Suelen Mattos 17/12/2012
Esse livro é uma gracinha...
...Pequeno, você vai lendo sem sentir, e quando se dá conta ele já acabou. Mas sabe o que é engraçado? Se pararmos pra pensar bem, o livro tinha tudo pra ser, no mínimo, irritante. E muito surreal. Como assim Holly namora um cara, que de uma hora pra outra anuncia que vai se casar com outra, e ainda insiste em tentar ganhá-lo de volta? Essa aí já era corna há tempos e não sabia. Eu teria mandando o cara passear logo de cara. E ela, apesar de ser novinha, era bem sucedida, talentosa e inteligente. Mas quando se tratava de relacionamentos.... meu Deus, estou pra ver criatura mais imatura e cega do que ela. Holly não enxerga o que está bem na sua cara, com letreiro de neon e luzinhas piscando em cima. Eu não levei 2 segundos pra sacar toda a trama. Já ela, tadinha.... levou uns 6 anos. Somado à isso, ficou a sensação de inconstância com relação a Holly. Uma hora ela era loucamente apaixonada por Howard (o sem vergonha ex-namorado). Na outra, Drew era toda a sua vida. Não consegui evitar de me perguntar: "Será que ela ama mesmo o Drew? Ela achava que amava o Howard, mas pelo visto não sabe o que é amor". Mas ao concluir a leitura, obtive minha resposta. Holly era mais apaixonada pela ideia de amar, mais apaixonada pelo amor, do que pelo Howard. E ela só se deu conta disso ao ser atingida pelo amor de verdade. Pelo menos, é nisso que eu gosto de pensar, senão eu piro com a titia Jordan (que descanse em paz).
Talvez você esteja se perguntando: "Mas espera aí, Suelen, você não disse que o livro era uma gracinha? Então por que está arrasando com a história?". Como eu disse, se analisarmos bem o desenrolar da trama, ela é muito surreal pra ser verdade. E mesmo assim — surreal, cheia de clichês e com uma periguete tão apagadinha na história que não pode nem ser chamada de ameaça — o livro conseguiu ser cativante. Drew é um fofo, nem parece um mocinho da titia Jordan. E eu falei que ele é daltônico? Isso só o torna ainda mais apaixonante. Holly também não é tão ruim quanto possa ter parecido, pela minha descrição acima, não. Depois que ela tem um choque de realidade e acorda pra vida, fica ainda mais interessante. Meio lenta em somar 1 + 1 e achar 2, mas mesmo assim, é uma boa personagem.
Falando rapidamente sobre a edição, é um livro da Nova Cultural. E, pra variar, tem alguns cortes. O livro, no original, já é pequeno e bem corrido mesmo. Na versão nacional ele ficou mais corrido ainda. O final é aquele mesmo (deveria ter um epílogo, na minha humilde opinião), mas as frases foram resumidas. Puxa vida, Nova Cultural, deixa o homem falar tudo o que ele queria falar pra Holly... Por que foram resumir as frases dele naquele finalzinho? Acabaram ficando muito secas, enquanto que a cena era uma graça! Outra coisa: Rose na verdade se chama Rosamund. E Howard... bom, continua sendo Howard, mas ele é chamado mais de Neston. Pra fechar, a capa nacional não tem nada a ver. Ambos são morenos. Já a capa original (logo abaixo) sim. Ela retrata uma cena que acontece direto: Drew sempre dá um jeito de pegar Holly no colo com a desculpa de que ela poderia sujar os sapatos, rs...
Está aí, mais um livrinho da Penny Jordan pra entrar na lista dos (poucos dela) que eu gostei. Sonho Proibido é uma leitura rápida e bem gostosinha. Podem ler sem susto, vocês vão gostar!!!
Quer ler a resenha completa? Então visite o blog ROMANTIC GIRL:
http://su-romanticgirl.blogspot.com.br/2012/11/penny-jordan-sonho-proibido.html