Recusa do não-lugar

Recusa do não-lugar Juliano Garcia Pessanha




Resenhas -


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Caio380 03/06/2023

O lugar cabe dentro de um livro
Em "Recusa do não lugar" somos convidados a uma passeio. Uma viagem pela filosofia e a sua prática. Juliano Garcia Pessanha tentar fazer isso a partir de dados da sua vida real-ficção ou ficção-real. Chega um momento em que o leitor já não sabe dizer o que é realidade e o que foi inventado. De qualquer forma, a filosofia está ali e a vida também. 
É uma escrita leve, gostosa e profunda. Ao terminar o livro vêm aquela sensação de concluir com sucesso uma viagem. Ficando na expectativa de realizar outra. 
O autor faz da filosofia uma arte de vida e uma vida para a arte de filosofar a partir de acontecimentos que a modelam. Ao longo do livro são citados inúmeros filósofos, psicanalistas, escritores e pessoas comuns e anomias que fizeram e fazem parte das esferas que dão sentido a vida e fazem da vida algo com sentido.

site: https://socioabsurdo.medium.com/o-lugar-cabe-dentro-de-um-livro-84ecae0efcb5
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Francisco.Tambani 15/07/2023

?Adentrar o mundo é ter preenchimento, é abandonar a zona oca do recém-nascido para receber a companhia e a visita de hóspedes duradouros. Há preenchimento quando há identificação com o mundo e introjeção do mundo.?
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vagnerrg_ 01/01/2022

“Não-lugar
O poeta sofre de ataque de existência continuado. Ele caminha erguidamente sobre a própria ruína. Ele escuta solidão, mas não há ninguém ao lado. Ele vê o crepúsculo e estremece porque não há ancestrais nem descendentes”.

O livro tem uma potência enorme. Trata de vários temas e eu poderia dizer que é um trágico passeio entre a filosofia, psicanálise e poesia. Juliano Pessanha (JP) trata de temas caros à pesquisa filosófica como o nascimento e a intimidade. O nascimento de si mesmo, não o nascimento do outro; a intimidade de si, não a intimidade compartilhada. Quando nascemos vivenciamos um nascimento para fora, para a exterioridade; contudo, há um momento na vida em que nascemos verdadeiramente e isso ocorre quando nascemos para dentro de si mesmo. É estranho olhar para si e se reconhecer. Você sabe quem você é de fato? Você já passou pelo processo de nascer para dentro?

A princípio pode parecer que ao nascermos para dentro morremos para fora e isso não é uma verdade. O lance é que na esfera da intimidade há um olhar focado para dentro e é aí, nesse contato íntimo que percebemos quem de fato somos. O fora continua existindo, mas de forma diferente, pois passa a existir como limite. É um limite intransponível: a existência. Porque funciona como uma esfera que abarca todas as coisas que existem e, de forma muito intuitiva, concluímos que nada pode existir fora da esfera da existência. Obviedade sempre ignorada.

O passeio conduzido por JP me fez relembra de Nietzsche, me explicou coisas até então incompreendidas em Sloterdijk e Winnicott e me propôs um respiro mais profundo para além de Freud e Lacan. JP me fez lembrar de Parmênides e perceber como as coisas complexas são, na verdade, muito simples. JP me lembrou novamente que na crise há crítica e é na crítica que nos aproximamos novamente do mundo.
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vitóriaalice 11/10/2023

Recusa do não-lugar
A escrita híbrida do autor e a pessoalidade do livro me encantou. Acho o tema interessantíssimo, a teia de referências ótima também; mesmo que eu tenha tido de pesquisar vários dos termos e palavras do autor acredito que ele mostra maestria na forma como explora o assunto, tornando a compreensão mais fácil independente do nível de conhecimento do leitor.
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