Ana Cis Gestal 27/10/2019
Com a maturidade fica - se mais jovem
Autor: Hermann Hesse
Tradução: Roberto Rodrigues
Editora: Record
Páginas: 152
Um compilado de textos e poemas, sobre a maturidade, as dores, perdas e as alegrias de envelhecer. Com uma escrita poética, leve e apaixonante, que nos envolve e emociona.
Hesse nasceu na Alemanha em 1877 e faleceu em 1962 aos 85 anos, na Suíça.
São tantos trechos incríveis, que seria impossível colocar aqui todos os que me encantaram, mas separei alguns: "Enquanto o verão resiste à morte, a floresta resiste ao outono! Assim também se defende o ser humano, no declínio do seu verão, contra a debilidade e a morte, contra o frio do universo que o cerca, contra o frio que invade suas veias."
"Desejo a morte, mas não quero que seja precoce e imatura. Em todos os meus anseios por maturidade e sabedoria, ainda guardo uma profunda e irredutível paixão pelas doces e alegres tolices da vida."
"A paixão é bela e quase sempre cai muito bem aos jovens. Os velhos prestam-se mais ao bom humor, ao riso, à irreverência, à transposição do mundo para uma tela e à percepção das coisas como a efêmera dança das nuvens ao entardecer."
"Com a maturidade, nos tornamos cada vez mais jovens. Isso também acontece comigo, embora não queria dizer muito, uma vez que, no fundo, sempre tive a mesma disposição da mocidade, encarando a idade adulta e a velhice como uma espécie de comédia."