The Fifth Elephant

The Fifth Elephant Terry Pratchett




Resenhas - The Fifth Elephant


1 encontrados | exibindo 1 a 1


Coruja 06/04/2011

Continuando em minha campanha por um mundo melhor, através do aprimoramento literário e espiritual com os livros de Pratchett, trago mais uma resenha para vocês. E não, não estou sendo irônica ou cretina (talvez só um pouco...): todos os livros de Pratchett são uma verdadeira aula de cultura, passando por áreas como a literatura, a física, a história e a religião – para ficar apenas em temas mais óbvios. O cara é uma verdadeira enciclopédia ambulante – e não à toa, já que passou a infância lendo dicionários...

The Fifth Elephant, por exemplo, é uma lição em diplomacia. A história é a seguinte: os anos têm um novo rei, que está para ser coroado em Überwald, região que ao contrário da cosmopolita Ankh-Morpork, ainda se encontra mergulhada numa época de trevas e ignorância estilo medieval.

Considerando que Überwald é dividida entre anões, vampiros e lobisomens – com uns trolls pelo meio e os humanos servindo de bucha de canhão – não é muita surpresa que o lugar seja como uma panela de pressão prestes a explodir.

Pois bem... os anões estão para coroar um novo rei e, como os anões de Überwald estão sentados nas maiores minas de gordura do Disco, é claro que Ankh-Morpork mandará uma embaixada oficial para a cerimônia – assim como todo o resto do mundo.

Aí você pergunta: “Hein? Minas de... gordura?”. Pois é... de acordo com a mitologia, nos primeiros dias do Disco, havia cinco e não apenas quatro elefantes colossais a sustentar o mundo sobre a carapaça da grande A’Tuin (aquela tartaruga cósmica que nada pelo Universo na direção de... alguma coisa). O quinto elefante, contudo, levou um escorregão e de alguma forma que não consigo atinar, em vez de cair para baixo, caiu para cima, direto como recheio de pizza na grande pizza que é Discworld.

O impacto causado por esse acidente fez surgir continentes, criou montanhas, deslocou mares. E, com o passar dos anos, a carcaça do animal foi enterrada por novas e novas camadas de terra, até chegarem os anões mineradores e encontrarem o que sobrou do quinto elefante: ouro, prata e ferro de seus ossos, e o resto transformado em bolsões de gordura fossilizada que servem como grande fonte de energia e desenvolvimento, sendo, pois, cobiçadas por todos.

Algo lhes soa familiar?

Os maiores bolsões e a melhor gordura do Disco encontram-se em Überwald, uma região que, como já vimos, é historicamente marcada por conflitos entre diferentes povos. E a temperatura nesse barril de pólvora aumentou consideravelmente porque, com a coração do novo rei anão, antigas e novas rivalidades foram reavivadas e parece existir uma conspiração em andamento para impedir a coroação.

É nessa frigideira de gordura fervendo que Lorde Vetinari, o patrício de Ankh-Morpork, acaba por jogar nosso amigo comandante Vimes, da Guarda. Vimes entrou para a aristocracia após casar com Lady Sybil (eventos de Guardas, Guardas, que prometo resenhar em breve) e, posteriormente, ser elevado à posição de Duque (longa história...), de forma que tem todas as credenciais para atuar como diplomata.

Ou, ao menos, representante de Ankh-Morpork. A parte de fechar negociações e assinar tratados ficou com um especialista da Guilda dos Assassinos.

Mas, como bem observa Vimes, ele é, antes de mais nada, um policial – e, sendo um policial, o crime o segue a todo lugar. E é assim que nosso comandante terá de descobrir o que realmente está por trás do desaparecimento do ‘Trono de Pedra’; o que Lady Margolotta, uma vampira abstêmia, pretende; bem como tentar escapar do psicopata de plantão, o lobisomem Wolfgang, filho do Barão Überwald e irmão da sargento Angua, que também está envolvida na história para descobrir o que sua simpática família está tramando dessa vez e, possivelmente impedir uma guerra.

Enquanto isso, em Ankh-Morpork, a Guarda entre em greve após o Sargento Colon ser feito capitão diante da ausência das três pessoas que colocam ordem na casa – Vimes, Carrot e Angua. Tal situação diminui drasticamente a taxa de criminalidade, porque todo mundo sabe que quando Vimes voltar...

E isso não é nem metade de tudo o que acontece na história. Então... o que mais posso dizer para convencê-lo de que é uma excelente idéia você ir neste exato momento atrás desse livro?

Leiam, leiam, leiam! E mês que vem voltamos com mais!

(resenha originalmente publicada em www.owlsroof.blogspot.com)
comentários(0)comente



1 encontrados | exibindo 1 a 1


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR