Never Let Me Go

Never Let Me Go Kazuo Ishiguro




Resenhas - Não Me Abandone Jamais


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ysmnfl 20/03/2024

Melancólico e devastador
Lendo as resenhas aqui do skoob, percebi que boa parte das pessoas que não gostaram do livro e deram nota baixa pensaram que teria mais ação e/ou seria focado na ficção científica em si (com a criação dos clones, etc). Eu, que já tinha lido a sinopse e visto um pouco da estética do filme, já imaginei que seria um grande "dramalhão". E é por isso que amei.

Narrado em primeira pessoa, cada página do livro soa como um grande desabafo de Kathy que, em toda sua melancolia, necessita contar tudo o que passou desde sua infância até a vida adulta.

Os segredos que ela conta sobre o colégio em que vivia, as reflexões que faz a cerca de sua relação com Ruth e Tommy (seus melhores amigos), o relembrar (de tudo) e sua ingenuidade em relação ao que ela é e qual o seu propósito, com certeza são o ponto alto dessa história.

Tenho certeza que qualquer um que for ler com esse pensamento, de que é um drama existencial e profundo, vai conseguir aproveitar demais a leitura.

Ps: recomendo demais ouvir a música fictícia "Never Let Me Go", citada no livro e que posteriormente foi gravada de verdade para o filme. É muito linda no contexto apresentado e dá ainda mais profundidade à narrativa.
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Pamela 19/03/2024

Eu jurava que tinha sido delírio.
"Achei" esse livro quando fui pesquisar sobre o filme, e "achei" o filme à uns bons anos atrás e lembrava de pequenas partes muito loucas.
Eu assisti o filme novamente e tudo pareceu extremamente melancólico e triste, como sempre acontece nesses casos, eu TENHO que ler o livro, os filmes não me contam os pensamentos dos personagens sabe.
Também achei que teria mais informações sobre o sistema de coleta de órgãos, a necessidade dos clones e o sistema em que foram criados, e realmente tem mas o livro não se prende ao científico.
É um romance, e como sempre tem um trio, um embate nos relacionamentos que acontecem enquantos essas "pessoas" crescem, digo "pessoas" porque tem muito debate acerca do sentido que essa palavra acarreta na vida desses personagens.
Em nenhum momento as características físicas deles são descritas, nenhum mesmo, no universo da leitura a gente se acostuma a introdução das características deles logo na apresentação do personagem.
Não tem isso aqui.
Eu sofri, eu dei risada e me compadeci com todas as questões humanas levantadas, e eu nem consegui formular um rosto pros nomes que me deram.
Tirando todas as questões de ética que não são abordadas aqui, o que nos resta são os aspectos mais humanos mesmo.
Adendo --> a música é realmente muito boa, de verdade mesmo. Infelizmente só achei no YouTube, por favor ouçam "Never Let me go", Judy Bridgewater.
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Pedro HB de Melo 14/03/2024

Pensei que teria mais ação
Acho que fui com minha expectativa muito alta e acabei não encontrando o que esperava. Acreditava que teria mais ação, reviravolta kkk
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jordanaverissimo 10/03/2024

Tédio sem fim
A premissa é ótima, o livro uma tortura infinita. Muito mal executado. Não gera a curiosidade que poderia, nem outro sentimento nenhum. Não vale a pena.
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rayray 09/03/2024

Devastador, não surpreendente.
Eu achei que seria devastador pelo que ouvi falar. E é.

Mas é um devastador... Nada surpreendente. É como se soubéssemos onde ele levaria e eu acredito que sim, todos sabemos.

"Não me abandone jamais" causa uma onda de medo, um arrepio sinistro na espinha, um franzir de cenho desconfortável mas sereno. Traz uma junção do passado, pressente e futuro, uma perda no espaço do tempo que nos faz questionar como chegamos tão longe e até onde iremos. É um estudo da raça humana, uma controvérsiia entre a humanidade e o ser humano. Ruim, mas nada mal (?).

É quase um devaneio às 15h no transporte público, quando o sol está quente mas não em cima de nossas cabeças e os rostos são entediantes demais.

É uma ideia para um futuro que esperamos nunca chegar mas já se faz presente, é aquilo que nós odiamos pensar.
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mthsthn 07/03/2024

Ainda não sei bem o que pensar!
De longe dá pra ver as influências do autor na obra, como, por exemplo, Margareth Atwood e Aldous Huxley, mas ainda assim não sei bem o porquê, para mim, o livro não me pareceu um romance de ficção científica; porém, um romance, apenas.

Engraçado que até você ler a última página, sentir todas as emoções passadas pelos personagens é que se pode entender a completude da narrativa. Na verdade, começa cheio de referências a nomes e locais que só fazem sentido no decorrer da leitura, mas é algo que vale a pena. Me senti como se alguém tivesse me contando uma fofoca sobre determinado lugar ou pessoa.

Mas enfim, acho que para além de toda a discussão que o livro tem, a vida íntima de cada personagem e suas histórias - a partir do ponto de vista da protagonista, o que esteja no centro do debate seja o desejo em saber o que nos torna verdadeiramente humanos com toda as nossas potencialidades em jogo (moral, sexualidade e desejo), mas também em como somos sempre levados pelo desejo de sabermos quem realmente nós somos e qual nosso sentido no meio que estamos. Além, claro, do que realmente é ético nas ciências; será que vale tudo em nome do avanço científico? A ciência moderna sempre se interessou pelo corpo, seja para restringir, silenciar ou anatomizar suas potencialidades, como aconteceu com a medicina e a sexualidade.

É sem dúvidas um livro que desperta diversos questionamentos.
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Alana 07/03/2024

Parece um exercício de escrita, porque é muito bem escrito e fluido; mas a história é tão chata, parece um daqueles episódios mais ou menos de Black Mirror.
Meu primeiro contato com Ishiguro, foi um pouco decepcionante, mas culpa minha pela expectativa alta demais...
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Nana 06/03/2024

Sentimentos mistos
Mais do que ficção científica, esse livro trata muito de temas humanos, e normalmente é o tipo de assunto que me interessa, prende minha atenção, faz eu me identificar e até refletir sobre, mas nesta história, em específico, encontrei poucas questões/situações que de fato fossem novas para mim. Para justificar melhor, vou usar como exemplo A Amiga Genial, da Elena Ferrante, um livro que me deu dez tapas na cara e me surpreendeu em quase todas as páginas até nas afirmações mais bobas e cotidianas. Aqui, não consegui sentir o mesmo, não fui surpreendida o tempo todo. O que não torna o livro ruim de jeito nenhum, é claro, só diz respeito à minha experiência em particular.

Pode não ter me surpreendido como eu esperava, mas não nego que a narrativa é extremamente inteligente. A escrita é sutil e delicada à sua própria maneira, o Kazuo Ishiguro libera informações e sentimentos aos poucos, de forma a criar uma atmosfera poderosa que permite ao leitor se envolver na história do início ao fim. Dá para perceber que algo está por vir. É bem parecido com o sentimento das crianças em Hailsham em relação às doações: não entender exatamente o que é, mas sentir e saber que algo maior está no ar.

Percebi que para alguns essa “lentidão” foi um problema, mas para mim foi proposital e crucial para o leitor absorver os acontecimentos, ao invés de receber tudo de uma vez e se chocar. A carga emocional atinge aos poucos e afeta de um jeito que é difícil dizer o que, exatamente, emociona. Se são os personagens, o destino deles, os sentimentos, se é a situação como um todo ou apenas um capítulo em particular. Chorei mais de três vezes lendo e em momentos diferentes (um salve em específico para a parte que fala sobre almas), e em algumas vezes nem soube dizer porquê estava chorando. As lágrimas vieram e eu só aceitei, e pra mim esse foi o poder desse livro. Não precisou me surpreender para me emocionar.

Terminei considerando uma leitura ok, mas fui mudando de opinião nos próximos dias quando percebi que a história ainda me afetava sem nenhum gatilho óbvio. Hoje tenho certeza que para mim é um livro que vai crescer mais e mais com o tempo, porque fui tentar contar a uma amiga sobre e acabei no choro mais uma vez. Acho que deixou um certo sentimento de melancolia dentro de mim, parece que fiz parte de Hailsham junto com as crianças, cresci e compartilhamos o mesmo sentimento de nostalgia de um lugar que nos foi querido na infância. No final, senti que ao mesmo tempo em que não havia nada de muito novo nessa história, eu saí dela como uma pessoa diferente.
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ially 04/03/2024

Como pode
O mesmo autor de Remains of the day um livro tão sensível escrever isso aqui uma coisa sem sal personagens com 1cm de profundidade diálogos feios. nam.
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Regis 29/02/2024

Doses cavalares de melancolia...
Que melancolia, que solidão, que sensação de vazio existencial eu senti durante essa leitura que aborda temas tão sensíveis e carregados de reflexões.
O livro transborda melancolia por todas as páginas e ao final, estamos completamente empregnados desse sentimento mórbido de desencanto e depressão.

Kathy, Tommy e Ruth são alunos de Hailsham (uma espécie de internato) onde estudam, praticam esportes e, principalmente, fazem trabalhos artísticos. Eles são incentivados, com muito afinco, (pelos guardiões de Hailsham) a se expressarem através de poesia, desenhos e pinturas.
Kathy é apaixonada por Tommy desde pequena e sua melhor amiga Ruth sempre esteve entre os dois. No decorrer da narrativa vamos presenciando pequenas e esporádicas rusgas entre Kathy e Ruth.

O livro é narrado em primeira pessoa por uma Kathy de trinta e um anos, que tenta, a todo custo, reunir suas memórias do passado em Hailsham, enquanto vai nos contando sua vida desde a infância, até seus últimos anos como "cuidadora".

Acompanhar o desenrolar dos acontecimentos na vida desses três personagens, através das memórias de Kathy, devasta completamente nosso espírito, pois, aos poucos, as memórias de Kathy vai nos mostrando que nada nessa história é o que parece e as dicas sobre a verdadeira realidade desse lugar vão sendo apresentadas dosadamente durante a torrente irregular das lembranças dela... e quando fica claro quem são as crianças de Hailsham e a que elas estão destinadas, fica difícil aceitar que seja possível que a sociedade permita tamanha desumanidade com pessoas dotadas de inteligência e sentimentos.

A bioética não existe nesse universo, onde parece que o fim passou a justificar os meios e a conduta dos seres humanos em relação a outros seres humanos e outras formas de vida deixou de importar completamente. Condicioná-los desde pequenos a aceitar o sofrimento, de forma que não haja nenhum sentimento de revolta com o destino que os aguarda, foi a parte mais difícil de aceitar. Existe outras "escolas" onde as coisas não são tão boas como onde Kathy e seus amigos foram criados, Hailsham tentou proporcionar uma infância tranquila e "normal" para essas crianças e saber que ela foi fechada e que as próximas crianças não terão nem isso, é devastador.

No início o autor dá a impressão de que estamos passeando pelas memórias de Kathy apenas para conhecer o triângulo amoroso que se formou entre ela, Tommy e Ruth, mas a cada parte da vida deles que é rememorada vamos descobrindo, junto com os três, o real significado de suas existências e apesar deles parecerem totalmente conformados com seus destinos é quase impossível para nós nos sentirmos da mesma maneira. Até aqui, achei que o sentimento que a leitura queria extrair de mim era de revolta, mas fui seguindo a narrativa e ao final os sentimentos que mais ficaram comigo foram o de extrema melancolia, solidão e finitude.

O livro é desprovido de grandes reviravoltas e de momentos de catarse, é apenas uma história sendo narrada com uma inocência quase infantil, mas que carrega um ar umbrífero e soturno, e os sentimentos que nos abarcam provocam uma intensa sensação de desalento.
A ficção científica figura, mas, como pano de fundo para discutir assuntos como: a natureza humana, a memória, a amizade, o amor e a preciosidade do agora; pois as oportunidades não devem ser deixadas para depois, ou o que restará será apenas o desespero de resgatar as memórias em busca de analisar o que poderia ter sido.

A música "Never Let Me Go" de Judy Bridgewater fica pairando acima da leitura como uma profecia sombria prenunciando o momento em que Kathy e Tommy tentam agarrar-se um no outro o máximo que podem, mas no fim eles precisam se soltar, se separar e permitir que o propósito de suas vidas seja... concluído.

Não me Abandone Jamais é o livro mais conhecido de Kazuo Ishiguro, autor ganhador do Prêmio Nobel de 2017, e certamente foi uma leitura que mexeu intimamente comigo me deixando profundamente tocada e pensativa. Adorei esse livro!

Recomendo.
Adri/Diana 29/02/2024minha estante
Linda demais! Gostei muito de ter feito essa leitura.


mpettrus 01/03/2024minha estante
?A ficção científica figura, mas como pano de fundo para discutir assuntos como: a natureza humana, a memória, a amizade, o amor e a preciosidade do agora; [?]?

Ficção Científica é um gênero incrivelmente magnífico tanto na literatura quanto na Sétima Arte. Sou apaixonado por esse gênero. E autores que sabem utilizar bem esse gênero tem minha total atenção.

Colocando na minha lista 2024 porque - mais uma vez, outra resenha bem escrita -, fiquei totalmente curioso para ler essa história.

Parabéns pela resenha ????


Léo 01/03/2024minha estante
A resenha está perfeita como sempre, Régis, adorei e me deixou curioso para pegar esse livro ou A Clara e o Sol do autor. Parabéns pela resenha. ??


Fabio 01/03/2024minha estante
Uau, resenha primorosa, Regis, minha querida!
Irretocável sua escrita!???????
Adorei quem imprimiu a melancolia do livro na sua resnha!


Regis 01/03/2024minha estante
Obrigada, Diana! Eu também gostei muito de ter feito essa leitura. ??


Regis 01/03/2024minha estante
Obrigada, mpettrus, também penso o mesmo sobre ficção científica e cada vez mais estou adorando o gênero. ??


Regis 01/03/2024minha estante
Obrigada, Léo! Meu próximo livro do autor será justamente Klara e o Sol. ?


Regis 01/03/2024minha estante
Agradeço muitíssimo, Fábio Querido! ???
Terminei o livro com a melancolia entranhada em mim acho que isso passou para a resenha.


HenryClerval 05/03/2024minha estante
Você sempre transmite tudo que sente com as leituras em suas resenhas e isso me encanta, Régis. ??


Regis 05/03/2024minha estante
E você sempre lê tudo que escrevo e é sempre muito lisonjeiro. Obrigada por isso, Leandro. ???




Patricia.Harumi 23/02/2024

Chato
100 páginas para começar acontecer algo de relevante. Só terminei pq Ishiguro escreve bem, se fosse outros autores teria desistido antes de 1/3. Com certeza um dos mais chatos que já li dele
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carol 15/02/2024

Não me abandone jamais foi a escolha do mês pro clube do livro que tenho com algumas amigas e conversando sobre a leitura com elas disse que, de certa forma, criei uma expectativa pra essa história que o autor não tinha intenção de corresponder; foquei demais em um aspecto específico sobre a narrativa e esqueci de focar no que me parecia mais palpável que é justamente o que se sente ao longo da leitura: o sentimento constante de solitude.

acho que é um livro longe de trazer um assunto confortável: por isso é difícil se conectar com ele à priori, principalmente porque o ishiguro escreve de forma detalhista até demais - eu diria insosso -, e traz essa sensação de distância para com os personagens mas, na verdade, todos eles são muito mais próximos da gente do que se pensa, muito embora estejamos tratando de uma realidade de sci-fi.

para o que servimos? para o que vivemos? nossa vida tem um propósito real ou só vivemos em torno de algo específico? será que existe explicação pra tudo o que fazemos? não me abandone jamais é um livro de crise existencial extremamente melancólico e demorei um pouco pra entender essa proposta. agora que terminei, faz todo o sentido, ainda que eu quisesse mais respostas sobre detalhes minuciosos que fariam com que o enredo tivesse todos as pontas entrelaçadas. no final das contas talvez não tenha que fazer sentido, assim como a vida também não faz na maior parte do tempo.

?Você disse que tem certeza? Certeza de que estão apaixonados? E como é que você sabe disso? Então acha que o amor é coisa assim tão simples??
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