Fernanda 14/02/2024Um fim dignoFinalizei a leitura com um peso no coração e já morrendo de saudades de tantos personagens que me apeguei e me apaixonei de forma intensa. Zafón fechou a saga voltando a entrelaçar as histórias de forma comovente e coesa, deixando poucas coisas sem respostas, mas que até são compreensivas se formos pensar bem.
Nesse livro parece que li três livros diferentes. São tantas histórias a parte que você fica impressionada no talento do autor de não te deixar confusa e receosa de misturar algum fato ou se confundir com o que é fato e o que é apenas dito no livro para despistar.
Durante a minha leitura, escrevi "O caderno de Isabella é a parte mais cruel de todo o livro. Estou com o coração partido de tristeza e raiva.", e isso se manteve durante a parte final. Um dos meus maiores medos durante todos os livros era a morte do Sr. Sempere, o personagem com o coração mais bondoso de toda a série e que merece o mundo inteiro, e essa parte do livro me deixou tão despedaçada que torci para que ele morresse em descobrir a verdade.
Uma crítica que mantive durante todo o livro foi as cenas de morte de vários personagens que achei que deixaram a desejar. Alguns faziam sentido (como a de Valls), mas a de Vargas, Rovira, Leandro, Hendaya... Achei que faltaram um pouco mais de emoção.
Achei o fim do livro realista (até demais) e por mais que parta o coração ver que Daniel não é mais aquele menino leve e alegre do primeiro livro, a gente consegue entender como é real sua mudança devido às circunstâncias. Mas o que me pesou mesmo foi ver a distância entre pai e filho no final, algo que não aceitei muito bem até agora.
De qualquer forma, acho que o autor fechou a saga com chave de ouro, deixando aquela saudade eterna de uma história tão cheia de intrigas e tão cativante que vai ser difícil superá-la.