Rony 01/02/2016
Para além de tudo
Giddens elabora uma teoria social e uma abordagem epistemológica que desfavorece extremismos. A sua tese que estrutura social e agência humana são mutuamente geradas lança um caminho do meio nas batalhas entre funcionalismo e interpretativismo. Logicamente, os dois extremos terão armas suficientes para gerar críticas ferrenhas a esse pensamento, mas há de convir que, pela forma como é apresentado, ele parece ser bastante sustentável. A estratificação da consciência em discursiva, prática e cognoscitiva e seus paralelos com a psiquê humana evidencia as nuances para além do objetivo e subjetivo. Também são cruciais as relações que o ser social estabelece com o tempo e o espaço no qual está inserido, sendo esse um aspecto básico para explicar (um pouco zen) que ninguém é livre e ninguém é preso ao mesmo tempo... e agora!