Isabella Pina 20/09/2013Um combo de coisas que amamos pra fazer todo mundo se apaixonar!Gente, tem livro mais gostosinho do que esse? Com uma premissa tão divertida, uma protagonista fofa e que ainda por cima é uma bruxa, nós ainda temos como cenário uma escola de seres sobrenaturais! Tinha como sair errado? Não, não tinha, mas a Rachel conseguiu tornar o divertido em algo além disso.
Sophie Mercer é uma menina que, após se meter em várias confusões por conta da magia – ela sempre tenta ajudar os humanos sem poderes e acaba dando tudo errado –, é mandada, pelo Conselho, para Hecate Hall, ou simplesmente Hex Hall. Ela tem que ficar por lá até completar 18 anos, o que promete ser um saco, pois é uma escola como a nossa – cheia de patricinhas, play boys e, de vez em quando, alguém legal de verdade, só que todos essas pessoas têm um algo a mais especial, além de um motivo para estarem estudando lá e não numa escola normal.
Em Hex Hall, Sophie logo já faz inimizade com a panelinha popular, Elodie, Anna e Chaston. Além disso, ela também se interessa (contra a vontade) por Archer, nada menos que o rolo de Elodie. E, para ajudar sua reputação em Hex Hall, ela se torna amiga de Jenna, a única vampira da escola, cuja antiga colega de quarto morreu misteriosamente e todos culpam Jenna por isso.
Claro que nada disso prometia muito coisa, afinal, nós encontramos essas coisas em livros normais de YA, mas a sacada da Rachel foi construir muito bem seus personagens, principalmente a protagonista. Sabe aquelas protagonistas divertidas, sarcásticas, engraçadas e reais? Pois é, Sophie é assim, o que me fez quase que instantaneamente gostar dela. Ela tem os típicos problemas de adolescência, o que faz a gente se identificar com ela, mas mesmo assim, não é uma “bobinha” (normalmente), é alguém inteligente e com respostas afiadas.
Jenna, sua melhor amiga, também é legal. Apesar de sua fama ser terrível, dá pra notar que Jenna é a pessoa mais fofa do mundo e, mesmo sendo uma vampira, o que, caindo no estereótipo, significaria alguém sombrio, a cor favorita de Jenna é rosa e seu quarto é uma explosão dessa cor. Jenna tem que enfrentar muita gente fresca e preconceituosa, que julga antes de conhecer, o que também é bem realista, porque não é necessário ser um vampiro para já ter passado por isso.
Eu achei que já sabia como a história ia funcionar, mas, SURPRESA!, a autora conseguiu me surpreender. E isso foi delicioso! Amo quando penso que uma história vai ser legal, mas simples, e então ela se torna uma coisa muito mais legal e incrível. A Rachel foi muito criativa com relação a toda essa história de bruxaria, o que já significa muito, porque, apesar de ser um campo vasto, bruxaria também é algo bem comum. E não, não achei nada parecido com Harry Potter, o que eu achei que iria me ocorrer lendo a história. Claro que temos a semelhança por causa da escola, o fato de ter um “inimigo”, mas milhares de livros por aí tem isso, é algo comum, e a forma contada por Rachel em Hex Hall não deixou a história cansativa ou repetitiva.
Então, eu indico muito o livro! Eu li em inglês, porque na época que lançou no Brasil, só puseram uma capa que eu não curti muito – pra depois lançar a versão original, OBRIGADA, GALERA! – e eu sou simplesmente apaixonada pela capa original, então, acabei comprando em inglês mesmo. É uma linguagem bem fácil, só algumas palavrinhas a ver com bruxaria que eu não lembrava direito, mas é bem informal e dá pra entender todas as piadas e sacadas. Aliás, já lançou a continuação, Demonglass, aqui no Brasil, com o nome de A Maldição (e a capa original! Sim!). Estou louca pra lê-la, porque Hex Hall termina com um gancho muito bom, espero que a Rachel tenha feito um bom uso dele e que a qualidade não caia do primeiro pro segundo, como normalmente acontece.
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