Cauim 01/09/2020
De grande utilidade
O livro de Comparato tem o grande mérito de reunir as principais conveções referentes aos direitos humanos sob a perspectiva jurídíca e histórica, de forma não superfícial. No entanto, um leitor pouco experiente e pouco crítico sobre o tema pode se deixar levar pela interpretação universalista e triunfalista dos direitos humanos, como se toda a humanidade estivesse fadada a convegir para os direitos humanos, quando na verdade, os direitos humanos são uma conquista do liberalismo do século XVIII. Faltou à obra uma perspectiva menos romântica dos direitos humanos e mais crítica sobre todas as contradições do tema. Essa ausência crítica acaba escondendo o caráter eurocêntrico e antropocêntríco dos direitos humanos, inclusive na sua criação em 1948. Mesmo assim é um livro que não pode faltar a qualquer estudante do tema.