O Rei da Vela

O Rei da Vela Oswald de Andrade




Resenhas - O Rei da Vela


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Biblioteca Álvaro Guerra 24/07/2019

Marco de diversos movimentos culturais do Brasil, a obra — que completa 80 anos — faz uma autocrítica sobre a identidade nacional e põe em prática as ideias antropofágicas modernistas.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. De graça!


site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788535929294
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Biblioteca Álvaro Guerra 11/01/2019

Escrito a partir de 1933, depois da crise mundial de 1929, da Revolução de 30 e da Revolução Constitucionalista de 32, o texto manifesta a imensa amargura de Oswald, forçado a percorrer infindáveis escritórios de agiotagem para equilibrar-se financeiramente. Esse seu contato forçado com agiotas foi, provavelmente, a causa da caracterização de um agiota como Rei da Vela. Mas o texto supera a experiência pessoal de Oswald: ele fornece, sem falsas sutilezas, os mecanismos da engrenagem em que se baseia o esquema sócio-econômico do país.

Fonte: https://www.passeiweb.com/estudos/livros/o_rei_da_vela

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site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788599896358
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Wagner 05/12/2018

A VELHA MASCARA...

(...) Há um momento em que a burguesia abandona a sua velha máscara liberal. Declara - se cansada de carregar nos ombros os ideais de justiça da humanidade, as conquistas da civilização e outras besteiras. Organiza-se como classe. Policialmente. Este momento já suou na Itália e implanta-se pouco a pouco onde o proletariado é fraco ou dividido...

in: ANDRADE, Oswald de. O Rei da Vela. Rio de Janeiro : Mediafashion,2008. Pg 66.
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Raian 17/09/2018

oswald, mai friendi
um misto de consequências do capitalismo e historia do brasil.

é interessante visualizar isso numa peça d teatro. falando em oswald, nessa busca entre uma síntese precisa e o riso, ele vai cirurgicamente em imagens interessantes.

abelardo I e abelardo II p definir como o sistema capitalista se mantém é um dos artifícios bons que ele usa na peça.

tem quase um panorama de sexualidades (a ilha de lesbos, a bicha Fruta-do-conde eu amei essa fruta no nome, e a Joana que é João do Divã) ? p n entrar no quesito em q o único casamento da peça (abelardo e heloísa) abrem mão da fidelidade (por interesse, por desejo).

gosto desse tipo de temática envolta num processo formal interessante. tenho ido atrás d oswald cada vez mais: aquele experimento formal "serafim ponte grande" me pareceu interessante, mas formal demais, mas instigante.

e um texto dele sobre a sátira na literatura brasileira começando c gregório de mattos p mim foi inspirador. um grande pesquisador ele era (mt visível nos poemas de Pau-Brasil, uma história da colonização a partir de fotografias textuais, polaroides).

no fim, mesmo d novo c alguns problemas formais c ele, continuo tendo + vontade d ler oq ele escreve.

um pesquisador experimentalista. longa vida.
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Mr. Jonas 08/02/2018

O Rei da Vela
No título da peça, a palavra vela significa agiotagem, isto é, empréstimo de dinheiro a juros extorsivos. O protagonista, Abelardo I, é proprietário de uma firma de agiotagem, a Abelardo & Abelardo, que serve de cenário para o primeiro ato da peça. Seu sócio, Abelardo II, vestido de domador, recebe clientes que saem de uma jaula. Os devedores são tratados com desprezo e violência. Aparece para uma visita Heloísa de Lesbos, noiva de Abelardo I, pertencente a uma família tradicional, salva da bancarrota pelo dinheiro do noivo.
O segundo ato tem como cenário uma ilha tropical, presente de Abelardo I à noiva. Instala-se ali um clima de grande liberdade sexual: Heloísa troca intimidades com Mr. Jones, americano com quem seu noivo mantém alguns negócios e que desperta interesse em Totó Fruta-do-Conde, irmão homossexual de Heloísa. Abelardo I vive uma noite de amor com a sogra, Dona Cesarina, e acerta outro encontro sexual com a tia da noiva, Dona Poloca, cuja virgindade sexagenária é proclamada a todo momento. Há ainda a presença de João dos Divãs, na verdade Joana, a irmã lésbica de Heloísa, e de seu primo Perdigoto, que arranca um empréstimo de Abelardo I, destinado a montar uma milícia fascista para combater os camponeses que insistem em invadir sua propriedade.
O terceiro ato retorna ao escritório de Abelardo & Abelardo. Vítima de um golpe, Abelardo I lastima sua falência, tendo a noiva aos seus pés. Com um revólver nas mãos, dirige-se aos espectadores e declara que eles assistirão a um final digno de dramalhão: suicídio no terceiro ato. Sem conseguir levar o gesto adiante, pede ajuda ao Ponto (auxiliar de cena que, escondido do público, lembra ao ator as suas falas quando necessário), mas este se recusa a auxiliá-lo. Fecha-se a cortina do palco. Ouvem-se salvas de canhão e um grito de mulher. Quando a cortina reabre, Abelardo I está agonizando sobre uma cadeira e a noiva deitada em uma maca.
Entra em cena Abelardo II, com exageradas vestes de ladrão, que substituem as de domador usadas no primeiro ato. Ele assume sua condição de herdeiro dos negócios de agiotagem, ficando também com a noiva. Abelardo II tenta presenteá-lo com o socialismo, mas Abelardo I recusa, chutando um rádio que toca a canção da Internacional Comunista.
No delírio que antecede a morte, Abelardo I ouve sinos. Determina que a jaula seja aberta, e os devedores fogem, proclamando a vitória da revolução. O suicida pede uma vela. Seu desejo é atendido e ele morre.
Heloísa chora a morte do ex-noivo. Mas a um gesto de Abelardo II, aproxima-se dele prontamente. Ouve-se a Marcha nupcial, convidados entram e, ignorando completamente a presença do defunto, celebram o casamento de Abelardo II e Heloísa de Lesbos.
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Nádia C. 25/04/2017

Desbunde e Despudor
http://as-virgulas.blogspot.com.br/2017/04/leitura-9-do-ano-faz-parte-do-meu.html

A peça não se preocupa em criar nada do que oferece a cartilha aristotélica, ou seja, não tem exatamente um conflito, ou climax, nem acirramento de tensões. O que ocorre é uma sequência de situações que mostram puramente a farsa desmascarada do Brasil em progresso que se sustenta nos trabalhadores gritando nas jaulas. É o "desbunde" da família tradicional brasileira eternamente em declínio, mas sempre tem sua queda amortecida pelas aparências e pelo falso pudor.
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@lidcomisso 13/09/2016

Este livro é um dos motivos por eu ser tão rígida com as notas no #skoob: em menos de 100 páginas e, basicamente, só com diálogos, há um panorama da sociedade da época, contemporânea ao lançamento, com críticas social, política e econômica, em um texto fluido e de leitura leve. Enquanto há autores que, mesmo com 200 páginas lidas, ainda não conseguiram "dizer nada"...¯\_(ツ)_/¯
"O dinheiro só é útil nas mãos dos que não têm talento."

site: https://www.instagram.com/lidicirilo/
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Luca Coelho 31/08/2011

Infelizmente, muito dessa crítica feita contra o imperilismo e capitalismo selvagem que abraçava o Brasil na década de 30 ainda é muito atual. Depois desse livro, talves agora entenda um pouco melhor a importância da literatura do Oswald para o Brasil.
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Fabio Shiva 23/03/2011

Assisti essa peça pela primeira vez aos 16 anos, em uma montagem universitária no Teatro da UERJ.
Foi meu primeiro contato real com o teatro. Que experiência mágica! Gostei tanto que voltei duas vezes mais, e arrastei todos os amigos que pude para assistir.

Abelardo I é o Rei da Vela, que ganha um tostão com a morte de cada brasileiro. Pois nenhum homem é tão miserável que não mereça ao menos um toco de vela entre os dedos mortos na hora da última partida. Para o Rei da Vela, só essa fortuna é pouco, por isso ele empresta a juros altíssimos para uma multidão de desesperados que é tratada na base do chicote por Abelardo II, assecla de Abelardo I.

Mas no fundo o Rei da Vela não passa de um cupincha do Americano Mr. Jones, que tem inclusive “direito de pernada” com a noiva Heloísa de Lesbos. A família de Heloísa é de origem nobre e falida, daí o casamento por interesse de ambas as partes.

É uma família e tanto, a de Heloísa. O pai, Coronel Belarmino, acredita firmemente que o banco hipotecário é a solução para o Brasil. A mãe, Dona Cesarina, cada vez resiste menos ao assédio descarado de seu futuro genro. Um dos irmãos de Heloísa chama-se Totó Fruta-do-Conde, e sua frase predileta é: “Sou uma fracassada!” O outro irmão, Perdigoto, é um facista encubado. E há também uma irmã, Joana, mais conhecida como João dos Divãs, e uma avó, Dona Poloquinha (não confundir com Polaquinha, que na época era sinônimo de prostituta).

Fora isso, seguindo a tradição de irreverência metalinguística de Oswald, há uma pequena porém marcante participação do Ponto, que era a pessoa que ficava escondida soprando as falas para os atores. Esse Oswald!!! Acho que foi em “Serafim Ponte Grande” que ele expulsou um personagem do livro por ter soltado um pum.

Isso tudo que eu escrevi é pouco mais que a enumeração dos personagens principais. Para saber o que é “O Rei da Vela”, só mesmo vendo a peça, lendo o livro.

“Espinafração” pura, explícita, ainda afiada mesmo depois de tanto tempo. Achei triste ainda achar engraçadas essas cenas escritas há mais de oitenta anos. Pois isso é sinal de que os tristes costumes que a peça castiga fazendo rir continuam existindo em nossos dias.

Uma curiosa revelação tive com essa leitura: creio que Nelson Rodrigues leu “O Rei da Vela”, bem antes de sua antológica estreia em 1967 (que acabou sendo um fator determinante na gestação do Tropicalismo). Afinal, a peça foi escrita em 1933 e publicada em 1937. Creio que Nelson, ao ler “O Rei da Vela”, soltou um ou dois grunhidos de satisfação.

(18.03.11)
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Rose Salles 23/03/2009

Rei da vela...
Achei muito chato e ao mesmo tempo, interessante...pode ser? Li também por conta de uma pretensa montagem teatral.
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