Lina DC 08/07/2017"Submissa" é o primeiro livro da série The Enforcers e tem como protagonistas Evangeline e Drake. A trama é narrada em terceira pessoa e apresenta perspectiva de ambos os personagens. Evangeline é uma jovem de 23 anos de idade que cresceu no interior, mas mudou-se para Nova York para trabalhar e conseguir uma renda extra para enviar para os pais. Ela trabalha como garçonete em uma lanchonete e vive com total simplicidade. Ela divide um apartamento com algumas amigas e não gasta absolutamente nada consigo mesmo, apenas o básico da alimentação e o aluguel. Tudo o que Evangeline faz é trabalhar, até o momento em que um dos clientes, o Eddie, a convida insistentemente para sair. Após inúmeros convites, Evangeline acaba aceitando o convite e os dois começam a namorar. Só que para Eddie, ela era apenas uma conquista. Após tirar a sua virgindade ele não a abandona apenas, como também a humilha.
O livro começa com Evangeline sendo arrumada pelas amigas para ir a Impulse com um convite VIP nas mãos. O objetivo é mostrar a Eddie o que ele perdeu, já que ele estará na Impulse.
Evangeline é uma moça simples, tranquila e tímida, que não está acostumada a sair e a se expor. Então, sua ida à Impulse a deixa desconcertada.
A Impulse tem um ar de luxúria e as pessoas que a visitam são predadores. Pessoas a procura de diversão. Não é o local para pessoas inocentes que chamam a atenção imediatamente, como a Evangeline. Uma grande comoção ocorre envolvendo a mocinha e a equipe da Impulse a protegem. Mas ninguém esperava que Drake Donovan se envolveria na situação.
Drake é um homem rude, emocionalmente fechado e o dono da Impulse. Ele é o dono de um império e não tem interesse algum para em um relacionamento sério. Porém, ao observar as câmeras de segurança da Impulse, ele tem a visão de um anjo entrando em seu estabelecimento. A vulnerabilidade de Evangeline mexe com ele, de forma que Drake não sabe explicar. E isso o incomoda. E o fascina ao mesmo tempo. Seu passado é marcado por grandes traumas que o tornaram um homem desconfiado.
Evangeline é pura, gentil, extremamente altruísta e preocupada com os outros. Ela defende aqueles que ama como uma leoa, até mesmo se expondo ao perigo.
Logo no primeiro contato entre os dois rolam faíscas e Evangeline fica desconcentrada, pois nunca se sentiu assim. Drake tem um lado sombrio e um grande segredo, mas propõe a Evangeline que ela fique aos seus cuidados. Em todos os aspectos.
"Drake não conseguiu responder, um nó bloqueou sua garganta na mesma hora. Tudo o que ele podia fazer era apertá-la contra o próprio peito, não querendo que nada estivesse entre eles naquele momento. Nem seus medos, nem sua culpa, nem seu remorso. Porque nada poderia fazê-lo se arrepender. Por uma noite maravilhosa, o tempo tinha parado, e ele tinha visto o céu pela primeira vez em sua vida. Tinha sentido uma paz diferente de tudo o que havia experimentado, e tinha vivdo como era ser envolvido pelas asas de um anjo." (p. 256)
Indecisa e não querendo ser tão dependente de alguém, Evangeline dá uma chance a Drake e o seu mundo muda drasticamente. Mas não são apenas flores. A convivência causa atritos e as omissões de Drake começam a criar barreiras entre o casal. Outro detalhe é que as amigas de Evangeline começam a mostrar suas verdadeiras faces.
O livro também apresenta vários outros personagens, os irmãos de Drake. Cada um apresenta sua história própria (que espero que sejam apresentados em livros individuais), despertando a curiosidade do leitor.
O livro tem todos os ingredientes que os leitores já estão familiarizados quando se trata do livro de Maya Banks: personagens carismáticos, muita sensualidade, uma reviravolta e tanto e um final que deixa a todos de queixo caído. As cenas a dois são extremamente eróticas e apresenta um relacionamento dominante/ submissa.
Em relação à revisão, diagramação e layout a Editora Gutenberg realizou um trabalho excepcional. A capa combina com a temática dom/sub e com o título do livro.
"Dar coisas caras para ela era como dar ossos para um cachorro, e tudo o que ela queria era aquilo que ele não tinha coragem de entregar. Acesso irrestrito ao seu coração." (p. 280)