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Meninas Carlos Petrocilo




Resenhas - Meninas


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Bizelli 28/10/2017

Registro da história do futebol feminino brasileiro
Este livro é um importante documento de registro da história do futebol feminino brasileiro, seu desenvolvimento nos últimos anos e, em especial, a trajetória do time feminino do Rio Preto Esporte Clube, desde seu surgimento, com o nome de Juventude, até as conquistas do campeonato brasileiro, em 2015, e paulista, em 2016.

P. 11
"Os salários escancaram o disparate entre meninos e meninas. Enquanto um promissor garoto de 18 anos já ganha mais de R$10 mil mensais, jogadoras consagradas e que disputam o Brasileirão sobrevivem com quantias que variam de R$700 a R$1,1 mil. O teto no Brasil para elas não passa de R$4 mil por mês."

P. 19-20
"Foi de cortar o coração observar as meninas que, mesmo à véspera de um dos dias mais importantes do clube e de suas próprias histórias, treinavam no esburacado campo da Cecap, periferia da cidade. Qualquer desavisado jamais acreditaria que era preparação para a final de um Paulistão e contra a famosa camisa do Santos."

P. 27
"Segundo a jornalista Natane Generoso, pesquisadora do futebol feminino, as mulheres eram educadas de uma maneira que fosse 'favorável" à maternidade e a um modelo de bom comportamento social. Como consequência, os governos ditatoriais proibiam a participação delas em esportes de contato físico."

P. 33
"Enquanto o futebol masculino movimenta milhões de reais, dólares e euros, produz ídolos a todo vapor independentemente de sua qualidade como atleta, e reúne legiões de torcedores, seja nos estádios ou nos sertões desse País, a modalidade feminina roga pelo básico: salário e reconhecimento."

P. 48
[Declaração da diretora Doroteia do time feminino do Rio Preto]
"Foi um começo de decepção principalmente com promessas falsas de patrocínios. Teve dia em que reuni as jogadoras e falei: estamos no mesmo barco e se tiver que afundar, vamos juntas. Comemos muito arroz, feijão e ovo."

P. 56
"Pela boa campanha, os rio-pretenses davam como certo a presença do time no Campeonato Brasileiro de 2014. A entidade, porém, definiu que a partir daquele ano só participariam do campeonato os 20 times com bom desempenho no futebol masculino, isto é, os clubes mais famosos tinham vaga mesmo que não houvesse a modalidade feminina."

P. 69
"Quando terminou [o treino de véspera de finalíssima de campeonato paulista de 2016], as atletas foram embora de moto ou a pé. Diferentemente do time masculino que às vésperas dos jogos fica concentrado em hotel, cada uma foi para casa."
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