Adriano 18/06/2016
O Rosário - Florence L. Barclay (Biblioteca das Moças - Volume 28)
A história gira ao redor de Jane Champion, uma mulher de 30 anos, sem beleza, órfã desde a juventude, contando apenas com sua própria herança, e Garth Dalmain, um rapaz de 27, muito bonito e alegre, um pintor renomado e admirado. Jane, embora nunca tenha se sentido especial na vida de ninguém, possui uma ampla roda de amigos, em meio à qual se encontra Garth. Certa noite, num sarau na casa de sua tia, a Duquesa de Meldrun, Jane substitui uma cantora ausente, na apresentação da canção O Rosário, ao piano. O desempenho de Jane impressiona a todos, mas ninguém se impressiona mais do que Garth, que, a partir daquele momento, sente como se uma luz lhe iluminasse as vistas, e se apaixona perdidamente pela amiga.
Porém, diante da declaração apaixonada de Garth, Jane, ainda que profundamente comovida, não consegue acreditar que alguém poderia se apaixonar por uma moça sem atrativos como ela. Por isso, rejeita o seu amor, acreditando que, em pouco tempo, ele se apaixonará de verdade por uma moça mais adequada. Ambos separam-se de corações partidos, e Jane segue o conselho de um amigo, saindo numa viagem pelo mundo. Tempos depois, chega ao seu conhecimento que Garth sofreu um acidente que lhe custou a visão. Desesperada, Jane volta imediatamente para a Inglaterra, a fim de verificar o estado de seu amado, e é quando encontra uma chance de reaproximar-se de Garth. Será que ele guarda mágoa pela rejeição que sofreu no passado?
Em primeiro lugar, devo dizer que este livro foi a minha melhor leitura do ano passado, e se tornou um dos meus favoritos, independentemente do meu interesse na Biblioteca das Moças. Que narrativa deliciosa, e que história romântica, delicada e emocionante! Posso afirmar sem medo que O Rosário me deixou à beira das lágrimas em seus momentos decisivos. Os personagens são simplesmente encantadores, do tipo que gostaríamos de ter como amigos na vida real, e isso torna a leitura muito mais intensa. Nós nos preocupamos com eles, sofremos com eles, e torcemos loucamente pela sua felicidade.
Não há nenhum vilão, e não faz falta nenhuma. Os próprios receios e inseguranças dos protagonistas são seus inimigos, e os fazem sofrer mais do que qualquer vilão faria ao longo da história. E mesmo assim, nós conseguimos compreender as suas falhas, de forma que não nos irritamos em nenhum momento; apenas torcemos para que eles consigam encontrar suas respostas, que para nós, leitores, são muito simples. Sem dúvida, é uma narrativa que nos prende e nos deixa o tempo todo na curiosidade de saber o que acontecerá a seguir.
A todos os leitores que buscam histórias emocionantes, a ponto de precisar ter ao lado uma caixa de lenços, recomendo totalmente O Rosário, que, reafirmo, ganhou um lugar especial no meu coração e, sem dúvida, será muito relido por mim.
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