Rafa @primeiroscapitulos 18/01/2018Resenha do Blog Âncora LiteráriaPodemos caracterizar seu livro como uma distopia, muito bom por sinal, e é movimentada do início ao fim. Podemos dividir o livro em duas etapas: A Kathleen e a Kathleen sem memória, pois passamos a ter duas protagonistas completamente diferentes, apesar de ser somente uma pessoa.
Na primeira etapa conta-se a história da mesma, ela aos cinco anos perde os pais assassinados, enquanto está escondida embaixo do assoalho, onde assiste tudo, um tanto traumático para uma criança. Seus pais eram assassinos de uma organização chamada ORDEM, e sabiam que mais cedo ou mais tarde seriam mortos, e deixaram para sua filha tudo preparado, além de uma boa quantia, Kathleen ficaria aos cuidados da tia.
Após onze anos, no seu aniversário de dezesseis, Kathleen vai até a ORDEM buscar alguns documentos de seus pais. Chegando no centro de treinamento da mesma, descobre que foi traída por sua tia, e entregue a ORDEM, agora ela terá que treinar e trabalhar para eles.
Essa mesma organização dominou o mundo após a grande guerra, e temos um novo governador, Faust, Kathleen passa a conhece-lo e muita coisa acontece, mas descobre que ele a protege desde pequena das pessoas que mataram seus pais, que a querem morta por vingança. E temos várias cenas de tensão entre os dois, que se odeiam.
Bom na primeira etapa, Kathleen é forte decidida, e sabe bem o que quer. Dentro da ORDEM conquista o coração de Thomas (de longe o meu preferido), mas ela não sabe que o mesmo sente algo por ela. E durante alguns problemas com Faust quem a ajuda acima de tudo é Thomas.
Após muita confusão e ação, ela acaba sendo raptada por essas pessoas que a querem morta, graças a uma grande armação de Faust (Sim gente o Faust não presta, é egoísta, egocêntrico e sedutor. Não dá para gostar dele), mas ele acaba se arrependendo e vai atrás dela, e quando chegam até ela, sua memória foi apagada.
Bom, aí começa uma nova fase, A Kathleen sem memória é insegura, dependente e boba, ela começa uma devoção a Faust de um jeito que você fica com raiva, e se envolve em um relacionamento abusivo. A relação dos dois muda completamente, e agora Thomas se afasta, e Faust a usa, sempre mentindo. Você vê que ele não a ama e ela se rasteja para ele até o fim.
Eu entendo que ela não conheça nada além dele, mas ela vai descobrindo suas falcatruas e não toma uma decisão. As pessoas continuam atrás dela para matá-la e ela ficou mais fria e Calculista, simplesmente boba para um lado e assustadora para outros.
Não quero me alongar muito para não contar a história mais do que já contei, então eu terminei a leitura com aquele sentimento, meu deus, porque terminou assim, que ódio desse relacionamento, quero mais do Thomas, vou xingar a autora.
E quando conversei com Anne descobri que teremos mais um livro que vai preencher todos esses sentimentos que me deixaram com raiva. Graças a Deus.
A escrita da autora é maravilhosa, a história é muito boa, o texto precisa de uma revisão, tem algumas palavras repetidas e errinhos bobos, mas nada que atrapalhe a leitura.
De todos os autores que tenho lido ultimamente, poucos me prenderam do início ao fim como ela me prendeu. E adoro quando livros me revoltam, livros tem que causar sentimentos.
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