The Name of the Wind

The Name of the Wind Patrick Rothfuss




Resenhas - The Name of the Wind


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Rodrigo.Assis 17/05/2016

Bom livro, mas não cumpre o que o prólogo promete
The Name of the Wind/O Nome do Vento é um trabalho bastante elogiado do Patrick Ruthfuss e acabei lendo por várias recomendações de amigos. Tinha altas expectativas e quis amar o livro, de verdade. Porém, não cumpriu o que prometia.
O Prólogo é realmente muito bem escrito, diria que é, de longe, a melhor parte do livro. Dá a impressão que o autor gastou ali uma boa parte do tempo para apresentar uma obra-prima. O silêncio em três níveis é de um lirismo impressionante.
A ideia de uma história narrada por um aventureiro aposentado que se torna dono de um taverna é também interessante, inclusive por mostrar o "fim" de um herói que não seja o casamento com a princesa, a conquista de um trono qualquer ou a morte gloriosa.
O protagonista incomoda: ele é arrogante, o melhor do mundo, o mais inteligente. Basicamente, ele é O Escolhido, The One, expediente que já me cansou. Inicialmente achei que ele só era mentiroso, um narrador não confiável, mas o livro deixa claro, no final, que não é o caso. Ele é "top" mesmo.
O ritmo da narrativa é irregular. Achava que o protagonista contaria apenas as principais passagens da sua vida. Talvez esse fosse o objetivo.
Fiquei empolgado pelo primeiro quinto, enquanto viajava com a família e aprendia magia com Abenthy. Daí em diante a história apresenta uma enorme barriga. Somos apresentados a uma série de personagens e situações totalmente irrelevantes para a história.
A situação melhora quando finalmente ingressa na Universidade. Melhora, mas não fica exatamente boa. Conhecemos outros personagens, inclusive uma moça que parece ter uma grande importância para os outros livros, e um tipo de dragão que é muito interessante.
Ruthfuss escreve bem, mas acho que precisava de um editor (ou de um editor melhor). Mesmo o episódio do dragão é contado de modo totalmente irrelevante, não acrescenta nada em termos de avanço do roteiro, desenvolvimento de personagem ou construção de mundo.
Além disso, o background do mundo é apresentado de maneira muito expositiva, quase Powerpoint. Em dado momento, por exemplo, surge um velho na cidade que, por conveniência, sabe de TODAS AS HISTÓRIAS DO MUNDO. Kvothe então vai vê-lo e pede para lhe contar uma dada história, que é prontamente narrada em detalhes pelo velho. Isso acontece desse modo em pelo menos mais uma ocasião.
O sistema de magia é bem interessante e foi integrado à história. Gostei muito da noção do nome das coisas como o ápice da magia.
No geral, o livro vale a pena por fugir da fórmula tolkeniana e pelos interlúdios que se passam "no presente" (Kvothe narra a sua história para um cronista).
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May 21/07/2015

Em uma palavra, esse livro é mágico!
Demorei pra pegar o embalo desse livro, mas quando foi, foi! hehehe Falo mais desse livro no video. ;)

site: https://www.youtube.com/watch?v=r00O2KudBO0
Gleice 22/07/2015minha estante
May, esse é um dos meus livros preferidos da vida. Amei seu vídeo e a forma linda como fala da escrita (mágica) do Patrick.


May 01/08/2015minha estante
Obrigada!! Ele realmente é muito especial. ??




Bruno 17/10/2014

Maravilhoso
Um dos melhores livros que li em muito tempo. Tudo na história tem um sentido, muito pouca enrolação, apesar de ter um trecho de paixonite infantil que me cansou um pouco. Recomendadíssimo.
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18/11/2012

Antes um esclarecimento. Kote é um dos nomes de Kvothe, por isso, não estranhe porque na resenha optei por manter o nome original dele. Dito isto, vamos lá.

“Meu primeiro mentor me chamava E´lir porque eu era inteligentee eu sabia. Minha primeira amante me chamava Duleitor porque ela gostava do som. Eu já fui chamado Umbroso, Dedo Leve, e Seis Cordas. Fui chamado Kvothe, o Sem-sangue, Kvothe, o Arcano e Kvothe, o Matador de Reis. Eu mereci esses nomes. Comprei e paguei por eles (…)

Eu roubei princesas de volta de reis adormecidos em seus sepulcros. Eu queimei a cidade de Trebon. Eu passei a noite com Felurian e saí tanto com minha sanidade e minha vida. Eu fui expulso da Universidade com menos idade do que a maioria das pessoas é aceita. Eu andei por caminhos enluarados que outros temem falar durante o dia. Eu falei com deuses, amei mulheres e compus canções que fazem ministreis chorarem.

Você deve ter ouvido falar de mim.”

(p.58 – edição pocket americana)

É assim que Kvothe se apresenta. Mas não pense que ele é arrogante ou prepotente. Longe disso. Nem é tão convencido assim. Ele fala isso simplesmente como alguém que constata um fato. E a verdade é que é difícil não se apaixonar por Kvothe desde o início. Na verdade, não dá pra saber muito dele no início. Kvothe é misterioso e faz questão de ser discreto. Não gosta que venham bisbilhotar em sua vida, e não alardeia quem é. É inteligente, sim, tem um senso de humor afiado e irônico delicioso, é atencioso e educado. Mas já de início, fica evidente a força desse personagem de cabelos vermelhos e olhos verdes penetrantes.

Mas, ao ser reconhecido pelo Cronista, ele se resigna contar sua história. Ela começa nos dias em que viajava pelo país em companhia dos pais e da trupe de artistas a que pertenciam. A vida é fácil e feliz para o pequeno Kvothe, cheia de promessas e amores. Mas uma tragédia muda o ruma das coisas, e logo Kvothe se vê órfão e obrigado a roubar e se virar nas ruas de Tarbean. Sua língua afiada acaba por ganhar alguns inimigos para Kvothe, e ele passa o tempo fugindo e fazendo o possível para sobreviver. Ele passa três anos como mendigo, em parte para se achar, já eu tinha perdido um pouco o rumo, até que consegue ir para Universidade, e é aceito aos 15 anos, quase três antes do normal.

Lá, claro, ele também faz alguns inimigos, como Ambrose, um riquinho filho de um nobre que não aguenta a humilhação de ser passado para trás por Kvothe, e, mais importante, também ganha a antipatia de alguns mestres, como Lorren, o mestre responsável pelos Arquivos (só uma observação, eu me perderia nos Arquivos. Imagina só, milhares e milhares de livros, sobre tudo que você imaginar! Quando morrer, quero ir pra lá, porque isso é meu paraíso! ;D), e Mestre Hemme, que logo no primeiro dia de aula, já dá um jeito de humilhar Kvothe (parece com algum outro professor de poções que a gente adora odiar?), mas Kvothe tem raciocínio rápido e o tiro sai pela culatra, o que no futuro pode custar sua permanência na Universidade.

Por outro lado, justamente esse raciocínio rápido e incrível capacidade de aprendizado também rendem bons amigos. Entre eles Sim e Wilem e Mestre Kilvin para quem Kvothe trabalha. Mas mesmo entre eles, Kvothe se sente meio deslocado, porque é pobre e precisa sempre se provar. Não revela muito de sua vida, e só muito tempo depois começa a confiar o suficiente em Wil e Sim para compartilhar algumas coisas, mas não tudo.

Claro que por trás de todo grande herói sempre há uma mulher forte. E no caso de Kvothe, essa mulher é Denna, ou nas palavras dele, A mulher. Denna é jovem, mais ou menos da idade de Kvothe e totalmente livre. O que quero dizer é que ela vai e vem quando bem entende, e acho que justamente esse espírito selvagem é o que atrai Kvothe. Ele também não me parece do tipo que cairia de quatro por um tipo princesinha. Denna também é inteligente e tem um senso de humor tão afiado quanto de Kvothe. Confesso que às vezes ela dá raiva, porque (SPOILER) parte o coraçãozinho do ruivinho em pedacinhos, mas sinceramente, das outras personagens femininas do livro, só ela mesmo que poderia ficar com ele.

Mas também é bom destacar mais duas mulheres importantes na história, e que talvez ganhem mais espaço no segundo livro: Fela, uma estudante, colega de classe de Kvothe, e Auri, uma moça esquiva, que mora nos subterrâneos da Universidade. Também, quase esqueço, Devi, uma agiota que empresta dinheiro para Kvothe pagar a Universidade. Como eu disse, no primeiro elas não tem muito destaque, mas vamos ver no segundo.

Uma coisa muito legal do livro é que ele é dividido em dois: uma parte da ação é contada em primeira pessoa, por Kvothe, e se passa num passado indeterminado,mas não muito distante. Outra parte, em terceira pessoa, é o presente, onde Kvothe, ou melhor, Kote, dono de uma estalagem, conta sua história ao Cronista. E muito bacana é que Kote pode até ser Kvothe, mas não tem muito dele. É misterioso também, amável, prestativo e sábio, mas isso é só fachada. Na realidade, ele é um homem muito marcado pelos acontecimentos que lhe deram fama, e ele está esquecendo quem é. O autor foi brilhante ao conseguir isso.

Na estalagem trabalha também Bast, um jovem quieto, muito bonito, mas que não é bem o que aparenta ser. ele é sagaz e é aprendiz de Kote. Bast é extremamente fiel a seu mestre, a quem chama de Reshi, e não mede esforços para defendê-lo. E também na estalagem está o Cronista, que registra a história de Kvothe, e também tem lá os seus mistérios. Por que ele chegou exatamente agora para ouvir a história de Kvothe? O que o levou para a estalagem? Não temos as respostas ainda, mas creio que isso será respondido aos poucos.

Uma coisa sempre me intrigou quando eu via o livro. “Dia 1”. Explico: não, a narrativa não se passa em um dia. mas Kvothe explica para o Cronista que sua narrativa precisa de mais de um dia para ser completada. E o primeiro livro cobre a primeira parte da história. História esta, aliás, deliciosa, viciante, que prende a gente até o fim, e deixa a gente com vontade de mergulhar logo no segundo (foi o que eu fiz). A narrativa também é leve, fluida, quando a gente vê, já chegou na última página. E daria uma série de TV muito boa também (não daria pra ser filme, tem muita coisa lega, pra cobrir tudo, só uma série mesmo). Recomendadíssimo!

Trilha sonora

Pra começar, acho que Prelude 12/21, do AFI combina muito bem com Kvothe. Também Breath of life, de Florence and the machine, Ameno e Divano, do Era, Return to innocence, do Enigma, Fairytale, do Shaman.

Se você gostou de O nome do vento, pode gostar também de;

Ciclo A herança – Christopher Paolini;
coleção Harry Potter – J. K. Rowling;
As Crônicas do Gelo e do Fogo – George R. R. Martin;
As Crônicas de Artur – Bernard Cornwell;
coleção Percy Jackson – Rick Riordan;
As Crônicas dos Kane – Rick Riordan;
trilogia de Tinta – Cornelia Funke;
O trílio negro – Marion Zimmer Bradley;
As brumas de Avalon – Marion Zimmer Bradley.

Publicado originalmente em: natrilhadoslivros.blogspot.com
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