Resenhas - A Montanha e o Rio

Leeco88 11/06/2014

Eu fui fascinado por muito tempo pela Ásia em geral, e especificamente a China. Eu fiz um monte de leitura sobre a história chinesa, especialmente a história chinesa a partir do final do Império até hoje. Curiosamente, eu aprendi mais sobre o povo chinês e da cultura de ler romances de autores chineses do que eu tenho de qualquer obra de não-ficção. Este livro se encaixa nessa tendência perfeitamente. Irmãos conta a história de dois meio-irmãos, genadas pelo filho favorito de duas das famílias mais poderosas da China maoísta. Cada irmão tem a inteligência ea vontade de tornar-se grande e fazer grandes coisas. No entanto, ao longo da guerra do Vietnã, a Revolução Cultural, a morte de Mao, ea abertura da China comunista, a oeste, o irmão que parecia ser o filho favorito se encontra abatido, enquanto o filho bastardo é elevado a os níveis mais elevados. Não só esta história ilustra muito do que está errado com a China e muito do que poderia estar certo, ele também mostra como as pessoas com os melhores motivos podem encontrar-se em uma posição de fazer coisas horríveis.

Maria Helena 07/01/2014

Maravilhoso, uma história que prende o leitor do inicio ao fim!

Geraldo 03/12/2013

Um Chinês as Escuras!!!!
Resolvi fazer algo meio que inédito em minhas leituras. Tudo começa quando vejo esta obra na minha mesa da sala. Li apenas o título e o nome do autor. E MAIS NADA!!!...NADA MESMO, nem contra-capa, nem as orelhas do livro.
Tive uma grata surpresa, a cada capitulo vencido, a cada folha virada fui me deparando com uma historia originalíssima, ambientada numa China comunista.
O autor nos brinda com capítulos que ele coloca o nome do personagem como titulo. Tan e Shento, cada um com sua historia, seu drama; e coloca drama nisso. Um tem tudo, outro não tem nada. Dois destinos que se cruzam de uma forma totalmente original, te prendendo a cada página vencida.
Nunca li nada de um autor se quer que seja chinês, e este sendo o primeiro me surpreendeu em tudo.
Sabe aquela mistura de SIDNEY SHELDON com KHALED HOSSEINI.
Uma grande saga contada em suas 493 páginas...vale a pena.
Façam esse exercício...leiam as escuras!!!!

Juliana Alves 19/06/2013

Os Irmãos
"A Montanha e o Rio" de Da Chen, conta a história de dois irmãos, Tan e Shento, sendo este último filho ilegítimo do general Ding Long. A história se passa na China de Mao Tse tung, contexto histórico: auge da Revolução Cultural Chinesa; os dois irmãos seguem suas vidas sem saber da existência do outro, porém o destino faz com que eles se encontrem e se tornem inimigos, tanto na vida política quando na vida pessoal - se apaixonam pela mesma mulher.
O livro é fantástico, a narrativa é surpreendente, o autor reveza: o livro é narrado hora pelo ponto de vista de Tan ora pelo ponto de vista de Shento.
Eu super recomendo essa leitura. A história é cheia de romance, drama e conflitos políticos.
Leiam! Vão adorar.

Garretbr 24/03/2013

Da Chen perfeito, neste romnce histórico...
"A Montanha e o Rio", do chinês Da Chen... Este livro conta a história de dois irmãos, que acabam trilhando caminhos bem diferentes, mas que tem em comum a paixão por uma mesma mulher... A China do final do século XX, com toda sua história política e social, é o cenário para esta história. É quase um romance histórico.. é envolvente, cativa, dá uma visão histórica perfeita deste país que fascina todos nós.

Valéria 04/01/2013

Curioso!

O início é maravilhoso, daqueles que você não consegue parar de ler. A história dos irmãos contadas paralelamente. Contudo o autor "se perde" no final do livro. Foi o que me deixou decepcionada pois esperava mais...
Ainda sim indico o livro a todos os leitores que buscam uma história diferente dos livros convencionais.

1965 01/12/2012

UM LIVRO BONITO E AO MESMO TEMPO TRISTE,AS BRINCADEIRAS TRAIÇOEIRAS DO DESTINO,FAZENDO COM QUE VIDAS SE ENCONTREM EM SITUAÇÃO EXTREMADAS .
UMA ÓTIMA LEITURA ,MAS NÃO ESQUEÇA O LENÇO.

Paula 24/11/2012

Sensacional
Um dos melhores livros que já li. A história de dois irmãos que crescem sem saber da existência um do outro e o reencontro dos dois em lados opostos e disputando a mesma mulher.

Recomendo!

jota 24/10/2012

Sexo nos tempos do camarada Mao
Depois de ler Os Irmãos Karamazov, história complexa e volumosa, resolvi dar uma relaxada e partir para a leitura de um best-seller mesmo. Foi em maio do ano passado, não agora.

O diabo é que o livro era muito interessante, prendia bastante a atenção e em cerca de cinco dias já tinha terminado o cujo, quase querendo mais do mesmo - outro best-seller de Da Chen. Ou de Ha Jin, Dai Sijie, sei lá...

Mas estava falando (escrevendo, na verdade) de A Montanha e o Rio, eficiente livro do sino-americano Da Chen, editado no Brasil pela Record. E nele encontrei esta brilhante pérola:

"A lua estava brilhando. O homem levantou seu vestido colorido e a possuiu, encostado naquela mangueira. Ele enfiou seu gengibre nela, fazendo dela uma mulher."

(Por um átimo até pensei que estivesse lendo um daqueles apimentados romances dos bons tempos de Jorge Amado. E cravo, canela, gengibre, pimenta - afinal de contas, são todas especiarias asiáticas, certo?)

É verdade que quem estava narrando aquela cena caliente, passada nos idos de 1967, era um personagem tosco – digamos assim, o idiota da aldeia. De todo modo o trecho está lá, na página 29, podem conferir.

Até ler o livro de Da Chen eu acreditava que os orientais enfiassem rizomas de gengibre apenas em vidros de conservas - e somente depois de muito bem lavados e fatiados, claro.

Mas por Batman e Robin, quanta ingenuidade a minha!

Por isso dou razão a quem diz: lendo e aprendendo.

Sempre.

Tattoo 09/06/2012

É impressionante do começo ao fim, uma historia cheia de coincidências, fatos surpreendentes e reviravoltas. O final me decepcionou um pouco, mas a trama me manteve presa da primeira à ultima página. Pra quem gosta de uma boa aventura, é ótimo.

Thaisinha 26/02/2012

Intenso. A palavra para descrever o livro. Assuntos mirabolantes, polêmicos, trágicos, picantes, tristes, todos em um livro só.
Dois irmãos que amam a mesma mulher. Falando assim parece clichê, mas de clichê não tem nada!!
Política, torturas, dramas familiares, ditadura, tudo envolvido. Não dá pra dizer que é um livro parado.
Eu gostei e recomendo.

Malu 30/01/2012

A Montanha e o Rio
A princípio, mais uma obra abordando a Revolução Cultural da China. A Revolução, na verdade, serve de pano de fundo para um tema onde superstição, amor, ódio e vingança se entrelaçam e se confundem.
Shento, nascido nas montanhas, o filho que só descobre seu verdadeiro pai, uma grande referência militar do Presidente Mao, às vésperas de a aldeia ser destruída num ataque vietnamita, sem sobreviventes. É jogado num orfanato misto, onde sobrevivem os mais fortes, e aí conhece a menina que será o grande e único amor e obsessão de sua vida, Sumi. Por matar alguns meninos que abusavam das meninas, pra não morrer ou ser preso foge de lá, se atirando ao mar. A partir daí sobreviverá só, contando às vezes com a benevolência de algumas pessoas. Num momento de desespero, escreve ao General Long, agora ciente de ser seu pai, pedindo ajuda, mas recebe uma carta deste negando a paternidade. A partir daí, Shento só pensa em se vingar do pai e reencontrar Sumi.
Tan Long, nascido de uma família rica e poderosa,vive na capital moderna. Seu pai, braço direito de Mao e representante das forças militares, é obrigado a renunciar ao cargo num golpe armado pelo governo que ele põe no poder. O avô de Tan, banqueiro do Banco da China, é acusado de desvio de verbas e também é destituído da presidência deste, e junto todos os bens da família são desapropriados. Resta ao clã Long retornar para a aldeia de pescadores de seus antepassados, a Baía de Lu Ching. A astúcia dos Long revela o gosto pelos negócios e dinheiro e em pouco tempo retomam a fortuna confiscada em Beijing. Nesta vila, Tan conhece a mesma Sumi de Shento, que acreditava então que este estivesse morto, e ambos se destacam na escola comandada por um monge budista e diretor do partido comunista, Prof. Koon, que irá mudar a história de ambos, ao incentivá-los ao vestibular para a Universidade de Beijing (Pequim), e ambos recebem as maiores notas, Sumi vai cursar Letras e Tan a faculdade de Direito.
Política e a necessidade de se democratizar a China tomam conta de Tan, enquanto que no extremo oposto Shento era preparado na carreira militar para alcançar o posto de segurança do presidente chinês, posto ocupado anteriormente pelo seu pai, General Long.
Shento, no posto máximo militar da China, descobre o paradeiro de Sumi e esta, então às vésperas do casamento com Tan, entra em conflito interno, e reconhece amar os 2 irmãos.
Por conta do ódio ao pai e agora ao irmão por este roubar-lhe a sua razão de viver, Shento abre guerra contra Tan, perseguindo todos da família Long e aos que ela apoiavam. A ditadura retorna violentamente ao país, e Sumi e Tan são considerados contra-revolucionários. Tan foge, mas Sumi é torturada e encarcerada na Sibéria chinesa, juntamente com o filho reconhecido de Shento, concebido antes deste fugir do orfanato para sobreviver.
Se olharmos somente pelo tema, será mais um lugar-comum entre familiares legítimos e bastardos disputando o mesmo posto, mas a superstição passeia por boa parte do romance, especialmente nas mulheres do texto, Sumi e a mãe de Tan. Por vezes a importância do Feng Shui nas decisões militares e familiares é relembrada pela mãe de Tan e Sumi entende que foi gerada para destruir os que a amam, segundo declarações de uma vidente que a aborda logo após ficar órfãs de seus pais, perseguidos e mortos pela ditadura de Mao, quando esta tinha apenas 6 anos. Já quase no final do romance, Sumi pensa em sua irmã, Lily, que é citada apenas neste capítulo. Ponto negativo para o autor, que introduz um personagem desancorado da história.
Paralelamente, vão se apresentando os fatos que qualquer ditadura impõe em nome da ordem, como invenção de fatos que condenem um opositor, forjamento de provas concretas e até a prostituição em benefício da pátria. As mazelas dos erros da revolução propagada por Mao vão se aflorando com o entusiasmo de Tan em seus discursos inflamados contra o seu irmão e a forma como o governo chinês é conduzido.
No fundo, fica exatamente a impressão que todos os sobreviventes das ditaduras e quem dela se lembre têm a mesma história pra contar, pois os fatos, apesar de ocorrerem em países distantes e sem qualquer contato, são os mesmos!
Não esperem um livro marcante, este é apenas mais um dos inúmeros escritos após a abertura chinesa. E daí me vem à memória da enxurrada de livros que tivemos aqui na América do Sul, por conta das ditaduras militares que assolaram importantes nações de nosso continente!

Luciano Carrenho 10/01/2012

Dramalhões e Clichês
Pensava que estava diante de uma obra-prima, mas depois de ler as primeiras 100 páginas, quase desisti. Mas como sou persiste li até o fim. A idéia (ou o roteiro) do livro é boa, mas o que me irritou profundamente é o excesso de clichês, coincidências e dramas. Acho que o autor deve ter assistido muitos filmes hollywoodianos, aquelas velhas fórmulas pré-elaboradas de dramas e redenções...Agora sobre o final, o que mais me surpreendeu, foi o fato do Vovô estar vivo e armado!! Bom, pelos meus cálculos (segundo a ordem cronológica do livro) ele deve estar quase com 100 anos. Neste livro Da Chen teve uma ótima idéia, mas não soube aproveitar.