Humano, Demasiado Humano

Humano, Demasiado Humano Friedrich Nietzsche




Resenhas - Humano, Demasiado Humano


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JurúMontalvao 01/11/2021

Lendo Nietzsche pela primeira vez...
Esse livro me encontrou e essas são algumas das reflexões que tive. Só opiniões, até pq saco nada de filosofia:

São 638 aforismos do filósofo alemão Friedrich Wilhelm Nietzsche.

No dicionário, aforismo é tipo um provérbio, um ditado, um texto curtinho. Já Nietzsche diz, em trechos da obra, que ali são suas "investigações".
Parece que ele passou a escrever assim quando a saúde piorou. Era como podia registrar suas percepções em qualquer hora ou lugar.

Foi essa impressão que tive: de estar lendo seu pensamento nú e cru. Eu gosto de livros que me dão essa sensação, mas não foi leitura fácil, foi bem desafiadora, principalmente em alguns textos sobre cristianismo, escravidão, mulher...

Nietzsche escreve com profundidade, ironia, agressividade, às vezes poesia.
Nessa primeira leitura, favoritei os aforismos 101, 107, 208, 292, 376, 447, 475, 483, 570 e 638.

Em relação ao passado, seu pensamento me pareceu saudosista, pois ele elogia muito a Grécia antiga.
Já o presente recebe críticas bem ácidas. Isso em 1878, época do livro, mas é de cair o c* da b*nda o quanto alguns textos continuam atuais e parecem escritos hoje.
Sobre o futuro, seu olhar me pareceu de expectativa, meio esperançoso de que a humanidade enfim chegue a parir espíritos livres. Mas esse futuro não é o agora, é milhares de anos pra frente!

Curiosidades:
?Li que essa obra declara o rompimento com a influência do filósofo Schopenhauer e a amizade do músico Wagner, dois outros alemães que contribuíram na trilha da humanidade.
É bem nítida a questão com Schopenhauer porque Nietzsche não perde oportunidade de descer o cacete nele nesse livro.
Quanto a Wagner é mais discreto. Parece que eram "parças", best friends mesmo e o rompimento foi amargo.

?Esse livro flopou quando foi publicado. No posfácio dessa edição que li, o tradutor explica que os Wagner, a maioria dos amigos e o público leitor teve reação negativa. À época, só 120 exemplares foram vendidos, de uma tiragem de mil.
Talvez já prevendo isso foi que Nietzsche escreveu o epílogo " Entre Amigos". Um poema que achei muito bonito e que convida à conversa e à tolerância.

?Li também por aí que, pouco antes de sua saúde deteriorar de vez, ao ver um cavalo sendo chicoteado, Nietzsche abraçou o animal pra impedir a violência. Não pude evitar conectar essa história (que não sei se é verdadeira) com o aforismo 101 (Não julgueis), um dos que favoritei:

"(...) Saber que o outro sofre é algo que se aprende, e que nunca pode ser aprendido inteiramente."

Sei lá... Talvez parte desse aprendizado só se alcance depois que se cruza - um pouco que seja - o campo que a humanidade chama de loucura.
Duda 01/11/2021minha estante
Moça que resenha perfeita! Me deu uma tremenda vontade de ler


JurúMontalvao 01/11/2021minha estante
Duda, eu gostei mt da leitura, mas n achei fácil


Duda 01/11/2021minha estante
Eu imagino! Fico encantada com os quotes de livros dele mas não me sinto preparada psicologicamente hahahaha


Joao 01/11/2021minha estante
Resenha maravilhosa Juliana!! E que bom que sua primeira experiência com Nietzsche tenha sido tão bacana. Foi um dos autores que mais me marcou lá pelos meus 20 anos (já faz tempo heheh)


JurúMontalvao 01/11/2021minha estante
vlw, João! esse primeiro contato foi positivo até pq n conhecia nada dele, mas olha...nem vou te contar qnts vezes mandei ele se f**** durante a leitura kkk deixa quieto ?


Joao 01/11/2021minha estante
Kkkkkkkkkkkkkkkk. Normal, normal hahahahhaha


Cristiano 23/11/2022minha estante
Obrigado, por essa resenha! Foi ótima! Já incluí o livro nas minhas leituras do ano que vem.




Felipe 16/04/2013

Cortem tudo o que houver em demasia e terás em mãos uma bela leitura.
Considero este o melhor livro do polêmico e instigante filósofo Nietzche. Embora discorde de sua proposta "demasiado humana", por considerá-la desumana, propondo o afastamento da vida social e um vir-a-ser narcisista e anti-ético, não se pode negar que provoca alguns afetos relevantes naquele que se encoraja a lê-lo.

Para além do texto escrito de maneira belíssima, a própria exacerbação da vontade, se interpretado como reconhecimento da relevância do auto-conhecimento; a valorização da postura crítica, para além dos dogmas e crenças que procuram exaurir as possibilidades de interpretação da realidade orientada por reflexões autênticas e, portanto, originais; assim como a defesa por um vir-a-ser que articule seus desejos físicos ao seu projeto de existência, evitando o ascetismo e o hedonismo; sinalizam-na como obra de leitura obrigatória para os interessados em filosofia existêncial.
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raissa 23/01/2021

Na minha opinião Nietzsche nesta obra quer nos mostrar o que é um ?espírito livre?, ele também quer nos mostrar que temos que aproveitar a vida ao máximo porém com suas condições.

Enfim, e uma leitura profunda e que te faz refletir bastante. Neste livro o autor revela uma ruptura com seu próprio passado, perdendo várias crenças. E uma leitura super prazerosa, e as vezes o formato do livro chega a ser entediante mas vale super a pena.
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Andressa 16/06/2020

As melhores ideias filosóficas estão presentes neste livro
É um livro mais ou menos abstrato, algumas frases dele precisam ser bem interpretadas para se compreender bem, mas vale apena o esforço. O modo que Nietzsche expressa alguns conceitos da vida nesse livro é muito interessante, um deles, o qual achei incrível, é o fato de não existir altruísmo de fato(não vou dar spoilers do porquê). Outra parte bem legal é a forma como ele interpreta as religiões, de modo bem cético e recional, assim posso dizer. Em síntese, é um bom livro com ideologias bastante intrigantes.
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Flavia Sena 13/08/2020

Provavelmente essa não é a leitura ideal pra iniciar, mas eu não sou tão apegada à ideia de "entender tudo" mesmo. Acho legal esse formato em aforismas porque fica menos cansativo, dá pra ir dosando bem. Claro que pode acabar deixando as coisas com sensação de mal explicadas/superficiais, mas acredito que servem bem como "cutucões". Nem sei se entendi o que ele pensa sobre mulheres no capítulo dedicado a isso, mas a sensação que ficou foi meio de "não são lá essas coisas, mas deviam ter chance de estudar pra ser". Fora certos momentos de presunção do rapaz, vários apontamentos realmente me instigaram a conhecer outras obras dele e pensar em alguns temas sob outras perspectivas.
@bibliotecagrimoria 19/08/2020minha estante
Hahahaha. Esse cara...


Flavia Sena 19/08/2020minha estante
? kkkkkkk




Paulo Silas 07/03/2016

Mais uma grande obra de Nietzsche na qual o filósofo tece considerações sobre diversas questões que ganharam pontuais reflexões.

Sendo um dos primeiros livros de Nietzsche, constata-se a antecipação de suas ideias que ganhariam moldes mais estruturados e maduros com o passar do tempo. Alguns de seus pensamentos clássicos ainda estão no berço dando os primeiros respiros, de modo que o leitor que possui ao menos um mínimo de conhecimento da filosofia Nietzschiana não encontrará neste livro os seus mais famosos conceitos. Nada de super-homem, eterno retorno, vontade de poder ou moral de senhor e moral de escravo. Pode se dizer inclusive que em "Humano, Demasiado Humano" existe um Nietzsche um pouco diferente daquele clássico. Não que haja uma ruptura de seus pensamentos primevos com a filosofia à martelada que viria mais além, tanto é que temas como a impossibilidade de alcance da verdade, visão das coisas pela psicologia e críticas à moral e especificamente ao cristianismo já estão presentes nesta obra. Há apenas a percepção da desenvoltura nas ideias no filósofo que com o tempo foram se tornando mais radicais, o que se torna notório com a comparação dos escritos de diferentes épocas.

"Humano, Demasiado Humano" é "um livro para espíritos livres", os quais, para Nietzsche, não existiam nem nunca existiram quando escreveu o livro, mas teriam sido criados pelo autor por necessidade de uma companhia a sua altura. São os que se tornam senhores de si mesmos, criadores e controladores das próprias virtudes. São aqueles que possuem o domínio do seu eu. É um livro, portanto, que apresenta um prelúdio de libertação.

A abrangência de temas tratados por Nietzsche é bastante grande. A obra conta com 638 aforismos, desde os singelos até os extensos, abordando questões como a amizade, o casamento, as questões do Estado, a religião, a arte, a cultura e muitas outras.
É um livro denso, escrito ao estilo de Nietzsche - quiçá num tom um pouco mais ameno. Abordagens interessantes que merecem a leitura.
Recomendo!
Marcos RdAC 06/05/2016minha estante
Muito precisa, a sua resenha :P
Se eu tivesse lido ela antes, teria comprado outro, já que eu só lí o Crepúsculo dos ídolos antes de estar lendo esse agora e o que eu queria mesmo era entender seus conceitos direito, como o do Eterno Retorno, por exemplo. Você saberia qual deveria ser o meu próximo, tendo em vista esse meu objetivo?
Obrigado!


Paulo Silas 13/06/2016minha estante
Olá, Marcos.
"A Gaia Ciência" inicia, de leve, o trato com o Eterno Retorno - e também é onde apregoa a morte de Deus. Segue em "Assim Falou Zaratustra", onde também é explicitado o Super-Homem.
A ideia, para compreender bem Nietzsche, é não se ater uma única obra do autor, mas fazer uma leitura conjunta dos seus escritos. No entanto, seguem as duas principais de acordo com a sua pretensão.




Martony.Demes 30/01/2023

Livro referência por seus aforismos
Um livro clássico e interessante! O meu objetivo em lê-lo é usá-lo como referências e citações em minhas escritas! Creio que enriquecerá bastante, óbvio!

No mais, o que acrescentaria aqui sobre 638 aforismos do filósofo alemão Friedrich Wilhelm Nietzsche? Há muito! Podemos pegar cada um deles e fazer uma intensa análise! Claro, isso seria para estudos aprofundados, o que não vou meu ímpeto, como citei antes!

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DanCruz 22/03/2009

O Demasiado Humano
Um dos livros mais incriveis de Nietszche na minha opinião, ele vai a fundo no estudo do comportamento humano, até chegar bem perto da grande mediocridade que o ser humano leva em si, aborda vários temas...
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Catão 01/04/2021

Primeiro livro do Nietzsche lido. Como estudando de psico, sinto uma enorme vontade de dizer que um dos maiores crimes que já vi no meu curso eh não ensinarem a filosofia desse homem. Ok, ok, ele era um homem de seu tempo, mto eurocêntrico e elitista, mas o valor de muitas passagens eh inestimável. Nietzsche valorizava demais a ciência e as relações pessoais, tirando delas ensinamentos precursores da psicologia que foram recuperas só várias décadas depois.
Giselle.Martins 01/04/2021minha estante
Compartilho da mesma opinião. Ah, e somos colegas de curso rs




Geo 25/01/2022

Humano, demasiado humano
"Não importa por quais labirintos vagueie, sob que rochas tenha se espremido sua torrente - chegando à luz ele segue o seu caminho, claro, leve, quase sem ruído, e deixa que o brilho do sol brinque no fundo."
??
Não foi uma leitura muito fácil e precisei parar, respirar e tentar não rasgar o livro nas partes que eu não concordava com o filósofo (achei ele um imbecil em determinados momentos). O livro foi feito acho que antes de 1900 então não posso culpa-lo.
No mais, ele fala sobre vários aspectos da vida humana trazendo seu ponto de vista sobre tudo.
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Neide 26/01/2013

Ô livro louco, gosto de ver como ele pensa que sabe de tudo e morro de rir com a visão equivocada que ele tem das mulheres.

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Lala 15/06/2020

Muito bom!
Faz você refletir bastante, é uma leitura densa, recomendo já ter um embasamento sobre a filosofia de Nietzsche antes de começa a ler. ?
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Thalia.Stephanie 01/07/2020

Quebrando meus paradigmas e crenças.
Sensacional, meu primeiro livro de um filósofo e já de cara quebrou crenças e paradigmas que eu tinha. Amei esta leitura e sem dúvidas seguirei lendo mais e quebrando conceitos não tão corretos como ser humano.
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Guilherme Lopes 29/02/2020

Humano
Nunca é fácil ler o filósofo do Martelo e eu nem sei se eu entendi ele, porém Humano Demasiado Humano é uma obra perfeita pra mergulhar na mente desse que é um dos maiores e mais polêmicos Filósofos da história. Amantes da filosofia de Nietzsche vão se deparar com o questionamento dos valores morais embutidos na sociedade, e como atribuímos valores com base em nossas crenças. Sendo assim é mostrado que a percepção de realidade através dessas crenças e valores podem se mostrar errôneas. Isso é apenas um pedaço da minha interpretação de um dos vários temas do livro. É uma obra indispensável para os adeptos de filosofia.
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