A ilha do Dr. Moreau

A ilha do Dr. Moreau H. G. Wells




Resenhas - A Ilha do Dr. Moreau


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Thiago.Moretti 26/12/2021

Uma das características que mais admiro em um escritor é a capacidade de utilizar sua história fantástica, como pano de fundo para expressar o que pensa sobre certos assuntos.
Assim vejo a obra escrita em 1896 por H. G Wells, em que ele se utiliza da ficção científica de uma ilha habitadas por homens-animais para discutir sobre humanidade, ritos, hierarquias e solidão. Um dos melhores livros que tive o prazer de ler.
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Corquiola 07/03/2023

Bom título para quem quer começar a ler clássicos...
Achei a história intrigante, a leitura fluida e em alguns momentos até angustiante de tão bem descrito, um bom passatempo.
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Renninhor 04/01/2022

Orphan Black
Busquei o livro por conta da série, e fiquei encantado como o mesmo serviu de inspiração. Na minha opinião o final deixa em aberto para o leitor pensar o que quiser.
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Valéria Cristina 13/06/2023

Um clássico da ficção científica
O biólogo inglês amador Edward Prendick é salvo de um trágico naufrágio pela tripulação de um navio que está a caminho de uma pequena ilha desconhecida do oceano Pacífico, transportando espécimes de vários animais selvagens. Prendick desembarca na ilha e conhece o dr. Moreau, um cientista perverso, cujos controversos experimentos levaram-no ao exílio. Não demora até o protagonista-narrador descobrir as terríveis experiências biológicas que lá são realizadas, inclusive um aterrorizante segredo.

Escrito em 1896, A ilha do dr. Moreau foi uma reação às teorias darwinianas, que pela primeira vez mostravam o ser humano mais próximo do que se pensava de outras espécies, levando parte da sociedade a condenar vivissecções e experimentos com animais. Wells criou um thriller arrepiante, por vezes macabro, que permanece atual e cujo personagem principal mantém em suspenso o fôlego dos leitores, em sua jornada infernal pela própria sobrevivência e sanidade mental.

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Daire 17/02/2023

Fenomenal
Há tempos tenho vontade de ler muitos dos clássicos da literatura mundial e, desta vez, pude contemplar essa grandiosa obra.
A narrativa em primeira pessoa assemelha-se a um diário onde Edward Prendick narra os seus diversos infortúnios e horrores que presenciou. A começar por um naufrágio que acabou fazendo com que seu destino o levasse à uma ilha estranha, com criaturas animalescas humanizadas, frutos de experiências de um certo Dr. Moreau.
Criaturas essas que, através das experiências traumáticas do personagem, nos fazem pensar em quem há mais traços de insanidade. Seria nos animais ditos irracionais, ou nos animais que sempre insistem em brincar de Deus?
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Tauami 17/11/2016

O monstro em cada um de nós retratado no livro clássico de H.G. Wells
Escrito em 1896, A Ilha do Dr. Moreau é tido como uma das obras literárias basilares para os que se dizem entusiastas do gênero terror e ficção científica. Quais seriam as razões que elevam esse livro a tal patamar? Antes de irmos às respostas dessa questão, se faz necessário explicitar as condições históricas em que o livro foi produzido.

Vivissecção é uma determinada conduta cirúrgica feita com propósitos experimentais em organismos ainda vivos. Normalmente, esse processo ocorre em seres que possuem sistema nervoso central para análises mais apuradas sobre as reações dos experimentos efetuados. Atualmente, esse processo é rigidamente controlado por um conselho de ética que estipula normas para que esses processos sejam feitos dentro de condições mínimas de conforto para o ser que está sendo vivesseccionado. Com os avanços da tecnologia, espera-se que esse tipo de procedimento seja abolido. Entretanto, esse movimento contrário ao procedimento é extremamente recente.

A primeira organização a ser criada com o claro intuito de combater a vivissecção foi a NAVS (National Anti-Vivisection Society). Fundada em 1875 por Francis Power Cobbe, no Reino Unido, essa organização criou um profundo e intrincado debate com a sociedade médica que até aquele momento possuía como um de seus fundamentos a prática da vivissecção exploratória. Durante o século XVI, Andreas Vesalius, considerado um dos pais do estudo da anatomia humana, acreditava enfaticamente que estudantes de medicina deveriam se utilizar de animais vivos para aprimoramento de seus conhecimentos sobre anatomia ao invés de debruçar sobre ilustrações feitas em livros. Entre as conquistas obtidas pela NAVS, está incluída a criação de uma ação (Cruelty to Animals Act 1876), aprovada pelo parlamento do Reino Unido, que regulariza os termos em que a vivissecção se torna legal, nos termos da lei. Posteriormente (1898), a British Union for the Abolition of Vivisection também foi criada, endossando os movimentos que lutam até os dias de hoje contra essa prática.

H.G. Wells, que já havia alcançado notoriedade com A Máquina do Tempo, publicada em 1895, estava ciente dessa crescente discussão sobre os limites da intervenção humana. Lembremos que autor era letrado nas ciências biológicas, tendo sido orientado pessoalmente por Thomas Henry Huxley, um conhecido biólogo evolucionista que influenciou profundamente o sistema educacional público inglês. Assim sendo, não há como negligenciar esses acontecimentos na construção da narrativa de A Ilha do Dr. Moreau.

O livro é trabalhado como se estivéssemos diante de um fato ocorrido na vida de Edward Predick, um rapaz abastado que é resgatado do mar após sofrer um trágico naufrágio. No navio de seus salvadores, Predick observa um desconforto geral por parte da tripulação em relação a um de seus passageiros. M’ling, devido sua aparência bestial, acompanhado de Montegomery, médico responsável por manter Predick vivo após o resgate. Ambos esperam a chegada do navio à ilha onde moram.

A medida que os pormenores dos experimentos de Moreau vão sendo expostos, ganhamos o conhecimento de que ele está conduzindo a criação de seres humanoides a partir de animais comuns e que seu sucesso havia sido tanto que esses seres desenvolveram, por meio de preceitos de cunho religiosos postulados pelo próprio Moreau, uma organização social própria.

A trama é trabalhada a partir das memórias de Predick a respeito dos acontecimentos que o cercaram em sua estadia na ilha, o que faz com que o leitor tenha que se ater a ideia de que todo o desenrolar da narrativa é um constructo partindo de um único ponto de vista. Através dos olhos de Predick, enxergamos as abomináveis criaturas feitas pelo injustificável narcisismo de Moreau. Vemos o inconsolável Montegomery se digladiando contra a correspondência entre ele e as bestas. Vemos a similitude entre os preceitos morais pífios impostos por Moreau a sociedade das criaturas e os preceitos morais que regem o nosso mundo dito civilizado.

O tempo e o espaço do livro estão profundamente relacionados. Quando nos lembramos de algo, não conseguimos resgatar todos os dias do passado, apenas aqueles acontecimentos que possuem certo peso para nós. O livro traz isso. Embora Predick passe praticamente um ano preso na ilha, a narrativa não tem tanto volume como normalmente essa quantidade de tempo pediria. Isso decorre em grande parte devido ao local onde ele se encontra. Uma ilha isolada e hostil não é um bom lugar para nutrir boas recordações. Tive a impressão de que, a todo o momento, Wells buscava metaforizar a memória através do que é a ilha, um pequeno punhado de terra (memória) cercada por todos os lados de água (acontecimentos reais).

Agora, voltemos à questão: O que torna A Ilha do Dr. Moreau uma leitura obrigatória? Bom, alguns poderiam dizer que a grandiosidade do livro se encontra na necessária comparação da organização do povo bestial e do mundo civilizado. Outros colocariam que é a inadiável queda do ser humano quando ele busca usurpar o trono de Deus, representado pelo trágico final do Dr. Moreau. Mas, em minha leitura, o brilhantismo da obra se encontra no modo como Wells demonstra que determinados acontecimentos em nossas vidas jamais nos permitirão voltar a ser o que já fomos.

Ao final do livro, depois de escapar da ilha, Predick se torna um homem de letras recluso, incapaz de lidar tranquilamente com a sociedade, pois ele viu de frente tudo o que a humanidade é – apenas um bando de animais. Quando isso se torna claro, não há volta.

Com essa conclusão, a relação que a obra cria a temática da vivissecção de torna mais complexa. Ao se deparar com a animalidade que cada ser humano possui dentro de si, Predick enxerga que abrir um animal para quaisquer que sejam os propósitos tornou-se uma atitude contra a própria noção de humanidade. É como se cada criatura que é vivissecionada pelo Dr. Moreau fosse um ser humano.

Não é possível passar indiferente pela leitura desse livro. A Ilha do Dr. Moreau traz aos nossos olhos que o mais profundo horror se encontra de cada ser humano. E lá esse horror aguarda, pacientemente, uma oportunidade de se manifestar. Com críticas filosóficas apuradas, uma linguagem acessível e a capacidade de ainda ressoar seus incisivos apontamentos, que vão desde vivissecção até o modo como nos relacionamos socialmente, fazem dele um livro necessário.

Ficha técnica:

H. G. Wells – A Ilha do Dr. Moreau – 1896
Tradução: Braulio Tavares
Lançamento no Brasil: 2012
Editora Alfaguara Brasil

site: https://101horrormovies.com
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Patricia.Nogueira 18/01/2017

Quando uma leitura te satisfaz
Tenho lido muito da "literatura" atual, e dificilmente me sinto satisfeita com o resultado final dos livros. Por esse motivo decidi investir mais do meu tempo nos clássicos e conceituados livros que são famosos no mundo literário. O primeiro deste ano foi essa intrigante história de um revolucionário cientista e sua ilha misteriosa. Dizem que de médico e louco, todo mundo tem um pouco, mas acho que o Dr. Moreau extrapolou.
Brincadeiras à parte, aqui encontrei uma leitura maravilhosa, curiosa e intrigante que conseguiu prender minha atenção a cada linha. E o mais satisfatório em uma boa leitura, é o fato dela te fazer pensar e refletir sobre a vida, o mundo e as ações humanas.
Recomendo com satisfação a leitura desse livro espetacular.
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Rittes 28/05/2018

Feras e homens
Obra clássica e famosa de Wells, já exaustivamente adaptada para o cinema, com Marlon Brando e Burt Lancaster, entre as mais famosas (e que deve ganhar uma outra adaptação em breve), esta novela de terror com ares filosóficos é bem interessante e, apesar de muito antiga, não envelheceu mal. Jamais o conceito de cientista louco foi tratado com tanta propriedade, assim como a nossa suposta superioridade sobre nosso lado animal. Como disse antes, muito interessante.
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Rolinzinha 17/06/2020

Aventura acelerada.
A história ganha um ritmo acelerado e a escrita dimples permite a fluidez na leitura. Um mundo fantástico empacotado numa aventura tão real, atual e humana. Leiturinha boa de fim-de-semana.
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Aline.menck 09/07/2020

A história se passa em uma ilha, onde um cientista resgatado de um naufrágio acaba encontrando um pesquisador que pratica a vivissecção em animais com um propósito de criar algo novo. Extremamente impactante e perturbador
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Narryman 10/04/2023

Um clássico.
As descrições de coisas do navio dão uma cansada (pra alguém como eu que desconhece totalmente o vocabulário), mas após chegarem na ilha foi ficando mais interessante.

Me desconectei algumas vezes nas descrições das criaturas - me faltou imaginação pra dar vida a elas (estranhíssimas, amei kk).

Uma coisa legal foi quando o personagem Pendrick volta pra casa e fica num "limbo existencial". Talvez ele era humano demais para viver entre as bestas, mas se descobriu humano de menos para viver entre os iguais.

Dr. Moreau "brincou de deus". E fica o questionamento de se criou um ser semelhante também, rs.
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Caren Gabriele 30/12/2021

A ilha do Dr. Moreau | H. G. Wells | 1896
É quando o sofrimento encontra uma voz e faz nossos nervos estremecerem que a piedade vem nos perturbar. (p. 40)


Essa não foi a minha experiência com H.G. Wells. O primeiro livro que li do autor foi O Homem Invisível, lá em 2017, e pelo que me lembro, a experiência de leitura não foi nem um pouco agradável: o texto não fluía e o enredo não me cativou nem um pouco. Então por que raios resolvi embarcar nessa nova aventura?

Estava explorando o catálogo do aplicativo de audiobooks Storytel em dezembro de 2021 quando me deparei com o título. Ele tinha uma quantidade até pequena de horas e, para ser sincera, no dia não me lembrei da minha experiência anterior com o autor. E, afinal, A Ilha do Dr. Moreau é um daqueles clássicos que todo mundo que está no meio literário já ouviu falar. Então, não deu outra, apertei o play e embarquei nessa história. E sou muito grata por essa série de pequenos eventos que me fizeram ouvir o audiobook.

A história começa com um naufrágio que, por si só, já nos deixa agitados desde as primeiras cenas. É aí que conhecemos Charles Prendik, nosso personagem principal. A deriva com ele, sentimos a sede e o desespero do homem enquanto imaginamos o que poderá salva-lo ou como ele encontrará a ilha a que o título se refere. E preciso ser honesta: Como eu não conhecia nada do enredo, apenas a fama do livro, cada nova cena era algo inédito pra mim.

Ao ser resgatado por figuras misteriosas, nunca poderia imaginar o que eles eram, e ao longo da trama, cada confusão do personagem era também a minha confusão. Por isso mesmo, vou me ater a não contar mais do enredo do que já mencionei aqui, gostaria que mais pessoas tivessem uma experiência similar a minha.

Mas vale ressaltar que este não é só um livro de mistério e aventura. Ele também é um recorte crítico sobre a ciência, os limites da natureza humana e nosso comportamento. Afinal, qual é a linha que nos separa verdadeiramente dos outros animais?


Uma mente verdadeiramente aberta ao que a ciência tem a ensinar deve reconhecer que é uma coisa pequena. Pode ser que, exceto neste pequeno planeta, esta pitada de poeira cósmica, invisível muito antes que se possa alcançar a estrela mais próxima… pode ser, repito, que em nenhum outro lugar exista essa coisa chamada dor. (p. 78)


Herbert George Wells, conhecido como H. G. Wells, foi um escritor britânico e membro da Sociedade Fabiana. Visionário, chegou a discutir em obras do início do século XX questões ainda atuais, como a ameaça de guerra nuclear, o advento de Estado Mundial e a Ética na manipulação de animais.

site: https://blog.carengabriele.com.br/2022/01/a-ilha-do-dr-moreau-h-g-wells-1896.html
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Lurdes 01/01/2022

H. G. Wells novamente me surpreendeu e entregou um romance de ficção que beira o terror.
A humanidade e os instintos animais postos à prova.
Qual dos dois, afinal, é mais primitivo e cruel?
Esta ilha, perdida no Pacífico, esconde segredos que vão sendo desvendados aos poucos e nos deixando em estado de suspense até o final.
Quero mais H. G. Wells.
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