Alice no País das Maravilhas

Alice no País das Maravilhas Lewis Carroll




Resenhas -


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Cheshire 12/08/2020

As coisas mais absurdas podem fazer sentido!
Este livro foi escrito em 1862 como "um presente de Natal para uma criança querida, em memória de um dia de verão", nas palavras de seu autor, Lewis Carroll. Sua primeira versão era escrita à mão, exemplar único, onde Carrol tinha posto no papel uma história que tinha inventado durante um passeio meses antes.

Muita gente deixa de gostar de Alice simplesmente porque não consegue entender uma história tão maluca e meio aflitiva. O sentido acaba escapando ao leitor, e essa questão acaba sendo muito importante. Como Lewis era professor de matemática e também um estudioso em lógica e filosofia, era fascinado pelo sentido e não-sentido das coisas. E isso está exposto no livro a todo momento.

Lewis Carrol na verdade nunca existiu, como pessoa. Era um pseudônimo atrás do qual se escondia um religioso da Igreja Anglicana, o reverendo Charles Lutwige Dodgson. Carrol tinha um rosto assimétrico e um ombro mais alto que o outro. Também era gago e surdo de um ouvido.

ALGUMAS CURIOSIDADES

- Alice não era loura de cabelos compridos como as ilustrações geralmente mostram, mas morena e de cabelos curtos.
- Na época era comum encontrar chapeleiros loucos, porque se usava tanino na fabricação de chapéus e essa substância intoxicava e enlouquecia.
- Em Março, no começo da primavera no hemisfério norte, as lebres entram no cio e ficam agitadas, como loucas.
- O ratinho do campo em verdade se traduz por Leirão em português e tem hábitos noturnos, que passa o dia todo dormindo. Carrol o escolheu para personagem porque em inglês se chama Dormouse e dava pra fazer um trocadilho com o latim Dormire. Por isso, Ana Maria Machado (tradutora) inventou Dormudongo.

Eu tenho esse livro desde pequena, mas nunca tinha pegado pra ler pelo fato de já ter assistido ao filme. Resolvi inovar nessa quarentena e fiquei surpresa. O autor a todo momento brinca com o sentido das palavras, como uma criança brinca com a própria sombra e isso me deixou animada. Adorei!
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Ceci Aiko 06/11/2023

Referências que só um inglês da era vitoriana entenderia
Fiquei incomodada com a tradução, porque perdi muitas referências. O principal problema é que não é necessariamente culpa da tradutora (que não é ninguém menos que A ANA MARIA MACHADO), mas por coisas que simplesmente eu não vou entender nem se lesse o texto original em inglês, porque não tenho a bagagem cultural pra isso. Por mais que eu possa ver uma análise detalhada, acho que perde a graça principal do livro.
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