A Sujeição das Mulheres

A Sujeição das Mulheres John Stuart Mill




Resenhas - A Sujeição das Mulheres


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Cely 19/08/2009

Como diz aquela piada nerd dos historiadores, "não esvazie de historicidade!". isso significa basicamente não apostar em anacronismo, compreender a época e valores que o livro representa. Senti que o pensamento do autor estava muito à frente de seu tempo na questão da igualdade de direitos e oportunidades para homens e mulheres, porém com alguns deslizes básicos do tipo "acredito que as mulheres, mesmo com acesso ao mercado de trabalho, não abririam mão dos serviços domésticos para os quais estão aptas". O livro ainda inspira um pouco aquela noção de que homens e mulheres já são naturalmente inclinados a um certo comportamento, desconsiderando a construção social. Mas, mesmo com essas observações, é uma obra interessante.
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Léo 25/05/2020

Pequena resenha
John Stuart Mill, célebre filósofo da corrente utilitarista, escreve, em 1869, esta obra: a sujeição das mulheres. A primeira pergunta a ser feita acerca desta obra é: até que ponto um homem consegue falar da sujeição das mulheres, tendo em vista que ele não é vítima desta opressão? Pelo menos, foi o meu primeiro questionamento ao ter o livro em mãos. Será mesmo que o Mill traduz o sentimento de opressão vivido pelas mulheres nesta obra? Eu, como homem, não consigo responder esta pergunta. Enquanto leitor em busca de entender a filosofia, a ética e a lógica na escrita no Mill, compreendo que este não tenta, em absoluto, trazer o sentimento de opressão sofrido pelas mulheres e isso fica mais evidente na defesa do filósofo contra o sistema de opressão, pois este entende que a sujeição de um gênero a outro é um empecilho para o desenvolvimento social. Ou seja, a crítica do Mill está pautada na noção de liberdade tendo em vista apenas o desenvolvimento social e como este desenvolvimento torna-se eficiente a partir da igualdade dos gêneros de serem livres.
Tendo isto em vista, o Mill argumenta que nenhuma situação de opressão é natural e nem deve ser perpetuada, afinal ele deseja "a maior felicidade para o maior número de pessoas possível".
No mais, vale dizer que a obra tem uma progressão lógica que vai tornar as ideias do filósofo mais evidentes.

Temas abordados: casamento, natureza humana, sufrágio, liberdade comercial, liberdade individual, família, entre outros.

P.S- Pode-se dizer que, mesmo com uma visão mais a frente do seu tempo, o Mill ainda assim argumenta alguns pontos que deixam uma pulga atrás da orelha. Mas não esqueçamos que ainda é um pensador do século XIX.
lella 14/08/2020minha estante
MARAVILHOSOOOOO???




Nara 06/10/2019

Vale a pena ler.
Não sei se foi a Tradução ou se a linguagem foi fiel a linguagem da época, mas subestimei a leitura. Achei que seria em 5 dias, mas levei muito mais do que isso pra concluir a leitura. Tive que reler vários paragrafos para entender a visão do autor sobre algumaa questões.

Ele aborda como a mulher por ser mulher acaba tendo restrito quais atividades são de direitos a ela participar. Compara o casamento e sua função de esposa à um escravo, com exceção de que há liberdades consentidas. No entanto, compara o casamento a uma espécie de cativeiro, onde algumas mulheres estão a mercê da crueldade ou da bondade de seus maridos.

Mas nem sempre o autor tem análises favoraveis com relação a situação da mulher na sociedade. Há um trecho em que ele insinua que as Mulheres aceitam sua condição de inferiodade. Não seria feito de uma condição social? Apesar do livro está a frente e o autor se mostrar em prol das mulheres pois segundo ele seria impossível a sociedade evoluir se um indivíduo se achar no poder e direito sobre outro.

É uma leitura que vale a pena e em alguns pontos assusta pois parece que ainda estamos em 1869, ano da publicação do livro.
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