Resenhas - A Imaginação Sociológica

Lucas1429 12/04/2023

Bom bom
Esse foi outro livro que li somente para fazer trabalho e no final me interessei.

Eu achei muito interessante quando ele fala que a gente só vai entender a si mesmo quando compreender o outro, ai eu pensei: "o que eu tenho a ver com o outro?" e foi ai que eu percebi do que ele tava falando.
Tive um pouco de dificuldade para entender por completo o livro, mas no fim foi. Recomendo bastante :)

Alan.Nina 09/04/2022

A "elocubração" sociológica
Lá pelas tantas, o autor sugere que durante as pesquisas em Ciências Sociais, os pesquisadores apresentem resultados e exemplos práticos em seus escritos (ele até usa uma métrica de a cada 3 páginas para apresentar), e esse conselho ele próprio deveria seguir. Não é o que acontece.
Na verdade, o livro é muito bom e tornou-se clássico, mas fiquei com a sensação de estar lendo algo completamente teórico e epistemológico sobre as ciências sociais, faltou exemplos práticos, dinamismo, materialidade. E o autor tinha arsenal pra isso.
Desse modo, torna-se um livro embebido pelo academicismo e escrito pra intelectuais já familiarizados com os conceitos sociológicos.

Ricardo Silas 11/11/2016

Mina de ouro para os profissionais da Sociologia
A imaginação sociológica, de Charles Wright Mills, é um dos maiores clássicos das ciências sociais do século XX. O livro propõe inovar a área de estudos acadêmicos em todos os ângulos de pesquisa, tanto prática quanto teórica, além de resgatar a tradição clássica da Sociologia como forma de se pensar as instituições e as estruturas sociais, por meio de algo que ele chamou de "imaginação sociológica". Vários cientistas sociais, se é que merecem essa referência, não fazem nada que não seja olhar os fenômenos sociais como se eles fossem superficiais e isolados. Em troca dessa postura, a imaginação sociológica capacita o sociólogo a utilizar uma lente crítica, abrangente e profunda sobre os problemas, e o permite formular questões e analisá-las em contextos cada vez mais complexos e amplos. Na época em que as ideias de Mills foram publicadas nesse livro, ele estava preocupado com o clima decadente das ciências sociais nos EUA. Para ele, havia falhas metodológicas em vários estudos então divulgados por proeminentes sociólogos, alguns dos quais são abordados aborda em breves capítulos do livro. Uma dessas falhas era a falta de sensibilidade histórica que afetava um grande número de escritores e profissionais. Mills argumenta que, para a elaboração de um trabalho sociológico, o elemento mais indispensável é a História e os fatos históricos relacionados ao objeto que desejo estudar. Sem entender as transformações que determinado objeto de estudo sofreu ao longo do tempo, será absurdamente difícil reconhecer as estruturas que atualmente estão em funcionamento na sociedade, e, na ausência desse conhecimento, nos faltará uma compreensão confiável entre a qualidade de uma boa pesquisa e seus resultados. Por isso, a História é, para Mills, o oxigênio sem o qual as ciências sociais não podem se desenvolver. Com uma escrita muito bem acessível, sem jargões vazios e desnecessários, esse livro não apenas serve de instrução para sociólogos, como para todas as outras áreas de Humanidades. O resumo que fiz aqui é modesto, incompleto e apressado, e certamente não corresponde à completude do que a imaginação sociológica pode nos ensinar.