Os Deuses da Revolução

Os Deuses da Revolução Christopher Dawson




Resenhas - Os Deuses da Revolução


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Vinícius 25/05/2022

A revolução que mudou o mundo
O historiador inglês Christopher Dawson descreve no primeiro terço do livro, as ideias e anseios das correntes de debates que pairavam no período pré revolução Francesa (1789) e como os ideais e pensadores iluministas influenciaram a revolução. Na segunda parte, descreve a revolução si com as ações dos grupos girondinos e jacobinos, que levaram a terríveis consequências com os ideais de igualdade, liberdade e fraternidade como fachada, que se transformou em uma banho de sangue com inúmeros guilhotinados de ambos os lados. Por fim na terceira parte o pós revolução e suas influências na sociedade com surgimento de regimes totalitários como fascismo, comunismo e nacional-socialismo.
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Renata Rezende 19/08/2020

"Não é suficiente ter derrubado o trono; nossa preocupação é eregir a partir de seus escombros a sagrada Igualdade e os sacros Direitos do Homem." (Robespierre)
Lucas.P 19/08/2020minha estante
O livro mostra todas as revoluções, ou tem como foco somente aquelas revoluções, como a Francesa e a Russa, que realmente queriam romper totalmente com a "velha ordem", e criar uma nova estrutura secular?


Renata Rezende 19/08/2020minha estante
Lucas, fala da Revolução Francesa. O q precedeu. Mas minha sugestão é q vc já tenha alguma bagagem sobre o tema. Há mtas sitações e se estiver cru, vc fica meio perdido.
Revolução Francesa, eu li Tocqueville. Russa, eu li Richard Pipes. Americana, li Gordon Wood. Todos mto bons! Deixo de sugestão.


Lucas.P 19/08/2020minha estante
Tirando este do Toqueville e do Richard Pipes, o restante eu li.
O do Tocqueville seria o "Antigo Regime e a Revolução"?
Obrigado pelas dicas! =]
Os outros que mencionou eu li também
Eu li a versao em Ingles do James h. Billington, a Fé revolucionária (Estou relendo agora na versao em Port)
Além do Normal Cohn "the pursuit of the millennium", Eric Voegelin Historia das Ideias Políticas. São excelentes também!


Lucas.P 19/08/2020minha estante
Norman**


Renata Rezende 20/08/2020minha estante
Tocqueville é esse mesmo. Gostei mto. Tb é o q precede a Revolução. Eu quero um q vá até Napoleão e a queda. O Pipes é super detalhado. Vai passo a passo falando das batalhas, assassinato do czar, Lenin, Stalin, Trotsky... É bem completo. Obrigada pelas dicas tb!! =D


Lucas.P 20/08/2020minha estante
Estou a procura desses também!! =]

De nada!!




Ruan Ricardo Bernardo Teodoro 27/08/2023

A Religião do Homem
Neste livro, o professor Christopher Dawson explora a história das ideias que deram origem e nortearam as revoluções mais significativas dos séculos XVII a XIX, em especial a Revolução Francesa (1789), apontando para o elemento religioso que permeou o movimento.

Nesse sentido, a Revolução Francesa foi o resultado de diversos fatores sociais, econômicos e políticos e de movimentos históricos como o Iluminismo, o Liberalismo Político e o Idealismo Democrático. Ainda, seu principal fundador foi o filósofo J. J. Rousseau, o qual se tornou o "profeta da nova fé - a religião da democracia" (p. 74).

Com efeito, o aspecto religioso da Revolução pode ser percebido nas declarações dos líderes e mentes por trás do credo revolucionário, tais como Thomas Paine, Robespierre e outros. Desse modo, a religião dos revolucionários, "como o Cristianismo, era uma religião da salvação humana, a salvação do mundo pelo poder do homem tornado livre pela Razão" (p. 114)

Contudo, tais ideais de justiça e liberdade conviveram com o período do Terror, isto é, com a violência empregada pelos partidos revolucionários - particularmente pelos jacobinos - para a estabilização do novo governo, este fundado com a Declaração dos Direitos do Homem nas mãos e a cabeça dos inimigos políticos descoladas de seus corpos nos pés.

Por fim, salienta-se que, embora a Revolução Francesa tenha sido um movimento político, "ela também foi uma revolução espiritual" (p. 192) que buscava conquistar a liberdade, a democracia e a igualdade. Conclui-se, com isso, que a Revolução Francesa revela o seu grande paradoxo: ao depor a unidade cristã tradicional ela abriu caminho para um retorno à religião pagã da adoração do poder do homem (p. 27)
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