Os filhos do imperador

Os filhos do imperador Claire Messud




Resenhas - Os Filhos do Imperador


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Lista de Livros 22/12/2013

Lista de Livros: Os filhos do imperador, de Claire Messud
“David era como um namorado imaginário em carne e osso: legal em todas as formas óbvias, mas também de uma safadeza sutil.”
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“No entanto, Marina sentiu que havia um estranho silêncio ao redor das palavras de Danielle, uma mudez na frase; então ela concluiu que Danielle dizia que estava feliz apenas porque parecia o certo a se dizer, porque não dizer seria odioso. Marina não tinha certeza se havia mérito em apenas dizer: talvez o fingimento às vezes seja o melhor que você pode esperar.”
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Arsenio Meira 05/02/2013

O mais interessante no livro dá-se quando o enredo se fixa nos atentados do 11 de setembro de 2001. As consequências sobre os personagens e, os impactos distintos que o atentado deixou como legado na vida dos protagonistas salvou Messud de um fracasso total, na minha opinião.

Marina, Julius e Danielle se vêem mais próximos dos outros nova-iorquinos. A dolorosa e óbvia conclusão: depois da queda das torres do World Trade Center não são apenas eles que se vêem perdidos em meio aos seus próprios dramas. É uma demonstração de como não só a paisagem da cidade mudou, mas os planos e objetivos de todos foram alterados pelo atentado.

Entretanto, dentre outros aspectos negativos, o final do romance quase me levou a sapecar um qualificação negativa. Tudo termina praticamente da mesma forma como começou, com caminhos incertos e falta de direção. Claire Messud preconiza durante a narrativa, que as pessoas devem ser pegas de surpresa. E foi isso o que Messud fez: o final até chega de surpresa, mas incompleto, o que não causa surpresa e sim uma dose a mais de frustração.

Poderia ser um grande livro, mas não foi. Apenas regular, na minha opinião.
Daniel 08/02/2013minha estante
Eu li este livro há alguns anos, mas é como se não tivesse lido, pois não lembro quase nada do que se trata. Lembro só que gostei mais ou menos. Definitivamente não é um livro marcante.


Arsenio Meira 08/02/2013minha estante
Ontem fui tentar dar uma organizada nos meus livros e deparei-me com este, também lido faz algum tempo. Lembrei da decepção que senti ao término da leitura, e resolvi arrastá-lo aqui para o Skoob.

A (bacana) ideia do livro ficou truncada, trancafiada em meio à irregularidade da Messud. Pensei em Donna Tartt, e especulei que, com esse caldo e esse tema, ela escreveria um romance digno de 5 estrelas.




Ghuyer 01/07/2011

Claire Messud, Os Filhos do Imperador, e Eu
Com tantas resenhas negativas para esse livro, me vi compelido a escrever uma positiva. Não gosto da ideia de curiosos com a obra ficarem desinteressados depois de lerem tantos comentários falando mal da mesma. Vou contrapor e defender Os Filhos do Imperador.

Primeiro, serei chato, e vou desmerecer a maioria das críticas voltadas ao livro. Quase todas as “resenhas” aqui são comentários curtos e grossos (alguns em caps lock), xingando principalmente a narração, e provavelmente escritos por impulso, logo no momento de seus autores terem finalizado a leitura. Vão me desculpar, mas uma resenha, ainda que não deva ser tão fundamentada quanto uma crítica, certamente é um texto com o mínimo de razoabilidade, e não algo que possa ser cuspido da boca para fora, como se fosse apenas uma frase em uma conversa de bar.

Depois, só li o livro bastante tempo após tê-lo comprado. É basicamente instintivo comigo, eu não penso nisso, mas gosto de dar essa ideia para as pessoas. Sempre que vocês comprarem um livro, esperem um tempo até começarem a ler. É bom porque tira a expectativa de “bah, comprei um livro que parece super legal, gostei muito da sinopse, mal posso esperar para começar a ler!”. Pensar isso é praticamente destruir boa parte das surpresas que o livro aguarda. Evitem fazer isso, sério mesmo.

Enfim, comprei o livro, deixei ele “de molho”, e só o peguei de novo anos depois. Nem li a sinopse – eu comprei ele pela capa, sim, e faço isso constantemente. Comecei a ler, e muito rapidamente fiquei encantado justamente com aquilo que mais desagradou a maioria dos comentadores abaixo: a narração. O modo que Claire Messud encontrou de costurar os sentimentos e os pensamentos de seus personagens, sem soar expositiva demais, é maravilhoso. Ela evita ao máximo começar a descrever o estado de espírito dos personagens com frases do tipo “Então fulana pensou blablabla”. Não. Ela criou uma estrutura de linguagem muito mais interessante que isso. Ela narra cada capítulo referente a cada personagem como se fosse o próprio personagem que estivesse narrando. Só que é simplesmente narração em primeira pessoa (recurso já batido, embora ainda interessante). Messud narra, como narradora onisciente, na mesma linha de pensamento que seus personagens. Fica transitando sutilmente entre um ponto de vista e outro, inteirando o leitor do que passa pela cabeça daqueles personagens, mas sem jamais soar óbvia demais. Provavelmente devido à sutileza com que esse recurso de estilo foi empregado, muitos não se deram conta dele, não compreendendo e muito menos aproveitando a sofisticada narração do livro.

Ou seja, o que cansou e aborreceu alguns na leitura, foi o que mais me animou a continuar lendo. Embora, sim, haja excessos quanto à descrição dos ambientes. Mas não é algo que encaro como necessariamente negativo no processo de leitura. Pelo menos eu ainda me lembro bem de todos os cômodos habitados por Danielle, Marina, Frederick, Murray, e Julius. É não é fácil lembrar da construção imaginária de qualquer espaço fictício. Foram as extensas descrições de Messud que marcaram esses locais na minha cabeça.

E por falar nos personagens, é preciso dizer que raramente encontrei uma galeria de personalidades tão bem construídas e críveis. Todos os personagens são interessantes, e plausíveis. Qualquer um deles você poderia encontrar andando pela rua. E particularmente adorei o fato de não haver um protagonista definido. A narrativa se alterna entre os cinco personagens centrais, mas não se foca demasiadamente em nenhum deles. Aí realmente entra o problema, já citado por uns, de a parte que narra a vida de Julius ser a mais desinteressante. É a mais curta, e a menos desenvolvida em profundidade. São os trechos que menos se destacam durante a leitura, os únicos que eu realmente achei dispensáveis. Julius é um personagem importante, ele é o elo entre Danielle e Marina, mas sua vida poderia ter sido melhor explorada. Spoiler: O modo como seu relacionamento acaba, então, é terrivelmente forçado.

O final da leitura pode parecer súbito e insatisfatório, porém eu o enxergo de outra maneira. Aparentemente a narrativa termina como ela começa: do nada. Entramos na vida dos personagens em determinado momento, e os acompanhamos até outro. Ponto. Na superfície, pode até ser que sim, e o livro funcionaria muito bem dessa maneira (como eu creio que funciona para quem o lê dessa maneira, sem se aprofundar na interpretação da leitura) – e nessa linha a opção de a história citar o 11 de setembro me parece gratuita. No entanto, acredito que a narrativa começa, sim, do nada, mas acaba em outra ponta, totalmente diferente. O ideal seria que o 11 de setembro nem fosse mencionado na sinopse, e que o leitor fosse surpreendido com aquele final drástico. Como essa informação já foi totalmente banalizada pela editora e por todos aqueles que leram o livro, não me censurei. Agora estou defendendo o livro, em prol da editora que não soube vender o material (apesar da belíssima capa). Acredito que a leitura seria drasticamente diferente caso a citação do 11 de setembro não estivesse na contracapa do livro. Independente disso, o que realmente importa é que, depois todas as mudanças que ocorreram aos personagens durante esse ano de narrativa, eles nunca mais seria os mesmos. O 11 de setembro é meramente simbólico nesse sentido. É uma metáfora para simbolizar a brutal mudança que mesmo os atos mais sutis podem impulsionar na vida de alguém.

A interação entre aqueles personagens fez com que cada um deles mudasse internamente, afetando todas a sua volta, consequentemente.

Os Filhos do Imperador é um drama sobre pessoas. Sobre seus problemas, suas dúvidas, seus erros, seus acertos... É uma história sobre o ser humano contemporâneo – especificamente o norte-americano, mas sem se ater a esse, possibilitando a identificação de qualquer leitor. Acredito que cada um daqueles personagens principais vá despertar alguma sensação em quem leia o livro: pena, repulsa, inveja, solidariedade, respeito, admiração... Não apenas uma dessas palavras, mas várias, simultaneamente, umas se sobrepondo às outras, invariavelmente. Tudo para resultar em uma só que resume todas as outras: identificação.
Demas 18/06/2012minha estante
Ghuyer, assino embaixo. Também fiquei encantado com a narrativa envolvente e dinâmica, com seus personagens humanamente bem construídos. Chegou um momento que não consegui desgrudar da leitura. E quanto mais eu lia, menos entendia a cotação tão baixa que o livro obtivera aqui no Skoob. Acho que muita gente 'desgosta' das histórias que terminam abertas, sem punições e lições de moral, como se a vida não fosse assim.


vitor 26/12/2012minha estante
Concordo completamente. Depois de terminar o livro, o considerei uma das narrativas mais bem elaboradas que já li e não entendi a nota recebida pelos leitores daqui. O modo como a autora desenvolveu os personagens, você consegue odiar ou amar cada personagem e explicar exatamente o porque.


Carolina 01/05/2013minha estante
Tenho o livro há quase um ano e, igual a você, o comprei pela capa. Ainda não o li, costumava deixar em algum lugar visível da casa pra se algum dia estivesse entediada e quisesse alguma distração, mas com esse bombardeio de comentários ruins sobre a história, ele acabou indo pra alguma gaveta. Sua resenha é a primeira que leio que contradiz a opinião comum, e me fez acender o interesse por ele novamente. Veremos.




Nessa Gagliardi 09/08/2009

Que livro horroroso! Se tivesse um prêmio de decepção da década, certamente minha indicação iria para ele. Nada se salva!
Isso é para eu aprender a não comprar mais livros pela capa...
Demas 18/06/2012minha estante
Já eu gostei pra caramba e recomendo a leitura de "Os filhos do Imperador". Narrativa envolvente, personagens bem construídos. Fiquei totalmente preso à leitura.




LENINHA 12/11/2010

NÃO VALE A PENA
TOTALMENTE SEM NEXO. A AUTORA PERDE MAIS TEMPO RELATANDO OS OLHOS VIOLETAS E A BELEZA DE UM DOS PERSONAGENS, DO QUE COM A HISTORIA EM SI. TENTA ADAPTAR UM TRECHO DO 11 DE SETEMBRO NOS EUA, MAS MESMO ASSIM PARECE PERDIDA EM SUA HISTORIA. SIMPLESMENTE NÃO VALE A PENA
bruna 29/11/2010minha estante
Realmente a parte do 11 de setembro não me pareceu tão acalorada quanto imaginei. E os personagens são chatíssimos.


Gaúcho 06/05/2012minha estante
péssimo, o 11 de Setembro é abordado muito superficialmente mesmo. E os personagens são ou chatos, ou muito chatos




opssvanesa 21/10/2014

Conquistada por Claire Messud
Com tantas resenhas negativas e de certo modo, grosseiras, vim defender Os Filhos do Imperador e a Claire Messud.
De certa forma foi um livro totalmente diferente de todos que já li, e de cara foi parar na minha lista de livros favoritos que comprei esse ano.
A história se passa em Nova Iorque em 2001, meses antes do ataque de 11 de setembro. Cada capítulo mostra a visão de 4 jovens, Marina, Danielle, Julius e Frederick. Os três primeiros são amigos, na faixa de 30 anos e buscam atingir um sucesso e "não ser comum". O caso de Frederick é parecido também; quer atingir o sucesso. A diferença dele é o fato dele buscar ética, a verdade e não suportar farsas e coisas superficiais. Em cada capitulo desdobra os conflitos de cada personagem.
O motivo de grande parte das críticas negativas do livro começa pelo fato do livro não ser narrado em primeira pessoa, e sim, em terceira pessoa, um narrador onisciente. Nesse estilo, a autora faz uma riqueza de detalhes de cada cena, atitude, pensamento e sentimento de cada personagem. O leitor pode sentir na pele o que o personagem está passando. O que para muitos foi um ponto negativo, para mim foi um dos pontos positivos.
O desenrolar de cada capítulo sempre surpreendente e jamais deixando a desejar. Coisas que nunca passaria nas nossas cabeças que poderia acontecer, a fantástica Claire Messud nos choca com os fatos. Me peguei várias vezes preocupada e arrasada com o futuro de alguns personagens e questionando atitudes. Novamente, ao contrário de alguns, amei e achei surpreendente o final do livro.
A forma como a autora abordou o pós 11 de setembro, de uma forma que jamais imaginaríamos e ao mesmo tempo muito real. Essa forma tão realista dos personagens e conflitos que me conquistou totalmente.
Indicaria esse livro a uma pessoa apreciadora de boas histórias, um bom leitor e que não fica preso a padrões de certos livros.
Isadora 06/08/2017minha estante
Gostei da sua crítica, foi construtiva.
Tenho esse livro e pretendo lê-lo em breve. Fico feliz por, no meio de tantas críticas negativas, ter encontrado a sua. Obrigada e digo que, por sua causa, começarei a leitura mais brevemente do que pensei.


krambola 06/06/2018minha estante
poxa, eu até suuper indecisa com qual livro pegar pra ler primeiro e eis que venho na minha prateleira dos ?quero ler? pra qual livro me chamaria mais atenção, e o seu comentário me deixou com muita vontade de ler esse! é esse mesmo, que ta na prateleira há anos! vou começar agora. obrigada pelo salvo comentário ?




Ju Furtado 19/04/2010

Uma incógnita
Terminei o livro minutos atrás. Talvez por isto sinta certa dificuldade para escrever minhas impressões sobre ele.

Inicialmente, as críticas: a primeira delas é ao excesso de detalhes dispensáveis. Descrições de lugares "fora de lugar" e uma avalanche de pensamentos dos personagens entre parênteses tornaram a leitura por vezes cansativa e complexa. Em vários momentos tive que voltar ao texto antes do início de algum parêntese para entender a que o restante se referia.

A outra crítica fica por conta da revisão ortográfica/gramatical, apresentada pelo menos na versão que li. Erros crassos de português, de grafia (em alguns momentos a personagem Danielle aparece como Daniella), de concordância. Algo que empobrece a tradução, dificulta a assimilação e é, no mínimo, um desrespeito à versão original.

Quanto à história em si é que é difícil escrever. Numa visão geral, apreciei bastante. Sempre gostei de pessoas, e este foi o assunto central que percebi no livro. As personagens, embora descritas de maneiras picotadas, são fantasticamente bem construídas. Até agora não sei se acredito na versão de "Murray Thwaite" por ele mesmo, ou na apresentada por Frederick Tubb e Seeley. Quantos "Murray" não existem por aí, nas duas formas apresentadas?

Definitivamente, conheço vários Ludovic Seeley! Pessoas críticas, egocêntricas e rasas, com a profundidade de um pires vazio e uma eterna ambição em se tornar "cada vez maior" que deturpa qualquer intenção de existência de caráter.

Marina... quantas Marinas não existem também... seres excessivamente protegidos pelos pais e que não se rebelaram contra este protecionismo, e perderam a visão de futuro que o convívio (e até a reclusão interior) proporcionam. Crianças grandes. Existem várias espalhadas mundo afora.

Julius... este é quase da família. Não pela orientação sexual, este foi o "detalhe" que percebi na personalidade dele. A confusão, a enorme confusão por trás de suas bebedeiras, transas impensadas e carreiras de cocaína aos meus olhos foram muito mais visíveis. A fragilidade do ser humano que não encontrou seu lugar no mundo, que corre contra um tempo que passa sem saber em direção a que. Um personagem perdido em suas dúvidas, paixões e desejos. Tão próximo aos olhos de qualquer pessoa.

David entrou no time de "Ludo" aos meus olhos: egocentrismo e ausência de profundidade. Acrescente-se a estas características a homossexualidade (nele muito mais "característica" que em Julius) e a mania de grandeza, que chegamos à versão um pouco mais masculina de Marina: uma criança grande, mimada e com mania de grandeza. Possessiva, inconstante. E, pra ser bem sincera, um chato de galocha!

As duas personagens que mais me tocaram foram Danielle e Anabel. Danielle pelo conjunto da obra. O fato de ser melhor sucedida em sua profissão, não fez dela uma personagem mais constante que os demais (embora eu ache que o rumo que a autora deu a ela deturpa a intenção demonstrada na sinopse), muito pelo contrário, talvez seja a mais complexa. Ela é uma mulher recém descoberta, que vive sua liberdade e sua prisão no mesmo lugar: sua casa. É lá que mantém um caso com um homem casado (o que fica evidente no livro que é um atentado a seus princípios) e que martiriza-se, tanto por este motivo quanto por perdê-lo. O "cantinho" de Danielle pareceu-me um pedaço de cada mulher neste imenso mundo.

Anabel talvez seja o equilíbrio de toda a obra. É a conexão indireta entre os personagens. É ela quem confere um pouco de maturidade à Marina, atenção à Bootie, e, mesmo sem perceber, permite a aproximação de Murray e Danielle. Passa o livro inteiro à sombra destas personagens (as descrições íntimas sobre ela não existem) e na verdade, é a luz de todas elas. Uma mulher forte, sem sombra de dúvida. E muito possivelmente anulada intimamente para desempenhar papéis mais "nobres".

A única personagem que considero desnecessária é Frederick Tubb. Embora sua construção seja intrigante e deliciosa, extremamente verdadeira, e seja quase um desenho físico da solidão, do vazio existencial e da falta de razões para se viver no mundo contemporâneo, não o vi devidamente explorado pela autora. Ele tinha atributos para provocar estragos maiores que revelações que não deram em nada. Até seu "desaparecimento" soa estranho frente a seus objetivos iniciais.

Enfim, acredito que a intenção da autora era escrever uma grande obra. Talvez se condensasse suas intenções, o resultado seria mais digerível, e até melhor assimilado (pelas críticas anteriores vejo que muitos não gostaram do livro). Mas escrever sobre pessoas exige uma limitação do universo, nem que seja de personagens. Se o livro fosse lançado em fragmentos, contando a história de cada personagem, finalizando uma "série" (tão na moda atualmente) tecendo todas as conexões, acredito honestamente que seria muito apreciado. Cada personagem deste livro dá um livro inteiro. Tem conteúdo e história para contar suficientes para tanto. E ficaram limitadas, possivelmente, à pressão editorial pelo número de páginas.

Por fim, ainda teve a belíssima descrição dos atentados de 11 de setembro, que ficaram relegados a um segundo plano que foi tecido como mote na sinopse. Não há no livro uma continuidade de ações que faça o "fechamento" da obra. E esta, a menos que eu sofra de desvio de interpretação, era a intenção principal da autora: mostrar o crescimento de jovens na casa dos 30 anos, inseguros como todos são em vários aspectos, frente à rudeza e crueldade do mundo real. Os atentados de 11 de setembro de 2001 mudaram o mundo inteiro e no livro proporcionaram somente um funeral de mentira, uma fictícia união familiar (tanto no lar dos Thwaite quando no lar de Danielle) e o sumiço de Seeley (bastante contraditório, por sinal, numa época em que os vôos tanto internos quanto externos foram praticamente proibidos nos EUA) e Bootie (outra ação que fere a trajetória do personagem inteira).

Assim, acredito no livro e na intenção da autora. A leitura foi agradabilíssima em alguns momentos e dificílima em outros. Mas não posso dizer que o livro não tenha me tocado. Tocou, e tocou fundo, pois escrever sobre pessoas, e de maneira tão magistral, é algo que sempre me encanta. Mas qualquer um que comprar o livro pela capa ou pela sinopse se decepcionará. A menos que, como eu, consiga enxergar outro livro dentro do livro, ou se ver em fragmentos de cada personagem. E concordo com a crítica demonstrada anteriormente sobre o excesso de publicidade de Murray: isso tornou a história muito cansativa.
Demas 18/06/2012minha estante
Ju, discordo quanto à sua opinião sobre o personagem Frederick Tubb. Acho que ele é fundamental para reforçar a hipocrisia e o vazio das vidas dos demais personagens. Se sua revelação não tem um desfecho - digamos assim - mais público, nem por isso ela soa menos impactante, uma vez que é mostrada a um grupo de pessoas e mexe muito com o alvo principal (coisa que nenhum outro personagem tem coragem de fazer). E pra quem não tinha vínculos afetivos fortes, achei o sumiço dele totalmente crível e justificável.


Ju Furtado 19/06/2012minha estante
Ademar, não tinha pensado por este lado... E pensando desta maneira, realmente vejo que você tem razão, até deu vontade de ler o livro novamente!!!




Breno F 03/12/2013

A história é bem legal, porém a autora peca no quesito longevidade. O livro poderia, por bem, ser escrito na metade do que fora, pois percebe-se que de início, ele não apresenta um foco, visto que no final, a autora transmite tudo que deveria de forma apresada contrariando o ritmo ao qual somos submetidos quando o iniciamos.
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Nathaly123 07/01/2024

Decepção
A vida conta a história de 3 amigos em Nova York e também conta como a vida do primo de um deles se desenvolveu em NY. Prende a atenção pela identificação de estar chegando aos 30 anos e tendo incertezas na vida, preocupações do futuro, coisas que achamos que iriam dar certo, mas deram errados, narra preocupação com a transição de jovem para verdadeiramente adulto.

Esse livro estava há muito tempo guardado no meu armário e sempre enrolei para começar pois achava meio chato. Então, eu decidi dar uma chance e nos primeiros dias de leitura eu fiquei bastante empolgada e bastante feliz, eu senti que estava lendo o livro da minha vida (talvez um pouco exagerado, mas achei que seria aquele livro que a gente pega um apego).

No início é um pouco embolado para entender. Eu me permiti ficar perdida e aí ao longo da leitura eu conseguia entender e compreender tudo. Eu super estava empolgada com a leitura, o enredo me pegou, eu me sentia curiosa para saber o que ocorreria na vida dos 3, eu amei todos os 3 amigos, eu conseguia me ver neles, sempre com muitos detalhes eu me sentia parte da amizade deles. Quando chegou ali na página 300 (por aí) eu percebi que a festa tornou-se um funeral. A leitura estava cansativa, chata, eu lia coisas que eu não poderia me importar menos, histórias chatas, acontecimentos desinteressantes. Eu amava os 3 e acabei odiando todos e torcendo contra os três.

Apesar disso, algumas frases soltas com certeza ficarão guardadas comigo. A forma relatada sobre a depressão, sobre 11 de setembro foi lindíssima, super tocante. Mas, foram coisas soltas, que não desenvolveram muito.

O final super mega decepcionante. Terminou sem muitas explicações, sem final feliz, sem final triste, sem conclusão, sem saber como tudo ficou. Terminou do mesmo jeito que um dia acaba e como se no dia seguinte teria continuação de um novo dia, mas no livro, obviamente, não teve o outro dia.
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bruna 29/11/2010

Não teve graça, pois no meio do livro já deduzi tudo o que ia acontecer. Sem contar que é cansativo também. A narrativa é pesada, não faz meu estilo.
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LENA 01/01/2011

NARRATIVA LENTA E CANSATIVA.
UM LIVRO QUE NÃO CONSEGUE NOS PRENDER .
LENA 01/01/2011minha estante
LENTO , CANSATIVO NAO VALE A PENA!


Demas 18/06/2012minha estante
Comigo se deu exatamente o contrário: achei a narrativa envolvente, com personagens intrigantes e fiquei totalmente preso à leitura. E olha que comecei a ler com certo receio devido às cotações baixas aqui no Skoob. Mas me surpreendeu.




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Gabriela 23/01/2013

Talvez minha expectativa tenha sido alta demais, mas não é um livro mal escrito ou uma história ruim, mas não prendeu minha atenção nem pelo enredo nem pelo modo que o autor escreve.
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Raquel 29/02/2016

Chato
Muita enrolação, estória não flui, personagens fracos.
Foi com muito esforço que terminei de ler.

NÃO leiam!
Lorena.Gouveia 08/04/2016minha estante
Comecei a ler o livro hj, li o primeiro capítulo todo e ñ entendi nada, tive que ir na internet pra ver se acho alguma coisa explicando o livro até o epílogo é meio confuso, nao encontrei nenhuma resenha do livro. Tem tantos comentários falando mau do livro que fico até desmotivada.


Adri 10/06/2021minha estante
Tbm estou tendo está impressão...porém vou ler até finalizar, mas Jay percebo que deixa a desejar.




Juh 21/05/2013

Leia este livro (mas se você tiver paciência)
Bem, minha opinião sobre o livro é que você deve ler, mas se tiver paciência, pq até o meio tem bem cara de novela.
Ainda sim, o livro é ótimo, a história em si é ótima, e se você gosta de manipular opiniões a seu favor, o livro de ensina a ser "Napoleão" com Ludovic.

A história em si, não passa de casos cotidianos dos três amigos (Danielle, Marina e Julius), que no auge dos 30 anos, buscam, cada um a sua forma, fazer coisas importantes para terem seus nomes lembrados.
Bootie (Frederick) entra na história meio que como um gato pingado, mas no fim das contas, ele se torna um marco.

Casos amorosos, Marina que nunca compreende ninguém realmente, e um grande marco histórico, fazem você ansiar pelo final e descobrir que "Caramba, não acredito nisso!".

Conselho: Leia, mas pare entre um capítulo ou outro. Leia enquanto estiver no facebook e pare entre um meio de capítulo ou outro para responder os amigos. Até o meio a leitura é extremamente chata e pode fazer você pensar em deixar pra lá facilmente. Mas depois que os "casos" vão se arranjando, você começa a ficar curioso em saber o que acontece a partir de agora e assim ganha ânimo pra continuar (é bem uma novela mesmo).

Boa leitura, e espero que gostem assim como eu gostei.
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