Fábbio @omeninoquele 22/11/2017Poesia"Roube flores para acalmar a alma"
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Se os poetas clássicos buscavam em seus poemas retratar o seu amor de eu-lírico apaixonado e mais intimista, idealizando a mulher e a natureza, o poeta da pós modernidade se deita sobre os fatos da sociedade atual e busca em seus poemas, fazer uma crítica à sociedade e suas injustiças sociais.
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Os antigos apropriavam-se de uma forma fixa de poema e seguiam à risca, já na pós-modernidade os poetas são livres e retratam o cotidiano de forma direta e simples. Testando a concretude das palavras, os tempos verbais, sonoros e visuais, transformando o poema em objeto.
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O novelo do verbo tem essas características pós modernista que nos proporciona ao ler cada poema, uma leitura daquilo que está ao nosso redor, com que estamos lidando diariamente.
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Os poemas são resultados de uma escrita cotidiana do autor, estão dispostos no livro por capítulos e assim como um novelo, que nada mais é do que um emaranhado de fios, os poemas de Diego Guerra são um emaranhado de versos e estrofes que ganham vida quando o leitor lê.
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O novelo do verbo é mais do que uma obra alheia e desconexa com a realidade, nela há um caminho para que o leitor possa enxergar o emaranhado e desvendá-lo.
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Por tratar de varios temas a organização poética vai de concreta a em prosa, misturando outros experimentos, que ao meu ver, a princípio me causaram um certo desconforto, mas que é facilmente explicado pela famosa "licença poética".
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O eu lírico não se faz totalmente inexistente, mas aparece mais como uma forma de o autor se apropriar do tema amor, tão usado na poesia pra chegar ao leitor para que ele possa refletir criticamente sobre o que está acontecendo ao seu redor.
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O novelo do verbo é um livro desafiante, com uma boa mensagem, de um autor jovem e atual, se você gosta de poema e desafios esse é o livro perfeito para você!
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