O Rei da Vela

O Rei da Vela Oswald de Andrade




Resenhas - O Rei da Vela


69 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5


TalesVR 20/03/2024

Nada mudou
O Rei da Vela é uma peça que ficou esquecida por 34 anos até que aleatoriamente alguém achou um livrinho sujo jogado de canto e leu. O ano era 1967 e o contexto foi perfeito para o resgate da obra. Em plena ditadura, que no ano seguinte baixaria o AI-5 dando início aos anos de chumbo, os militares não sentiram confiança para censurar uma crítica que sabiam que estava sendo feita para eles em forma de Teatro. O autor era o Oswald de Andrade, ícone do modernismo, da geração de 22, que tinha escrito a peça na década de 30, foi até um susto generalizado de todos os lados perceber que as coisas estavam do mesmíssimo jeito. Zé Celso conta que na estreia da encenação o silêncio foi assustador e agoniante, ninguém esboçou uma reação sequer por um tempo após o fim; foi preciso que os críticos nos jornais dessem um encorajamento para que as pessoas sentissem que podiam gostar.
comentários(0)comente



Paulo 01/10/2020

Resenha sem título por falta de melhor palavra para síntese
Logo ao iniciar o primeiro ato já pensei em fazer um destaque de tão boa referência que poderia ser feita até onde estava da leitura. Até que ao terminar o ato, assim como ao concluir a obra, percebi que não poderia citar um ponto e não outro.
Por falta de melhor forma de sintetizar a obra, sugiro a leitura completa.
Incrível como Oswald consegue em tão curta obra sintetizar tantos problemas sociais. E mais: como este livro é recente (ou melhor seria atemporal?), meus amigos!
Sugiro por demais a leitura. Não se arrependerão.
lorena luna freire 07/09/2023minha estante
li em dois dias, deliciosa leitura




isaak_gd5 21/02/2023

?
Não gostei nem um pouco dessa experiência de leitura.
Não entendi de onde o livro saiu, aonde queria chegar, o que quis dizer, só sei que achei chato, extremamente entediante, terminei realmente só passando o olho pelas páginas porque não aguentava mais.

Não recomendo nem pro meu pior inimigo. Talvez os outros trabalhos do autor, os poemas, sejam mais interessantes, mais atrativos, mas esse realmente não funcionou pra mim.
comentários(0)comente



isisarsilv 17/09/2023

Que loucura cara
Sinceramente, isso aqui foi foda demais, não estava esperando tudo isso, foi a primeira peça de teatro que eu li, e realmente me surpreendi
comentários(0)comente



aelinlantsov_ 27/08/2022

O Rei da Vela
Achei interessante a forma de abordagem crítica de Oswald, sendo bem satírica e - por ser em formato de peça - uma leitura rápida.
comentários(0)comente



Gi Gotardo 02/03/2023

Achei bem fácil de ler, e a crítica social ainda é bem atual, o que achei bem interessante. Mas fiquei com bastante sono lendo.
comentários(0)comente



PAULINHO VELOSO 27/01/2023

Datada
Sou tropicalista. Admiro os tropicalistas. Sei que a peça "O Rei da Vela" influenciou os tropicalistas. Esperava muito do texto. Gostei só um pouco.
Será que ficaram datadas muitas das ideias do autor nesta peça?
Valeu pelo valor histórico. Uma peça para denunciar o capitalismo em seu lado tragicômico. Alguns bons diálogos. Talvez não mais que isto. Não pagaria para ver esta peça E você? Leia pelo valor histórico...
comentários(0)comente



japorra 19/01/2023

Sarcasmo, crítica social e tema bastante complexos pra minha capacidade intelectual. mas, realmente, à frente do seu tempo e atemporal.
comentários(0)comente



bibioslivrosecia 10/11/2023

O Rei da Vela
O texto exala o estilo de Oswald de Andrade e a irreverência típica dos inauguradores do Modernismo brasileiro, o que já me fez apreciar a leitura desde o início. É uma peça polêmica para alguns, mas bastante cirúrgica em suas críticas e ironias, como toda boa sátira deve ser; cheio de referências, é um livro para ser lido com certa calma, para perceber os mínimos detalhes que deixam essa obra teatral ainda mais interessante.
Analisando os aspectos técnicos e estilísticos tradicionais do gênero dramático, não preciso nem dizer que é uma peça extremamente inovadora tanto para a época que foi escrita quanto para a data da primeira encenação. Momentos em que o distanciamento/estranhamento de Brecht é utilizado e até mesmo referência a Freud são elementos muito peculiares que certamente merecem destaque especial nesse resenha, dentre outras diversas similaridades que podemos encontrar com vanguardas europeias. Algo que me chamou muito a atenção foi como os personagens são tipos, representando cada um uma classe social e as contradições inerentes a ela, e a maneira ácida e realista como foram introduzidos os problemas sociais: desigualdade social, concentração de renda e fundiária, racismo, machismo e homofobia e a visão das elites sobre estes.
Em suma, é uma obra atemporal, visto que todas as problemáticas nele abordadas ainda estão presentes na sociedade atual, e extremamente necessária, pois "coloca o dedo na ferida." Com certeza uma leitura que recomendo a todos que incluam em sua lista de "livros para ler antes de morrer."
comentários(0)comente



Eduardo 18/12/2021

Às voltas com o imperialismo
Havia visto a encenação desse texto pelo Teatro Oficina em 2018, fiquei impressionado com a contemporaneidade do texto e fiquei me perguntando bastante o que era invenção do Oswald de Andrade e o que era a mão contemporânea do Oficina. Lendo agora pela primeira vez o texto original continuo impressionado com o texto, por perceber com muita clareza o funcionamento da crise capitalista na concentração de capital e como o capitalismo financeiro brasileiro serve de aliado ao capitalismo dos países centrais. Outra elemento que me impressionou é a presença no texto do que se chama hoje comumente de quebra da quarta parede, que quebra a ilusão de realidade da encenação.

É um texto bastante divertido, me peguei dando risada várias vezes ao longo da leitura com o seu humor escrachado e caricatural. Há caricaturas bastante marcantes, do intelectual "vendido" Pinote à esposa lésbica que se envolve com diversos homens por interesses materiais. As representações de homossexuais ferem de modo muito claro a sensibilidade contemporânea, mas isso não parece uma surpresa vindo do autor que expôs a homossexualidade do companheiro Mário de Andrade ridicularizando-o publicamente. Oswald de Andrade é uma figura de força vital intensa, para o bem e para o mal (há sim uma vitalidade que é tóxica).

Vários elementos presente no Brasil após a crise de 1930 comparecem no texto: ascensão do fascismo, imperialismo, decadência das famílias nobres, capitalismo financeiro a serviço de interesses estrangeiros e contra a burguesia industrial, tendência a concentração de renda. Na parte dos costumes, satiriza-se a noção da família tradicional a partir do incesto, da homossexualidade e da sedução pelo interesse material.

Esta edição da Companhia das Letras contém, além do texto original da peça, seis textos de fortuna crítica, incluindo o manifesto do Teatro Oficina tratando da peça, de 1967 e um texto sobre O Rei da Vela e o carnaval de 2017, ambos escritos por Zé Celso. Minha impressão de uma leitura rápida destes textos é de que há mais enfoque na encenação de 1967 do que no texto original de Oswald de Andrade, criando como que uma impressão da genialidade do autor cuja capacidade de escrever um texto que soaria atual por tanto tempo é pouco analisada. Não conseguimos entender como o escritor pôde escrever tal texto já em 1933, e a demora de 34 anos para a primeira montagem atestariam pelo aspecto "à frente de seu tempo" da obra. Contra essa impressão, fiquei pensando que isso na verdade é uma dificuldade de compreender o que era o Brasil de 1930 e como ele se repetia e se reatualizava na década de 1960. O mesmo fenômeno se duplicaria na década de 2010, com o golpe parlamentar-midiático e que, a despeito dos carnavais, não pôde impedir a ascensão de Belarmino à presidência do país.
comentários(0)comente



helo 13/06/2022

Uma sátira á Aristocracia
O Rei da Vela, peça de Oswald de Andrade que posteriormente foi adaptada aos teatros, é uma irônica representação da classe burguesa da época ? a qual perdura até os dias atuais ? em que Oswald, sem pudores, escancara todas as problemáticas que ele via sendo parte dessa burguesia.

Uma leitura tranquila, mas que precisa de certo senso crítico para não se tornar sem noção, curtíssimo e nessa edição com comentários no final os quais ajudam a entender todos os estereótipos críticados em cada personagem criado por Oswald.
Vih 16/06/2022minha estante
aiiii meu deus, estou louca pra ler esse livro. Vc tem esse PDF??? Please


helo 01/08/2022minha estante
@Vih pior q n tenho, li ele físico :(




Lena156 23/03/2023

Não esperava gostar tanto
Um livro muito bom mas tem que estar atento aos detalhizinhos e entender que tudo é ironia do autor, é muito importante saber o contexto em que foi escrito e quem era o autor e suas ideologias para não entender o livro como outra coisa além de ironia.
A história de um rico, sua ascenção e declínio.
Com muita ironia, há várias críticas, principalmente, a burguesia e ao capitalismo. Além de pequenas menções à casamento por poder, crueldade do capitalismo, valorização da virgindade, homossexuais de forma bem estereotipada, os que estão no poder fazem de tudo para conter os pobres em caixinhas.
E menções de fatos históricos e sociais: crise de 29, ascensão do fascismo, psicologia de Freud.
- obras de arte apenas pelo status
- apenas gostam do capitalismo pq lhes é conveniente mas quando quebra vê a desumanidade de tal.
- o ciclo nunca acaba, um rico morre vai ter outro em seu lugar (muda a pessoa, mas o dinheiro
continua sempre com os mesmos)
- critica a americanização e a subserviência
Em toda frase dita pela principal (que representa a burgusia) é possível ver uma crítica a algo, revela a hipocrisia de tanta coisa. Nunca tinha lido um livro assim e amei.

Não gosto muito do autor por tudo que ele fez na semana de 22 com os companheiros e quando meu professor contou a história brevemente na aula, achei bem chata e sem graça, mas me surpreendeu demais, achei muito perspicaz em certas partes, quero muito ver a peça.
comentários(0)comente



Patrícia 15/11/2021

Relato escrachado da sociedade
Primeiro livro de Oswald de Andrade que leio e gostei bastante. Acho que retrata muito a sociedade, de uma forma bem escrachada, e também diz muito sobre a personalidade do autor, também escrachado.
comentários(0)comente



Henrique 03/09/2020

Oswald de Andrade apresenta um retrato ácido, satírico e quase surreal da sociedade paulistana do início do século XX nessa peça em três atos que conta a história da queda de Abel ardo I.
Com personagens que representam os setores da economia e são signos de suas classes o texto é pontuado de situações ambíguas e incertas que acentuam as traições e acabam por normaliza-la. Um grande texto modernista carregado do projeto estético e influenciado pelas vanguardas.
comentários(0)comente



Ana Claudia 25/10/2020

Fazia muito tempo que eu não lia teatro! Bastante interessante!
comentários(0)comente



69 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR