Resenhas - Cartas Para Uma Falsa Dama

Lina DC 26/06/2017

A trama é narrada em terceira pessoa e se inicia em outubro de 1175 na mansão Paimpont, no Condado de Champanhe. Francesca é uma jovem de 19 anos que está há dois anos enviando cartas não correspondidas ao seu marido. O casamento deles foi um casamento arranjado, um estratagema político, pois Francesca é filha do Conde Myrrdin, um nobre rico. Porém, logo após o casamento Francesca descobriu que não era filha dele e que a verdadeira herdeira havia sido trocada no parto. Com a chegada da verdadeira herdeira, Francesca sentiu-se devastada com a verdade e foi morar em Champanhe, longe de tudo e todos. Enquanto seu marido estava prestando serviços à Coroa, ele ficou ausente e nunca mais entrou em contato...

"- A senhora não vê aquele homem há quase dois anos; suas cartas anteriores não tiveram resposta... Do que mais precisa saber? Desde que a senhora partiu da Bretanha, não há nada que a impela de recomeçar sua vida." (p. 07)

Francesca estava ciente que o seu casamento era arranjado, mas acreditava que tinha existido uma conexão com o marido. Porém, após tanto tempo sem contato, ela sabe que Tristan irá querer anular o casamento e arranjar uma noiva adequada.
Conde Tristan passou muito tempo longe de casa, auxiliando o seu país e evitando uma rebelião. Mas ficou decepcionado ao constatar que as quatro cartas enviadas para sua esposa nunca obtiveram resposta. Ele está preparado para pedir a anulação quando o Conde Myrrdin pede a ele um último favor: em seu leito de morte, ele pede à Tristan que vá buscar Francesca para poder se despedir.
O reencontro com sua esposa acende a paixão que Tristan nutre por ela, mas ele percebe que Francesca não é mais aquela jovem espontânea e apaixonada. Os últimos dois anos cobraram um preço alto para ela, que isolou-se do mundo e contou apenas com a companhia de Mari, sua aia e amiga.
Ao saber do estado do conde, Francesca sente-se mal, pois ele é o seu pai de criação e a amou intensamente. A vergonha fez com que ela se escondesse, mas agora ele precisa de Francesca e ela irá enfrentar qualquer obstáculo para realizar seus desejos.
Tristan irá utilizar essa oportunidade para convencer Francesca a continuarem casados, mas ele também guarda segredos...
"Cartas para uma falsa dama" é um romance leve, com personagens carismáticos e uma trama bem desenvolvida. É a história de um casal que se distanciaram e estão tentando reencontrar-se.
Em relação à revisão, diagramação e layout foi realizado um ótimo trabalho. A capa é muito bonita e combina com o romance histórico.

"Uma parte de Francesca ansiava por acreditar nele, ao passo que a outra parte, a parte que chorara amargas lágrimas pela tortuosa morte do casamento deles, tinha medo. Amar Tristan fora algo que acontecera muito facilmente, e isso se transformara em cinzas com igual facilidade. Eles poderiam mesmo recomeçar do zero?" (p. 90)

Lulubernardes 18/06/2017

Gente, não li qualquer outro livro dessa série ou dessa autora, que eu me lembre, logo, só posso julgar por esse livro. Bom, meu problema maior foi o fato do mocinho esconder por anos o fato de que ele tem um filho fora do casamento, ele não traiu a mocinha, já que o filho foi gerado antes do casamento, mas a mentira permanece por anos. Ainda tem o fato da ex amante dele ter feito um artimanha para separar o casal. No final a ex amante é mais ou menos perdoada por quase acabar com o casamento da mocinha. Acho que como a mocinha percebe que a ex amante JÁ não está mais apaixonada pelo marido dela, nada acontece feijoada, mesmo a ex amante tendo jogado indiretas quando elas se conheceram (cena do jantar). Me deu muita raiva ver que livro todo ele se martiriza para contar da filha como se ele fosse a vítima. E ainda tem aquela desculpa esfarrapada de que ele não pode contar para ela por causa da guerra, evidenciando que ele não confia nela ou ainda usando a guerra como desculpa para não contar mesmo. No final, se aceita que a criança "bastarda" terá direito a herança quando crescer e acaba o livro e a gente não entende se a mocinha pode ter filhos ou não. Acaba a mocinha perdoando tudo e parabenizando o mocinho por ter assumido sua responsabilidade para com sua filha fora do casamento, um homem muito honrado, de fato. Já eu particularmente, acho que assumir uma criança significa muito mais do que deixar um pedaço de terra para ela. Ele, pelo menos deveria ter contado dela para a esposa, achei isso pior do que um traição conjugal.