Ao Farol

Ao Farol Virginia Woolf




Resenhas - Ao Farol


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Felipe 26/04/2021

Sobre o tempo
Ao farol possui ritmos diferentes nas fases dos livros. Divido em três partes, ele trata sobre família, anseios pessoais, conflitos, sonhos, medos e o luto.
Tirei duas lições dessa história:
1° - Não deixe para depois aquilo que você precisa/deseja fazer.
O "amanhã vai chover" pode tornar-se anos e se tornar tarde demais.

2° - Preste atenção ao seu redor.
Se todos nós nos enxergamos em pelo menos um personagem de um livro, neste caso eu sou um Sr. Ramsey. (Obsecado pela leitura).
Precisamos observar aqueles que estão ao nosso redor e dar o valor a cada um.

Não faz muito o meu tipo de leitura. Achei o texto um pouco parecido com um livro que li a muitos anos (Ciranda de Pedra - Lygia Fagundes Telles). Achei um pouco cansativo apesar de curto, o que não o torna ruim. A história é bem profunda e vai agradar bastante aos leitores que curtem histórias sem muita fantasia.
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bobbie 28/09/2019

Clássico Virginia Woolf
Virginia Woolf é uma autora para ser lida com a mente livre de distrações. O que importa não é o que acontece, mas tudo o que pouco a pouco acontece. Não há clímax, não há solução de conflitos. Há pequenas nuances da vida que, a olhos nus, passam despercebidos. Com Ao Farol não é diferente. Espere vida em suas minúcias e mais nada. Espere contemplações, pequenos atos, pequenas vontades, como visitar um farol e depender do clima. Espere morte como mera consequência da vida, sem alardes, sem gritos e enormes consequências.
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Luluas2 30/10/2020

Tocante
Esse livro me impressionou e me tocou de uma forma que não esperava. Virgínia consegue captar a alma dos personagens sem reter muita coisa ao presente, às palavras. Tornou-se um de meus preferidos.
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Emanuela 13/02/2021

Fluxo de consciência
Finalizei "Ao farol" há dois dias, mas precisei de um tempo para sentar e escrever sobre ele. Foram quase duas semanas de uma leitura lenta, às vezes, sofrida. O livro de Virgínia Woolf publicado há quase um século é daqueles que podemos considerar eternos.

Mas porque então, tanta demora? A história não acontecia, a narrativa não fluía. Ela não está presa a acontecimentos ou tenta nos contar algo. "Ao farol" são memórias de um verão em família: os Ramsay e seus convidados; mas é, também, de algum modo, a nossa própria memória. Um texto instigante que permite ao leitor ter suas próprias visões.

A história - e ai podemos dizer também - a vida, está naquilo que não vemos, que deixamos de observar e refletir. O cotidiano da família Ramsay e de seus amigos em sua casa de veraneio nas ilhas Hébridas, não tem nada demais à primeira vista, mas as várias perspectivas dos personagens desvelam um fluxo de consciência que a torna especial e a transformou em um marco do romantismo.


SOBRE O LIVRO

O romance, dividido em três partes, apresenta em sua primeira seção (a maior de todas) a personagem de Mrs. Ramsay, a lente através da qual se organiza a maioria dos pontos-de-vista da história, além de também apresentar seu filho, em cujo desejo de seguir ?Ao farol? repousa todo o ímpeto narrativo. Na segunda parte, o Farol permanece vazio como um marco narrativo para a passagem do tempo e para a morte de vários personagens. Na terceira e última parte, o restante da família finalmente segue para seu destino e o romance transforma-se em um libelo sobre o amor, a perda e a criatividade.
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