Rodolfo 21/07/2010Não Temerei o MalEm Não temerei o mal, Heinlein descreve um mundo pós terceira guerra mundial e grandes áreas abandonadas, zonas violentas e sem lei. Nesse cenário vive Jonham Sebastian Bach Smith, um sujeito em avançada idade, bilionário que é mantido vivo por meio de uma máquina ligada por cabos e tubos a uma cadeira especial usada para deixá-lo em pé. Frente a morte iminente e seu desejo de viver, resta apenas uma alternativa, algo nunca realizado com sucesso em um ser humano, um transplante de cérebros e um corpo sadio.
Ao estabelecer as exigências e viabilidade legal para o transplante, Smith precisava apenas de um corpo com o mesmo tipo sanguíneo mas o inesperado acontece, acaba recebendo o corpo de sua secretária Srta. Eunice Branca, morta em um assalto por andar em uma Área abandonada. A operação ocorre e após alguns dias recobrando a consciência e sem saber como era seu novo corpo, Smith vai recobrando os movimentos até descobrir quem era o doador, ao dar-se conta que tratava-se de sua ex-secretária descobre que ganhou não só o um corpo feminino e jovem mas também a presença de Eunice e passam a dividir confidências e experiências. Smith e Eunice passam a ser uma só pessoa, tendo como principal experiência as novas sensações e desejos femininos, o tutor e advogado pessoal, Jake Salomon, torna-se seu marido e através de intensas discussões internas com Eunice, engravida de si mesma, Joan Eunice enquanto Johnam tinha amostras de esperma em criogenia mas convence Jake que ele era o pai da criança em seu ventre, ao decidir dar a luz em uma colônia na Lua, o desfecho final aparece. Joan Eunice descobre que podia ser mais do que era, mais do que duas consciências em uma pessoa e antes de partir para a Lua, agrega mais consciências em seu corpo.
Como característica da obra de Robert Heinlein, sua visão de futuro confronta até hoje os valores sociais estabelecidos como poligamia, corrupção, liberdade sexual e uso indiscriminado por pessoas detentoras de poder.