natmoreira 21/03/2018
Tempo ''quase'' perdido.
Precisei fazer uma resenha para expressar a minha revolta e chateamento com esse livro. Comprei ele em uma promoção relâmpago da Saraiva, e só pelo preço baixo foi que não me arrependi, porque se tivesse gastado mais que 10 reais nisso, eu jamais me perdoaria.
Vamos começar falando do enredo, que por si só já não me agradou muito, mas que resolvi dar uma chance – as vezes podemos nos surpreender.
De fato, me surpreendi, mas totalmente no sentido negativo da coisa. Jesus, acho que nunca li algo tão chato e que causa revolta como aconteceu com esse livro. Lendo a sinopse já sabemos mais ou menos como será a trama: uma moça boa, uma cara rabugento e complicado que vai ser mudado pelo amor e vão acabar felizes para sempre. Tá, até ai eu não esperava mudanças. Até chegar ao primeiro capítulo.
O livro começa com um rápido flashback da infância da garota e no capítulo seguinte, de maneira muito rápida e desconexa, ela já está no hospital sendo socorrida pelo Leon. A principio é relatado que os dois se conheceram durante um voo de avião, mas no decorrer Megan diz que os dois se conheceram por conta de amigos em comum (????????) Isso já bastou para me deixar confusa.
Megan teve uma vida difícil e passou por vários traumas e Leon é simplesmente o cara mais insensível, chato, arrogante, prepotente, dramático e sem graça de todos. Eu realmente não entendo como a Megan se apaixonou por ele. Leon a humilha, é machista, a inferioriza de todas as formas, em algumas cenas existe agressão (não sei como romantizam isso) e a garota simplesmente decide que não vai se afastar do cara PORQUE ELE NÃO SABE AMAR!!!! É isso mesmo, meus amigos, o cara diz com todas as letras que não a ama e ela fala ‘’não, tudo bem, tá bacana’’ Meu Deus, eu quis entrar no livro e bater nos dois, tirar a Megan desse cara opressor, controlador e ridículo.
Leon é, sem duvidas, aquele menino fresco que diz que o mundo não o compreende e por isso ele resolve machucar as outras pessoas, quebrar moveis e agir feito um babaca. Ele não é nada apaixonante, pelo contrario. Então, por que diabos, a Megan o ama? Deus, me dá paciência.
A escrita da autora não é ruim, porém a narrativa é irritante. Os acontecimentos ocorrem quase que em um piscar de olhos, numa pagina eles estão em São Paulo, na outra em Buenos Aires. Certo que descrição demais pode ser cansativa, mas a falta dela é mais ainda. Os diálogos são fracos, as frases que eram para ser ‘’reflexivas’’ de impactos não funcionam, é tudo muito forçado e devido à rapidez, você mal consegue se prender ao momento.
O romance aqui é mais forçado que nó cego, também não sei se por conta de todos os traumas que passou, Megan só encontrou uma ‘’fuga’’ no estranho Leon, por a autora ser psicóloga é possível que exista um conceito mais intelectual e para compreensão é necessário um aprofundamento no assunto.
Talvez o intuito da autora tenha sido justamente esse; de nos causar esse sentimento de revolta, de fazer com que odiássemos o caráter do Leon e entendesse como funciona minimamente um trauma. Todavia, caso contrario, temos um grande problema aqui.