Guerra e Paz

Guerra e Paz Leon Tolstói




Resenhas - Guerra e Paz


380 encontrados | exibindo 91 a 106
7 | 8 | 9 | 10 | 11 | 12 | 13 |


Camis Domi 28/03/2020

Fascinante
Eu não tenho palavras para descrever todas as emoções que esse livro me causou. Maior camalhaço que já li e não foi fácil, demorei quase 3 meses para concluir a leitura, tamanha a profundidade e complexidade da história que exigem concentração, dedicação e constantes reflexões. Um dos livros mais fascinantes que já li e estou até um pouco deprê achando que nenhum outro que eu lerei daqui pra frente vai conseguir superar essa obra-prima. Neste livro, Tolstói relata os acontecimentos que antecederam e sucederam à invasão de Napoleão à Rússia em 1812, criticando, principalmente, os historiadores que contam a história sem tê-la vivido e, portanto, de maneira irreal. Aqui vemos uma Rússia imponente, magistral e humana. Napoleão, por sua vez, é descrito como um homem sem nome, sem convicções, sem tradições, sem hábitos, que nutria uma profunda admiração por si mesmo e mentia com sinceridade e que, a despeito de tudo isso, alcançou a glória e uma posição de proeminência por força de estranhos acasos, além de sua genialidade, reconhecida por Tolstói. Porém, a genialidade de antes se transformou em tolice e infâmia após uma sucessão de acasos adversos que o levaram ao declínio e fracasso totais. Em meio ao caos e às batalhas, ainda somos introduzidos à singeleza do amor e à beleza de se encontrar a felicidade em outra pessoa. Somos apresentados aos mais variados tipos de personagens desde presunçosos, cruéis, oportunistas até aqueles de alma pura e bondosa, virtuosos, fortes, divertidos, corajosos e, por fim, apaixonantes. Também há a busca por redenção, por um sentido na vida que, depois de muito procurar, é encontrado bem perto, mas que muitas vezes não encontramos porque estamos olhando para outros lugares ao invés de olharmos bem à nossa frente. Um romance magistral, encantador, forte, profundo, atemporal, fascinante e real! Tolstói era simplesmente genial e digno de toda a aclamação em torno dele, sem dúvida um dos maiores escritores que a humanidade já viu. Acho que posso dividir minha vida literária em antes e depois de Guerra e Paz. Estou feliz por ter lido neste momento porque talvez antes eu não tivesse a maturidade necessária para entendê-lo e dar a importância e valor que ele merece. Pretendo ler de novo em outra fase da vida.

"Nikolai Rostóv afastou-se e, como se estivesse procurando alguma coisa, pôs-se a olhar ao longe, para a água do Danúbio, para o céu, para o sol. Como o céu estava bonito, como estava azul, sereno e profundo! Como o sol que se punha estava claro e solene! Como a água do Danúbio, ao longe, brilhava amena e lustrosa! E mais bonitas ainda eram as montanhas azuladas e distantes, para além do Danúbio, o convento, os desfiladeiros misteriosos, a floresta inundada até os cumes pela neblina... lá, havia calma, felicidade... "Nada, nada, eu não desejaria mais nada, não desejaria mais nada, se eu estivesse lá", pensou Rostóv. "Só em mim e neste sol há tanta felicidade, enquanto aqui... gemidos, sofrimentos, horrores, e este tumulto, esta correria... Agora estão gritando de novo alguma coisa, e de novo todos correram para algum lugar lá atrás, e eu estou correndo junto com eles, e aí está ela, ela, a morte, sobre mim, à minha volta... Num instante, nunca mais verei este sol, esta água, aquele desfiladeiro..."
comentários(0)comente



Edna 28/03/2020

Trechos Atuais
Guerra e Paz ? I ? Liev Tolstói
Foto Fev/2020 ? Ler clássico é traduzir toda a história #trechosatuais

"Boa jornada faz quem em sua casa fica em paz." P.83

"Nada, nada, eu ñ desejaria mais nada, se eu estivesse lá", pensou Rostov. " Só em mim é neste sol há tanta felicidade, enquanto aqui....gemidos, sofrimentos, horrores, e este tumulto, está correria...Ahora estão gritando de novo alguma coisa, ....e eu estou correndo junto com eles, e aí está ela, a morte, sobre mim, à minha volta...." P.184

"A gente tem medo do desconhecido." P.218

"No escuro, parecia correr um rio invisível e sombrio, sempre numa só direção, zumbindo num sussurro.." P.238

"Ñ deseje nada para si; ñ procure, ñ perturbe, ñ inveja...mas viva como se estivesse preparada para tudo." P.268

"...sentiam a sua insignificância, ...grãos de areia naquele mar de gente, e ao mesmo tempo, sentiam ser uma parte daquele todo enorme." P.295

"Numa hora de tal sentimento de amor, de enlevo e de abnegação, o que importam todas as nossas discussões e ofensas?" P.297

"Nós só podemos saber que ñ sabemos nada. E esse é o grau mais elevado da sabedoria humana." P.414

"A vida é a luz do homem, e a luz acende na treva, e a treva ñ a acolhe." P.527

#Bagagemliteraria
#GuerraePaz #Tolstói
#LievTolstoi
#trechosdolivro
#Bookstagram
#Euamoler
#Instalivros
#Literatura
#ler #Emcasa
#Fiqueemcasa
#Leiaumlivro
#Leiaemcasa
#todoscontraocoronavirus
comentários(0)comente



Clube Tripas 01/04/2020

[Resenha]
Conteúdo: Livre
Livro: Guerra e paz
Autor: adaptacão de Silvana Salerno da obra de Liev Tolstói
Editora: @companhiadasletras
Páginas: 279
Avaliação: Gostei muito (4/5)
Mês: Março/20
Bibliotecária: Cléia Lúcia / Valinhos/SP

Esta adaptação do clássico da literatura russa se passa durante a campanha de Napoleão na Áustria.

O autor narra as guerras entre França e e as principais monarquias da Europa. Um período que expõe-se tanto a brutalidade quanto as banalidades da guerra, uma aristocracia arruinada e as tramas da sociedade.

O romance prende a atenção com a forma de escrita, cheia de acontecimentos de perder o fôlego. Silvana Salerno adaptou muitas das obras clássicas da literatura mundial e faz muito sucesso nas Bibliotecas Escolares.
comentários(0)comente



Clio0 02/04/2020

Se você é um leitor habitual, provavelmente já ouviu falar de Guerra e Paz - considerada por muitos o melhor romance já escrito, por outros também o mais tedioso de ler.

Fama injusta, mas explicável.

A obra de Tolstói é uma imensa crônica de costumes que se entrelaça com as Guerras Napoleônicas pelo ponto de vista de um certo número de oficiais pertencentes a pequena nobreza russa.

Isso por si só já não é a preferência da maioria dos leitores, quando se coloca então o fato de que o autor narra extensivamente e intensivamente as mudanças íntimas e sociais provocadas pelo período supracitado...

Enfim, esse clássico continuará a ser evitado por muitos e celebrado por outros tantos. Devido ao preço que um único exemplar custa, eu o recomendo apenas aos leitores que gostam do estilo.
comentários(0)comente



Carlos Nunes 14/04/2020

Livro da vida
Apesar de amedrontador pelo volume, tema e número de páginas, a leitura dessa obra se revelou fácil e deliciosa! Tolstoi soube encaixar, de modo magistral, seus personagens fictícios no desenrolar das guerras napoleônicas na Rússia. Personagens muito bem construídos, com erros e acertos, numa trama cheia de romance, intrigas familiares, falências, busca por ascensão social, desilusões e perdas pessoais, tudo isso em um contexto de batalhas muito bem narradas, e digressões muito pertinentes e bem colocadas. Uma obra magnífica, que faz jus a toda a fama que tem. Um verdadeiro tesouro!

site: https://youtu.be/mVRdDxNCinE
comentários(0)comente



Leilinha @homeopatialiteraria 20/04/2020

Quem somos em tempos de guerra ou de paz?
“- Se todos fossem para a guerra só por causa de suas convicções, não haveria guerras (...) - E isso seria maravilhoso.”

Imagine um livro que te deixa ansioso para fazer resenha? Esse é o meu sentimento desde o término da leitura de Guerra e Paz. Esse livro, sem dúvidas, é desses que marcam a vida de um leitor, não apenas pelo desafio em relação a sua extensão (1544 páginas divididas em dois volumes nesta edição da Companhia das Letras ) e a quantidade de personagens que o compõe (mais de 500), mas pelo primor de sua narrativa: uma verdadeira obra prima.
É incrível imaginar que um livro desse tamanho possa nos prender do início ao fim, fazendo com que a gente se envolva emocionalmente com tantos personagens, especialmente com seu grupo de protagonistas.

Guerra e paz é um desses livros para se degustar, para se ler sem preocupação com metas temporais, sem a necessidade de chegar ao fim para contemplar o final de algum ciclo na vida de seus personagens: as histórias que se desenvolvem são como a vida real, cheia de ciclos que iniciam e terminam, reviravoltas, decepções, tomadas erradas de decisão...

O livro se passa entre os anos de 1805 e 1820, contemplando épocas de guerra e de paz na Rússia, estando focado, especialmente, no período entre 1805 e 1812, quando temos as guerras napoleônicas, a invasão das tropas francesas na Rússia e os desdobramentos políticos dentro do continente europeu.

O fato de Tolstoi trazer à vida tantos personagens proporciona a riqueza de inúmeros pontos de vista ao longo da narrativa. Homens e mulheres, de diferentes idades e classes sociais, vivenciam os mesmos eventos históricos, cada qual com sua visão de mundo.
O texto nos leva a inúmeros questionamentos e reflexões levantadas pelos personagens e pelo próprio narrador acerca da guerra, que é representada em suas as múltiplas facetas: o medo da morte, a adrenalina do início da batalha, o entusiasmo gerado pelo soberano, a camaradagem, o horror... Afinal, que forças impulsionam as massas para a guerra? O que leva um simples sapateiro ou um burguês sonhador a matar em campo de batalha?
Em meio a estes questionamentos, o autor traz críticas aos historiadores da época que, ao narrar tais eventos, atribuem estas forças aos heróis e líderes militares.
Para Tolstoi estes homens não seriam suficientemente fortes a ponto de mover tais massas humanas. Haveria forças maiores que levariam os homens a cometer tais atrocidades.
Ainda questiona-se o fato de que, embora os líderes militares sejam descritos em documentos oficiais como os responsáveis pelas ações estratégicas tomadas, como sendo deles a escolha total de como agir, em muitas situações, a lenta comunicação entre os oficiais - à época - tornaria impossível o total controle dos exércitos em campo de batalha ou em seu deslocamento pelo continente.

“Um comandante em chefe nunca se encontra no início de nenhum acontecimento, condição em que nós sempre encaramos um acontecimento. Um comandante em chefe sempre se encontra no meio de uma série de acontecimentos em movimento e assim nunca, em nenhum minuto, é capaz de refletir sobre todo o significado do acontecimento em curso. De modo imperceptível, minuto a minuto, o acontecimento toma a forma do seu significado, e a cada momento dessa coerente e ininterrupta transformação do acontecimento, o comandante em chefe está no centro de complicadas manobras, intrigas, preocupações, dependências, poderes, projetos, conselhos, ameaças, embustes, encontra-se o tempo todo na necessidade de responder a uma quantidade inumerável de perguntas que lhe são propostas, sempre contraditórias entre si.”

Sem dúvidas há muitos pontos a serem explorados e comentados sobre esse livro grandioso, mas, há algo central que une as muitas histórias: no cerne de tudo, há o humano. A inveja, o ciúme, o amor, a compaixão, a ganância... Quem somos nós em tempos de guerra ou em tempos de paz?

“Bem, e então para que o senhor vai para a guerra? — perguntou Pierre. — Para quê? Não sei. Porque é preciso. Além disso eu vou… — Parou. — Vou porque esta vida que levo aqui, esta vida… não me serve!”

A extensão do tempo em que a história se passa e a descrição da guerra vai nos levando a refletir sobre como um evento de tal magnitude e tal brutalidade pode nos modificar. Como eram os personagens antes e depois da guerra? Vemos suas perdas (humanas e materiais), mas também suas experiências e a forma como estas vivências levam os personagens a diferentes situações, inclusive, a buscar sentido em suas vidas, a repensar seus conceitos de felicidade e liberdade, a conhecer a si mesmos.

“Em sua vida, Pierre procurara por muito tempo, em várias direções, aquela tranquilidade, aquela concordância consigo mesmo, aquilo que tanto o impressionara nos soldados na batalha de Borodinó — havia procurado aquilo na filantropia, na maçonaria, na dispersão da vida mundana, no vinho, nas proezas heroicas do autossacrifício, no amor romântico por Natacha; havia procurado aquilo por meio do pensamento, e todas as buscas e experiências o frustraram. E, sem sequer pensar nisso, acabou adquirindo aquela tranquilidade e aquela concordância consigo mesmo apenas por meio do horror da morte, por meio das privações e por meio do que havia compreendido em Karatáiev. Os minutos terríveis que padecera na hora da execução dos prisioneiros como que varreram para sempre de sua imaginação e de suas memórias os pensamentos e sentimentos aflitos que antes lhe pareciam tão importantes.”

Uma obra grandiosa, que indico a todos os amantes da literatura e, principalmente, àqueles que gostam de personagens complexos, compostos por diversas camadas, capaz de nos trazerem inúmeras percepções.
comentários(0)comente



Ana Magiero 03/05/2020

📖 11/60: Guerra e Paz, volume 1. Leon Tolstói. 4/5 🌟 400 páginas.
É com um imenso orgulho que escrevo as palavras a seguir. Não estava confiante de conseguir ler esse clássico da literatura, mas caramba, como esse primeiro livro foi fácil de ser devorado.
Essa resenha será um pouco diferente das outras, nessa irei colocar só minhas impressões de leitura, pois quero fazer vocês lerem essa maravilhosidade escrita por Tolstói. Confesso que estava com muito medo antes de iniciar a leitura. Havia tantas possibilidades de não me agradar, mas fui recompensada com uma narrativa deliciosa e muito difícil de ser deixada de lado. O que o autor fez nesse livro ainda me espanta.
Não é atoa que o nome do livro é Guerra e Paz, pois iremos acompanhar uma guerra aqui de proporções que eu nem conseguiria descrever. Não posso deixar de mencionar que não só vemos guerra, tem uma parte muito engraçada nesse primeiro volume, pode até ser meio mórbido da minha parte, mas vocês já repararam como os russos são engraçados. Meu, eu ri demais.
Fiquei um pouco perdida no começo com tantas famílias com nomes parecidos, mas aí eu foquei só no nome do Andrei e do Rostov que o resto eu tentaria encaixar na minha cabeça depois conforme a leitura ia fluindo. Melhor coisa que poderia fazer, ao invés de tentar decorar os nomes de todos logo no inicio e me ver cada vez mais perdida, deixei a própria escrita me levar para onde Tolstói quer que seus leitores vão ao ler esse livro.
Um conselho: não se prendam muito a tentar lembrar todos os nomes do livro, deixe a leitura te guiar para os campos de batalha, para os enredos de deixar você com o queijo caído e ser surpreendido com a entrada do Napoleão Bonaparte quando ele aparece. Juro que a história te prende logo nas primeiras cem páginas. Vai por mim! Leitura deliciosa e ao mesmo tempo bem reflexiva em alguns pontos. Já posso dizer que será um dos favoritos desse ano de 2020.
#resenhasaninha
comentários(0)comente



Larissa 16/05/2020

Uma oportunidade como poucas...
Liev Tolstói é um dos gigantes da literatura mundial, e Guerra e Paz é uma de suas obras de "leitura obrigatória", por assim dizer. Mas para quem se intimida com a grandeza dessa obra (em tamanho ou complexidade), Silvana Salerno traz uma solução bem acessível através de seu trabalho de tradução e adaptação da obra para o selo "Seguinte", da editora Companhia das Letras.

É uma forma muito interessante de travar um primeiro contato e criar intimidade com a obra, já que é oferecido ao leitor um grande suporte para se situar em relação ao período histórico, a geografia e aos personagens, o que permite uma compreensão muito maior do plano geral.

Outro ponto importante é que a adaptação é incrivelmente condensada, trazendo todos os volumes da obra em apenas um livrinho de bolso, e que ainda por cima contém algumas ilustrações, então a leitura é bem rápida e tranquila, ao contrário da versão integral.

A desvantagem desta versão é que grande parte do que torna a obra tão genial se perde na condensação, afinal, com Tolstói, não se trata da história em si, mas da maneira como ela é contada. Desta forma, a adaptação pode até ser uma ótima opção para se situar frente a obra ou preparar para uma leitura mais atenta da versão integral, mas com certeza não tem a pretensão de substituir sua leitura.
comentários(0)comente



André 18/05/2020

Li numa matéria recente da Vox (https://bit.ly/3g05vuY), com indicações de livros para ler durante a quarentena, que Guerra e Paz não é um livro nada difícil. Ao contrário, é uma leitura fácil e divertida, apenas longa. Concordo totalmente. E acrescentaria que é uma obra monumental. A palavra pode parecer antipática, mas acho que define bem. Há livros que são incríveis, clássicos, mas não acho que sejam monumentais. O Velho e o Mar, por exemplo, é um dos melhores livros da vida e está entre meus favoritos, mas não diria que é monumental, o que não é nenhum demérito. Acho que o que torna uma obra monumental não é o fato de ser um tijolo, e sim a capacidade de contar uma história com camadas que se espalham e se aprofundam, horizontal e verticalmente. Normalmente há uma grande quantidade de personagens, com histórias bem desenvolvidas, alternando momentos de ação e introspecção. Da mesma forma, o ambiente também se espalha, com um cenário vasto e detalhado, e ganha camadas na medida em que se modifica com o tempo, interagindo com os personagens, vivo. Para atender ao critério, no entanto, quase sempre é preciso ter muitas páginas.
Guerra e Paz tem como pano de fundo as investidas napoleônicas contra a Rússia, nos anos de 1805 a 1812. Se há um mote que atravessa todo o livro é o argumento de que os grandes acontecimentos históricos acontecem não pela genialidade ou comando de figuras específicas, como Napoleão ou Alexandre, mas são efeito da confluência de inúmeros fatores que fogem a qualquer controle.
É difícil apontar um protagonista, mas há três núcleos familiares que se destacam.
Há algumas passagens no livro absolutamente memoráveis, incrivelmente bem escritas, arrebatadoras. A forma como Tolstói constrói a sensação de torpor de um soldado ao cair do cavalo no meio de uma batalha é de uma beleza e de um domínio da escrita muito raro de se ver.
E tão bonito quanto isso são algumas descrições de sonhos de personagens, cenas de delírio, reflexões sobre deus, justiça, verdade, abelhas, falta de sentido, alienação, incomunicabilidade, violência de massa e sentimento diante da morte.
Ao final do livro, na segunda parte do Epílogo, Tolstói discorre longamente sobre a História como ciência, na tentativa de encontrar alguma lei que explique porque tantas pessoas se dispuseram a matar seus semelhantes, e porque tanto mal se fez e se faz em nome do bem.
comentários(0)comente



Gianny 27/05/2020

Sensacional
Este livro é um espetáculo, com mais de 500 personagens e diferentes histórias entrelaçadas, este é um clássico da literatura russa e não é em vão.
Realmente é um deleite ler livros tão bem escritos como é o caso de Guerra e Paz.
comentários(0)comente



Oré 29/06/2020

Na dúvida, vamos de Anna Karenina...
Pegava o livro, olhava, deixava de lado. Ainda não, vai chegar a hora! Pensava comigo mesmo, me remoendo de ansiedade. E isso se repetiu inúmeras vezes, até que por fim sentindo-me apto, me rendi a epopéia russa de Tolstói. Fui com imensa sede ao pote. Esperava que a grandiosidade e fama da obra fosse diretamente proporcional ao prazer da leitura e me trouxesse um dos livros da vida! Não foi bem assim... O livro tem um enredo aceitável, com críticas pontuais a sociedade burguesa e aristocrática da época, a brutalidade das guerras e conflitos, às limitações dos governantes e os tidos "grandes homens". Ha o enaltecimento ao povo russo (acredito que o grande herói retratado nessa epopéia). Se faz presente a evolução moral e espiritual presente em boa parte dos personagens centrais, comungando com a proposta de universalidade e fraternidade entre os homens. Somos brindados com analises sociológicas e filosóficas levantando o ponto de vista do autor quanto a razão dos conflitos e das agruras retratados na obra (e sinceramente não gostei/concordei/me senti tocado/me levou a vontade de reflexão e-ou contemplação as teorias propostas). Tudo isso já vivi em outras maravilhosas obras, retratado em menos páginas e com enredo mais cativante...
O autor ainda tece sua posição sobre as questões militares, de razões a estratégias sobre as batalhas e o período de guerras retratado; Aqui gostei menos ainda de tudo que foi explanado. Fica chato, maçante, e o autor meio que quer desconstruir tudo relacionado a teoria militar como ciência, como se nada fizesse sentido e como se grandes estrategistas militares fossem apenas forjados pelo acaso e "marketing".
Tolstói é incrível na construção de cenas aqui, e eu via verdadeiras pinturas trazidas por suas palavras, queria que tivesse muito mais disso no livro. Quem dera que casamentos e funerais deixassem de ser descritos em 2 parágrafos e pudessem ocupar as 10 páginas que falam repetidas vezes que a tropa A seria melhor posicionada na estrada X...
Talvez o maior problema com o livro seja justamente sua extensão e sua propria grandiosidade. É fácil se perder em tantos nomes russos de fonetica aparente semelhante (para um leitor lusófono que não manja de russo, pelo menos). É fácil se perder e aborrecer nas divagações grandiloquentes do autor.
Esse é um livro que exige dedicação e comprometimento ímpares (que talvez eu mesmo não tenha tido). Se tiver tempo e esses pré-requisitos, recomendo que se conheça a obra. Só não vá esperando "o livro da sua vida", pra não se decepcionar!

Uma dica, vale comecar a leitura pelo prefácio 2 e caso seja a edição em dois volumes pela Companhia das Letras, ler antes o texto "O porco-espinho e a raposa" presente no livro 2. Eu acredito que teria aproveitado um pouco mais se assim tivesse feito. E o final da obra ficaria imensamente menos anticlimatico!
comentários(0)comente



Caio 15/07/2020

Minha primeira resenha.
Guerra e paz é o meu livro favorito. Quando li que Tolstói afirmou que o livro não é apenas um romance, eu concordei sem discutir. De fato, ele é a definição de "Os Livros são alimentos para a alma".

Eu realmente espero que as pessoas tenham uma rica experiência, como eu tive, com esta obra-prima.
comentários(0)comente



Marlon 20/07/2020

Colossal
Guerra e Paz é um livro que conta a estória de algumas famílias que enfrentam, do ponto de vista da aristocracia, a invasão de Napoleão na Rússia.
O livro é basicamente um novelão de época, com intrigas, bailes, vingança, amor, traição... Mas com um diferença fundamental: a escrita genial de Tolstói!
O que me fez amar essa aventura, é como o autor consegue criticar o endeusamento desnecessário de grandes figuras históricas e a insensatez da guerra e suas consequências terríveis.
comentários(0)comente



anoca 31/07/2020

5 estrelas parecem pouco
sei que o tamanho assusta mas depois que se conhece a história o único defeito do livro é justamente parecer tão curto
comentários(0)comente



tati.ANNa 01/08/2020

Guerra & Paz
Não sou de ler livros muito grandes, por isso decide me desafiar e pegar um livro com mais de mil páginas e ver o que acontecia.

Um dos motivos que me fez querer ler Guerra e Paz foi o musical "Natasha, Pierre & The Great Comet of 1812" que é baseado na parte 5 do livro 2. Amo o musical de paixão e baixei o livro pra lê apenas a parte em que o musical se inspirou, sabendo que não entenderia muita coisa começando pelo meio de um livro de 1.000 páginas, mas Tolstói me surpreendeu, consegui acompanhar tudo perfeitamente. A escrita é clara e concisa, me fez querer ler mais e saber mais de cada personagem.

Em nenhum momento a leitura foi cansativa, a forma como o livro foi divido ajudou muito no ritmo que criei para não acabar empacada na leitura. E os audiobooks também me deram um impulso.
Lá para o meio do livro 3 eu fiquei meio perdida com todas as informações sobre o que estava acontecendo nas batalhas e lugares e ficou difícil ler por um tempo, mas essa é a única reclamação que eu tenho. A narrativa consegue te envolver completamente, quando percebe, você já está metade do livro.

"O historiador não tem que descrever senão os actos dos indivíduos separados que, na sua opinião, dirigem a humanidade."
E foi isso que Tolstói fez com maestria, nos fez acompanhar seus personagens e mostrar a história como ocorria naquela tempo com uma narrativa imersiva e cativante.
comentários(0)comente



380 encontrados | exibindo 91 a 106
7 | 8 | 9 | 10 | 11 | 12 | 13 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR