O crime do cais do Valongo

O crime do cais do Valongo Eliana Alves Cruz




Resenhas - O crime do Cais do Valongo


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Robson68 16/02/2023

A sutileza na escrita e a crueldade dos atos
Eliana Alves Cruz tem o dom. Mas não é somente o dito dom da escrita, tão bom e de tão bom afago para nós, leitores. O seu dom é também o de trazer a história tão cruel e tão dolorida da escravidão para os seus romances. Com muito cuidado com o contexto histórico, O Crime do Cais do Valongo nada mais é do que o pano de fundo para conhecermos a história de Muana e de toda a crueldade que foi sua retirada da terra de seus ancestrais. Aliado a isso, um contexto histórico de crueldade com os escravizados, e também a narração de vozes pretas livres, como a de Nuno. Tudo muito bem concatenado em um livro de 200 páginas que só nos deixa com vontade de ?quero mais?.
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Cheiro de Livro 20/11/2018

O Crime do Cais do Valongo
Fazia tempos que queria ler algo editado pela Malê, em um país onde brancos dominam a cena cultural uma editora que publica negros é mais que importante é primordial. Quando li sobre “O Crime do Cais do Valongo” corri para a livraria para comprar o meu. O livro de Eliana Alves Cruz é tudo que eu esperava que fosse, ou seja, tem um bom caso, tem ótimos personagens e fala bem mais do que sobre investigações criminais.

O morto em questão é o comerciante Bernardo Lourenço Viana, um homem que fez fortuna na região do Valongo com o contrabando de escravos e uma hospedaria próxima ao cais onde chegavam ao Brasil os negros escravizados na África. Bernardo é um comerciante que queria tornar-se mais respeitável ainda mais com a chegada da família Real ao Brasil. Ele compra uma título de Barão, arruma um noiva de uma família tradicional e tenta ascender socialmente por ter dinheiro. É uma história comum no Rio de Janeiro colônia, uma cidade em formação que da noite para o dia passou a abrigar uma corte e tornou-se capital do império português.

O assassinato de Bernardo é desvendado aos poucos mesclando capítulos contados por Nuno, mestiço devedor do comerciante, e Muana, escrava de Bernardo. Nuno fala sobre o assassinato e o assassinado, ele acompanha as investigações com medo de que descubram que ele devia ao morto. Suas colocações mostram como viviam os que habitavam a região do Valongo, a região do cais e bem longe da corte e das riquezas da capital.

É Muana que transforma o livro e dá outro significado ao título. Muana conta sua trajetória de pessoa livre em uma pequena aldeia no interior de Moçambique até sua chegada ao Brasil como escrava. São nesses capítulos, repletos de fé e magia, que vão pintando um retrato bem mais realista do que acontecia em São Sebastião do Rio de Janeiro naquela momento. A crueldade da captura, a viagem nos tumbeiros e a vida escravizada sob a crueldade de senhores. São os capítulos mais impactantes e mostram quão pouco falamos sobre a vida dos escravos, dos cativos que chegaram forçadamente a essas terras e ajudaram a formar quem somos.

“O Crime do Cais do Valongo” é um grande livro, desses que permanecem com você e se quer que mais amigos leiam.

site: http://cheirodelivro.com/o-crime-do-cais-do-valongo/
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Raquel 06/05/2019

A trama parte do assassinato de um rico comerciante da região do Valongo, no Rio de Janeiro. A narração vai se alternando entre dois personagens, mas quem ganha destaque, definitivamente, é a voz de Muana, uma moçambicana escravizada. Através dela, viajamos a uma África pouco conhecida por nós, ao horror dos navios negreiros e conhecemos as táticas de resistência (coser, cozinhar, escrever) dos escravizados que aqui viveram. É um livro absolutamente necessário, que retoma a nossa ancestralidade. Ah, o assassinato do início? Sim, ele tem uma resolução, porém é apenas um pano de fundo para mostrar o verdadeiro crime do Cais do Valongo. Leiam! Vale a pena!
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Biblioteca Álvaro Guerra 18/02/2020

O crime do cais do valongo, de eliana alves cruz, é um romance histórico-policial que começa em moçambique e vem parar no rio de janeiro, mais exatamente no cais do valongo. O local foi porta de entrada de 500 mil a um milhão de escravizados de 1811 a 1831 e foi alçado a patrimônio da humanidade pela unesco em 2017.

Empreste esse livro na biblioteca pública.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788592736279
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Caser 11/03/2020

Crime histórico
Autora carioca. Eliana Alves Cruz é jornalista e escritora brasileira.

Romance histórico ambientando no Rio de Janeiro do século XIX.

Texto ágil, leitura rápida, por isso agradável de ler. As descrições e os detalhes históricos, como as notícias reais de jornais da época, são o destaque. Trama bem urdida.

Trata-se de uma história que se passa no Rio antigo. O enredo central gira em torno de uma morte misteriosa ocorrida nos arredores do chamado Cais do Valongo.

O pano de fundo é a escravidão no Brasil, este o verdadeiro crime - o "crime do Cais do Valongo" - página triste de nossa História e mácula impagável do passado e do presente do país.

Faz referência ao Cais do Valongo, no bairro da Saúde, Rio de Janeiro, por onde milhões de escravizados africanos chegaram ao país ao longo do século XIX. Menciona-se também o horror do Cemitério dos Pretos Novos, no bairro da Gamboa, descoberto nos anos 90, hoje museu.

Gostaria de ver mais livros do tipo aqui no país; infelizmente, há poucas obras no gênero Romance Histórico.

Recomendo fortemente.
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Ludmila 27/09/2020

Leitura rápida e fluida de um Brasil colonial!
Numa narrativa a partir da visão do oprimido, Eliana Cruz escreve sobre um crime ocorrido nos arredores do Cais do Valongo num Brasil colonial, lugar este por onde chegavam milhares de negros escravizados no RJ.
A narrativa trata não só da triste realidade o qual era submetidos no Brasil mas também o processo de subjugação iniciado na África.

Eliana escreve suspense, escreve ficção, mas escreve História e cria memória!! Memória esta que tanto é apagada pela versão do opressor!

Literatura é política! Condição de ter voz. De criar memória! De nos auxiliar a lutar para não repetirmos os erros do passado.
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edsonlucas 14/01/2021

redescobrindo
desde o início foi muito bom enxergar um outro ângulo do Rio, e do peso histórico que certos lugares têm. uma história cativante e dolorosa que não nos deixa esquecer que cada número é uma vida, uma história e uma luta.
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anacmontijo 05/02/2021

Que leitura gostosa! Romance histórico cheio de reviravoltas, dores e belezas da nossa ancestralidade. Eliana escreve com maestria! Foi incrível me conectar com os lugares onde se passa a história pois já visitei o Cais do Valongo e o IPN, espaço de memória do Cemitério dos Pretos Novos no Rio de Janeiro. Livro essencial para se conhecer mais sobre essa parte tão importante da história brasileira que segue invisibilizada assim como o Valongo seguiu até sua redescoberta a partir das obras do Porto Maravilha.
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Marcia 19/07/2021

O romance se passa no Rio de Janeiro do séc XIX. O cenário é o Cais do Valongo, no bairro da Saúde, por onde milhares de homens, mulheres e crianças africanas chegavam ao Rio para serem escravizados.
O livro é sobre o assassinato de Bernardo Lourenço Viana, conhecido comerciante de escravos. A narração é alternada por duas pessoas: Nuno, o mulato livre e Muana, escrava africana. Temos também muitas surpresas pelo meio do caminho.
Com essa receita temos um livro extremamente interessante de se ler.
@pedacosdeu
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Cristiane Roveda 28/08/2021

Livro fundamental para se conhecer de perto a história (apagada) dos escravizados.
Escrita ágil, direta e objetiva. Sem floreios, Eliana Alves Cruz utiliza dois narradores para contar o verdadeiro crime do cais do Valongo.
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Ana 15/02/2023

3.5****

Tem umas passagens muito bonitas, algumas partes que me deixaram confusas sobre quem estava narrando e algumas cenas que me deixaram reflexiva se poderiam ter acontecido....

Mas também, por que não?
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Vanessa 27/03/2023

Emocionante
O Crime do Cais do Valongo nada mais é do que o pano de fundo para conhecermos a história de Muana e de toda a crueldade que foi sua retirada da terra de seus ancestrais. Aliado a isso, um contexto histórico de crueldade com os escravizados, e também a narração de vozes pretas livres, como a de Nuno. Tudo muito bem concatenado em um livro de 200 páginas que só nos deixa com vontade de ?quero mais?.
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Mandy 19/04/2023

Demorei a concatenar as ideias, não iremos esquecer! Crime?
O Brasil recebeu perto de quatro milhões de escravos, durante os mais de três séculos de duração do regime escravagista. Por ser o porto de desembarque dos africanos em solo americano, o Cais do Valongo representa simbolicamente a escravidão e evoca memórias dolorosas com as quais muitos brasileiros afrodescendentes! Nunca se comerciou tanto preto?
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malu 09/05/2023

Between slaps and kisses
Olha, o enredo desse livro é muito bom, a história é muito bem desenvolvida, mass, algumas coisas fizeram a minha leitura ficar beem arrastada.
Até pelo menos metade do livro fui me arrastando. A escrita não me prendeu de início, fiquei bastante perdida a respeito da história(no início), porém fiquei bem feliz por continuar a leitura (mesmo que forçada).
O final é muito bom e a partir de um ponto começa a ficar mais interessante. Talvez eu não tenha me identificado tanto com a escrita e por isso acabei desanimando um pouco.
Ainda assim, recomendo muito a leitura para todos, principalmente para aqueles que querem entender melhor o Período Escravocrata no Brasil.
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