Resenhas - 10 Pãezinhos: Meu coração, Não Sei Por Que

DAN LIMA 25/10/2020

Uma HQ que merece ser lida sem expectativas. E as reviravoltas da história te impressionam...
Li sem parar até o fim. Vale a pena a leitura.
Alguns pensamentos que me chamaram atenção:
"Boa é a viagem que tira você de onde está...e o leva pra onde deseja estar".
"E como termina uma história de amor? __ Não termina".

;-)

yoko 09/02/2013

Traço e letra
Ainda acredito que este foi o ápice do traço e história dos irmãos Gabriel e Fábio. Meu coração, não sei por que toca a cada quadro. A sensação da leitura é quase fílmica, como se ao invés de estarmos lendo, a história se passasse agora, em frente aos nossos olhos urbanos.

A história tem um toque de sonho, onde o que pode ser possível, na realidade, já aconteceu. São poucas páginas, mas que preenchem um espaço de ternura por tempo indeterminado.

Demorei mais de dez meses para conseguir achar sua cópia em Brasília. E não exitei em dá-lo de presente na primeira oportunidade. É uma HQ para ser passada de mão em mão, até encher o mundo de ternura e afeto.

André Hausmann 18/05/2023

Uma história de amor
É uma história de amor.
Uma história de amor com viagens, sonhos, ritos de passagem, desejos, inocência de crianças, magia.
Mas não essa magia banal que se vê nas aventuras de super-heróis, mas aquela que existe na simples vivência de cada um. Nesse mundo mágico que cada um de nós possui chamado existência.

Acompanhamos três crianças que desde o início percebemos que ali existe mais que somente amizade; há aquela atração inocente, o desejo de querer ficar junto, aquele se mostrar para quem se ama. E apesar das questões e mudanças que surgem com o passar dos anos, esses sentimentos permanecem.

Numa narrativa simples e num estilo de contos de fadas moderno (temos príncipes, reinados e fadas) os autores trabalham entre a fantasia e a metáfora para tratar de questões importantes e emoções profundas.

Os gêmeos Fábio Moon e Gabriel Bá fazem toda a obra com traços pretos e brancos, com ilustrações que trafegam entre o real, o onírico e a poética.
Mesmo tendo como base os elementos de contos de fadas europeus, eles abraçam a brasilidade ao escolher um trecho da música Carinhoso de Pixinguinha para o título de sua obra, as citações de Guimarães Rosa que abrem cada capítulo e as imagens que remetem a xilogravura em determinados trechos.

Uma curiosidade, esse álbum foi publicado em alguns países com o nome de uma das protagonistas, Úrsula.