Resenhas -

Sander.Garcia 17/08/2022

E contemplaram o mar...ou diria contemplou?
Fulgêncio é um idoso solitário, exceto pela companhia do neto de 11 anos. Não fosse o menino, o velho viveria na mais completa solidão, pois não tinha mais ninguém na vida.

De repente, Fulgêncio sofre um golpe do destino, que ameaçava a única razão pela qual não se considerava um ser completamente só: ao levar o neto ao hospital, recebe a notícia de que ele havia sido operado às pressas.

Desenganado, o menino não teria mais muito tempo de vida. O médico havia cortado o menino com o bisturi, mas fechou logo em seguida. A doença estava espalhada pelo pequeno corpo.

Com um desespero contido, o velho sai do hospital e volta. Faz esse percurso a pé mais de uma vez...a última foi para levar uns biscoitos e guaraná, que havia surrupiado de um professor em frente a um supermercado.

Com o firme propósito de mostrar o mar ao neto, para satisfazer-lhe um antigo desejo, Fulgêncio o rouba do hospital e empreende uma jornada cheia de obstáculos pela madrugada. Juntos, eles encontram alguns sujeitos pelo caminho.

E o mar estava lá à espera deles, aguardando os primeiros raios de sol
Finalmente, a missão de Fulgêncio parecia estar cumprida, pelo menos, era o que ele pensava.