lá! :D


Carolina 17/09/2016minha estante
Onde fica esse "lendário Sebo da Morte"? Fiquei curiosa...


Craotchky 17/09/2016minha estante
Amanhã te mando uma mensagem sobre.




Pateta 09/03/2016

VALE OURO
Por coincidência, foi num 08,03, dia dedicado a elas, que concluí a leitura deste imortal retrato de mulher. O que dizer sobre Balzac que não pareça ridículo ante a genialidade de sua literatura? Praticamente tudo o que ele nos deixou são tesouros de sensibilidade e talento.
Pateta 17/04/2018minha estante
Na releitura concluída hoje o que mais impressiona é o retrato do pai da personagem que dá título ao livro - sua avareza que não e aplaca nem mesmo para proporcionar um pouco mais de conforto à sua própria família. Na escrita de um grande autor, o belo e o feio, a virtude e o vício são capazes de despertar de forma igual o nosso mais vivo interesse.




Sil 01/03/2016

O GOSTO QUE ALGUNS LIVROS TEM…
Boa tarde pessoas lindas,

O céu está azul, os pássaros cantam, borboletas voam livremente e eu acordei feliz, pois o Léo DiCáprio ganhou o tão merecido Oscar! Pra quem, como eu, assistiu a entrega dos prêmios pela televisão, deve ter percebido a Glória Pires e os seus comentários super animados (só que não), à respeito dos indicados e premiados. A pessoa não acrescentou em nada com sua presença no programa, e estava com cara de paisagem o tempo todo… dava pra ver que ela definitivamente não queria estar ali, tanto que virou piada nas redes sociais! Enfim, poderia ter se esforçado um pouco né?

Mas o mundo não para! Mais uma segunda feira chegou, hora de fazer tudo de novo! Mas que tal fazer algo diferente? Que tal ler um livro hoje? Tenho a sugestão perfeita!
O nome do escolhido de hoje é Eugênia Grandet, do super escritor francês Honoré de Balzac, esse livro é o culpado pelo título desse post: O gosto que alguns livros tem, (gente gulosa é engraçada, até os livros tem sabor)… dessa vez: sem spoilers!

O que acontece, é que à medida que você vai lendo um número maior de livros, as chances de você ler algo com características parecidas ou iguais, se torna muito grande (uma garota frágil, que não se encaixa na sociedade, mordedora de lábios ou com algum outro tique nervoso tosco, mas que no livro deixa ela super sedutora, conhece um garoto incrivelmente lindo, um deus, perfeito, porém problemático e bla bla bla,), e com o tempo, esses livros vão perdendo o encanto, você lê aquilo, mas simplesmente não acha mais legal, acha repetitivo e cansativo… Eu estava lendo alguns livros assim, foi quando resolvi ler o Eugênia Grandet, até então eu nunca tinha lido Balzac. Quando comecei, a leitura estava muito monótona: o dia-a-dia de um homem muito rico, porém muito avarento, que planeja seus gastos e ganhos minimamente. Não é um livro que me animou muito no começo, porém, quando a história vai se desenrolando, começamos a sentir o gosto desse romance, e o que eu senti, foi o gosto amargo da vingança e da solidão.

Um clássico da literatura, recomendado para aqueles que também estão cansados de personagens e livros com o mesmo sabor!

Detalhe: Mulheres de 30 anos são chamadas de Balzaquianas. A expressão teve origem após a publicação do romance “A Mulher de Trinta Anos”, do escritor Honoré de Balzac.

Tchau e bora colocar sazón nesses livros!

site: http://www.colunadovale.com.br/o-gosto-que-alguns-livros-tem/
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Lia 01/03/2016

Uma leitura agradável que Balzac me proporcionou.
Balzac tinha um jeito magnífico de contar histórias simples. Eugênia é filha única do Sr. Grandet, um rico especulador da cidade de Saumur, tornou-se o mais tributado da região. Grandet é mesquinho, avarento (unha de fome mesmo) e escondia sua fortuna da esposa, da filha e também da fiel Nanon, a empregada doméstica, a mãe de Eugênia, descrita como “uma mulher seca e magra, amarela como um marmelo, desajeitada, lerda, com uma mulher assim só nos restava deposita todas as esperanças nos filhos neste caso em Eugênia já que era filha única, moça prestes a completar 23 anos, disputada pelo dote, ingênua e sonhadora, que vem a se apaixonar, claro, por um malandro ambicioso, que por ironia ou sorte era seu primo Carlos Grandet, que havia herdado somente as dívidas do pai.
O desenrolar da trama é o conflito de interesses entre esses personagens: uma filha que quer se casar com o primo, o primo que quer se casar com a fortuna dela; um pai que impede que isso ocorra a qualquer custo, uma mãe que padece do sofrimento da filha. A empregada? Bem, essa talvez seja a única que escapa a um destino menos cruel. Época diferentes, mas os conflitos são os mesmos.
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Paulo Henrique 21/01/2016

Uma magnífica obra.
Esse livro é sem dúvidas um dos prediletos da minha vida, um livrou que me fascinou de todas as formas. Que maravilha de livro, que leitura mais prazerosa. Eugênia Grandet .... conta a história de uma típica provinciana filha de pai rico e que é disputada por potenciais maridos. Ela se apaixona por seu primo que, aconselhado pelo de Eugênia, antes parte em busca de fortuna. Eugênia fica resignada à espera. Tal sinopse parece apontar para um romance triste e sentimental. Nada disso. Há uma grande ebulição em torno do personagem principal do livro, o pai de Eugênia, rico comerciante de vinhos que é um dos maiores avarentos da história da literatura.

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Alice 11/11/2015

Bom começo, fim sem graça
Eugênia é a filha única de um velho rico, mas mão de vaca. Sua vida pacata lhe é suficiente até a chegada de um primo q lhe rouba o coração é a inocência, assim como o sossego do velho ovina.
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Na Literatura Selvagem 12/01/2014

Melhor Leitura de Julho 2013
Um clássico de 1833, Eugênia Grandet é sobre a história da personagem que dá nome ao livro, e o cotidiano de sua família abastada, numa província francesa. Eugênia é filha única de um rico comerciante avarento, o sr. Grandet. A história se passa na primeira metade do século XIX. O livro é rico em detalhes, tanto na ambientação como nos próprios personagens. Balzac escreve de forma poética os hábitos da sociedade do interior da França, bem com seus costumes tipicamente rurais e econômicos. O pai de Eugênia é a personificação da avareza na terra. Dono de muitas terras, com uma reputação respeitada na cidade, adquiriu fortuna por causa dos vinhedos, algumas terras arrendadas e uma abadia, bem como por ter se casado e ganho o dote de sua esposa. Com um talento exímio em administrar seus negócios, aumentou sua fortuna e vive o tempo inteiro economizando, fazendo contas e cobrando seus arrendamentos.

Por meio de um infortúnio do destino, seu sobrinho, filho de um irmão distante, fica a seus cuidados. E acaba virando alvo de afeição da garota Eugênia. Seu amor por ele não pode ser consumado de forma alguma porque o rapaz agora se encontra pobre, e seu pai nunca aceitaria entregar sua filha [e principalmente sua fortuna] nas mãos de um pobretão. Além disso, há rapazes com muitos bens de olho em Eugênia, embora até pra esses, o tanoeiro se recuse a dar a mão de sua filha. "Estão aqui por causa dos meus escudos. Vêm aborrecer-se de olho em minha filha. Pois bem, minha filha não será nem de uns, nem de outros, e toda essa gente me serve de arpão para a pescaria."
Seu belo primo precisa partir, e ela oferece sua pequena fortuna para que ele refaça sua vida e volte para desposá-la. Nesse meio tempo, o sr. Grandet descobre que sua única filha deu seu ouro para o rapaz...

Leia o texto completo em

site: http://torporniilista.blogspot.com.br/2013/08/resenha-do-mes-julho-eugenia-grandet.html
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Dose Literária 05/09/2013

A tragédia sob o véu da classe e polidez...
Um clássico de 1833, Eugênia Grandet é sobre a história da personagem que dá nome ao livro, e o cotidiano de sua família abastada, numa província francesa. Eugênia é filha única de um rico comerciante avarento, o sr. Grandet. A história se passa na primeira metade do século XIX. O livro é rico em detalhes, tanto na ambientação como nos próprios personagens. Honoré de Balzac escreve de forma poética os hábitos da sociedade do interior da França, bem com seus costumes tipicamente rurais e econômicos. O pai de Eugênia é a personificação da avareza na terra. Dono de muitas terras, com uma reputação respeitada na cidade, adquiriu fortuna por causa dos vinhedos, algumas terras arrendadas e uma abadia, bem como por ter se casado e ganho o dote de sua esposa. Com um talento exímio em administrar seus negócios, aumentou sua fortuna e vive o tempo inteiro economizando, fazendo contas e cobrando seus arrendamentos.

Continue lendo em...

site: http://www.doseliteraria.com.br/2013/08/a-tragedia-sob-o-veu-da-classe-e-polidez.html
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Lílian 16/10/2012

O meu preferido de Balzac
Achei ótimo! Balzac aborda os costumes da França, numa época em que a aristocracia decaia e a burguesia se estabelecia como classe importante e poderosa dentro da nova realidade, a despeito dos preconceitos.
A história se passa na sociedade rural francesa.
O senhor Grandet, pai avarento de Eugênia, é uma figura fantástica e cômica. Eugênia é uma dessas personagens femininas um tanto resignadas, mas dotadas de força de carater. Sua mão é disputada por todos os vizinhos interesseiros, que dão um show à parte na obra. E há o primo falido, Charles, oriundo da aristocracia parisiense, pelo qual a senhorita Grandet se apaixona. Ele é um daqueles tipos que nos dá nos nervos, mas que não deixa de ter o seu charme.
Gostei largamente, recomendo muito.
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Rita Nunes 18/04/2012

Muito bom
Esse livro é muito bom. Tem que ser! A história praticamente toda se passa em um dia, dentro de uma casa, e mesmo assim é envolvente e gostoso de ler, com personagens muito bem construídos e uma narrativa que nos faz mergulhar em suas almas. Só mesmo um gênio para escrever algo assim!
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Myri 27/02/2012

Muito interessante como ele descreve os personagens e a sociedade francesa do início do século XIX. Sem contar que a história é muito boa e trata da solidão, do amor e da avareza como coisas intrinsecamente conectadas.
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Hellene 06/02/2012

A tirania do capital
Honoré de Balzac reúne sua obra sob o título Comédia Humana, uma “história dos modos”, segundo ele, essa história estava até então esquecida pelos historiadores de profissão. Encarando a sociedade como um organismo, por isso passível de observação, Balzac usa a terminologia “espécies sociais” para coordenar uma história sob a mística do capital que converte o mundo numa espécie de inferno onde reinam sentimentos como a ambição, avareza, histeria, um mundo de homens enfermos... Nesse contexto, o romance Eugenie Grandet apresenta “dois lados de uma mesma moeda”: a virtude da personagem-título, revelando a crença do autor de que alguns valores morais ainda são preservados, mas que ao mesmo tempo estão sucumbindo às injustiças da vida social.É ressaltar a importância da obra balzaquiana como fonte de pesquisa histórica, sociológica e literária da sociedade francesa no século XIX. Mais que obra realista o conjunto da Comédia Humana reflete uma nova perspectiva de entendimento do mundo e sua dinâmica, o marxismo, revelando uma literatura cujo objetivo não é apenas entreter, mas denunciar, atuar como observadora e denunciadora da sociedade e seus vícios.
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C r i s 07/04/2011

O Sr. Grandet, assim como a Sra. Grandet, a Eugênia e a querida Mamon são personagens tão fortes, de personalidades tão marcantes que eu nunca vou me esquecer deles. O Sr. Grandet é o retrato humano simples e chocante da avareza. Impossível não adorar Mamon, e o desfecho de Eugênia é impecável. A história não poderia ser melhor construída.
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Gláucia 14/01/2011

Os clássicos nunca morrem.
Mesmo que muita gente não tenha lido os clássicos eles sempre se fazem presentes e podemos reconhecê-los em obras, novelas, filmes, músicas atuais. Quem é de minha geração deve se lembrar de Nonô Correa, personagem de Ary Fontoura na novela "Amor com Amor se Paga" e sua pobre empregada Frozina. Não tenho dúvidas que o autor se inspirou no Sr Grandet, milionário que vive como miserável devido a sua descomunal avareza. Sua obsessão pelo ouro, escondido num gabinete acessível apenas a ele, enquanto se submete, junto com sua esposa e filha, Eugenia a grandes privações. Frozina seria Nanom, a fiel, boníssima e feia empregada.
Eugenia é a personificação da bondade, do amor, da caridade e da abnegação. Terminei o livro com lágrimas nos olhos e para espairecer corri para o Youtube, procurando cenas da inesquecível novela. Que saudades de Nonô e sua eterna frase: "a coisa tá preta!".
Marta Skoober 29/01/2011minha estante
Gláucia, sua resenha faz com que queiramos ler o livro, vai para minha estante Vou ler (mais um, não é?). Bjs.


alprado.75 10/02/2022minha estante
"Amor com Amor se Paga" (1984, Rede Globo) é um remake de "Camomila e Bem-me-quer" (1972, TV Tupi). A autora de ambas, Ivani Ribeiro, se baseou na peça "O Avarento", de Molière. O núcleo principal das 2 novelas é o mesmo da peça: o avarento Harpagon (da peça) na novela se chama Olegário Harpagão (72) / Nonô Correia (84), os filhos são Cleante (Thomás, nas novelas) e Elisa. Os pretendentes dos filhos são Mariana e Valério (Gustavo, nas novelas) e o pai dos pretendentes (até então órfãos pois se perderam num naufrágio) é Anselmo. Em O Avarento existe a personagem Frosine, mas ela é secundária




Ruthlea Nascime 19/12/2009

Eugenia Grandet é um dos poucos livros do Balzac que tem história MESMO e não tanta análise.
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