baunilha 28/06/2010Todo mundo espera alguma coisa de um Sábado à Noite!Sábado à Noite, ou simplesmente SAN é um livro que antes de tudo é um retrato de uma adolescência conturbada e ao mesmo tempo tranquila. Quando você lê a sinopse pode pensar: "ok, adolescentes, música, festa = sexo, drogas e muita encrenca". Se você leu Buble Gum ou Hell, da Lolita Pille é isso que você vai esperar porque é isso que as pessoas pensam que os adolescentes são: um bando de inconsequentes bêbados e drogados.
Então meu amigo (#BrunoFeelings) você está completamente enganado com SAN, porque o que vemos aqui é algo delicado, ingênuo e puro. O fato de duas pessoas se gostarem, não significa que elas queriam ou possam ficar juntas. Nem tudo conspira sempre a favor.
Romeu e Julieta tinham contra si o ódio de suas famílias. Abelardo era um filósofo e por isso não poderia ficar com Heloísa. Mas e Amanda e Daniel? O que faz com que dois jovens de 17 anos, aparentemente sem nenhum impedimento não consigam se entender?
Para entender Amanda é preciso entender o valor de uma amizade. Para entender Daniel, é preciso estar (ou já ter estado) apaixonado. Mandy e Danny são o típico casal que não se entende, mas que não consegue ficar separado. Mandy tem seus segredos e Danny não compreende isso. Danny tem todo um amor que Mandy não sabe se vale a pena trocar pela sua melhor amiga.
Sábado à Noite conta a história de todo adolescente: uma sequência de mal-entendidos. Porque a adolecência é assim, cheia de medos, de inseguranças, de contraditoriedade, de impulsividade de sentimentos que não se sabe explicar porque são novos e o novo sempre assusta.
Como toda história adolescente, SAN vem recheada de situações rômanticas, engraçadas, algumas tão fofas que te fazem fazer *ooownnnn* e outras que te deixam com raiva. E tem aquelas que te fazem chorar. E prepare-se, são muitas.
Como você pode ler na página da autora, SAN surgiu de uma FanFic sobre a Banda McFly, assim o livro tem muitas referências musicais e cinematográficas, afinal o que se pode esperar de uma bacharel em cinema apaixonada por música? SAN tem uma playlist própria que a Babi disponibiliza aqui e você já pode ir sentindo o clima do livro.
O livro tem uma narrativa em terceira pessoa que permite que o leitor conheça tanto o grupo de Amanda e suas quatro amigas, Danny e os seus amigos, os Marotos (ei, se eles fossem da minha escola, eu seria caidinha por eles – TODOS) que vivem uma relação de amor-ódio-desprezo.
As situações são simples, coisas do dia-a-dia, coisas completamente verossímeis. Você realmente acredita naquelas situaçãoes e a autora não tenta te fazer de idiota. Em nenhuma momento você pensa "ah, cara, tá bom… Cláudia, senta lá!"
A linguagem também não é complexa e os diálogos são atuais, com (poucas) gírias e perfeitamente adequada aos adolescentes de forma que você consegue acreditar que eles diriam aquilo como por exemplo uma situação em que Rafael está na casa de Bruno, jogando Mortal Kombat.
Não dá pra "frequentar" os bailes de Sábado à Noite sem querer dançar aos som de "She Loves You" dos Beatles. Não dá pra não querer "frequentar" as aulas de artes sentadinha sob uma árvore e seus jantares românticos nunca mais serão os mesmos se o cardápio não for miojo com brócolis.
Enfim, não dá pra não se apaixonar! Não dá pra não morrer de amor e ódio de determinadas situações. Não dá pra não se ver em algumas delas. Quem já foi adolescente, com certeza, vai se ver em alguma ou até em muitas das situações!
Talvez em alguns dias eu tenha capacidade de fazer uma resenha mais decente, mas ainda estou chorosa… Sinceramente, eu chorei bastante, em várias partes. Em várias “explosões” de sentimentos, de situações-limite e eu sou manteiga derretida e choro mesmo, não tem jeito. Assim, essa resenha foi toda 75% emoção e 25% razão.