Resenhas - Lucíola

Fosoxi 06/03/2024

Literatura patriota do ano. Amo meu Brasil brasileiro ?
Foi a primeira obra brasileira que eu li. Confesso que foi uma leitura "estranha" devido a escrita mais complexa e formal, bastante detalhada inclusive. Mas depois me acostumei e foi satisfatório ler o livro.

Tirando o fato de ser bem depressivo, valeu muito a pena ler um romance de época.

bela 26/02/2024

Que livro bom!
Comecei a ler o livro a pedido da minha professora e simplesmente me apaixonei pela história e pelos personagens. Como é um romance antigo, houveram muitas palavras que eu precisei pesquisar, mas, em geral, é uma leitura fácil, leve e que te prende mais a cada capitulo! Simplesmente gostei muito mais do que pensei que fosse gostar?

booksdalaus 26/02/2024

Lucíola
Rio de Janeiro, meados do se?culo XIX. A elite carioca na?o perde uma pec?a no Teatro Li?rico e se diverte em festas glamurosas. E? nesse cena?rio que Paulo desambarca na capital do impe?rio, pronto para se aventurar nas noitadas da Corte. Mas ele nem imagina que vai conhecer a estonteante Lu?cia. A? primeira vista, a linda mulher na?o passa de uma cortesa? de luxo ? mas, sob plumas e joias, um passado devassador a consome. Inge?nuo e apaixonado, Paulo e? o u?nico que podera? desvenda?-lo.

Carolina 19/02/2024

Um clássico...
Um livro que precisa ser lido para se entender parte das expectativas sobre as mulheres ideais do século XIX

Babadook 08/02/2024

O conturbado amor de Paulo e Lúcia
O livro conta a história de uma cortesã e como ela começou a se afastar dos seus amantes quando conheceu um rapaz chamado Paulo.

Eles passam por muitos momentos juntos e enfrentam um relacionamento complexo e contubado.

Até que um dia, Lúcia resolve contar sua história para o Paulo. Ela na verdade se chama Maria da Glória, e quando tinha 14 anos, toda a sua família teve febre amarela. Ela teve que cuidar de todos eles sozinha, sem ter mais dinheiro até para comprar remédios. Então ela encontra um vizinho, o Couto, que a leva até sua casa e lhe mostra algumas moedas. Ele se aproveita da situação que ela está passando para persuadí-la a se prostituir, e ela não vê outra escolha senão aceitar.

Depois disso, ela conta para seu pai o que aconteceu e ele a expulsa de casa.

Ela conhece Lúcia, que teve uma história semelhante a sua, e elas se tornam amigas. Quando Lúcia morre, Maria da Glória assume sua identidade.

Depois de passar 5 anos vivendo como uma cortesã, ela consegue finalmente consegue encontrar paz com Paulo e sua irmã, Ana.

Lúcia começa a aproximar Paulo e Ana, e logo diz para Paulo que deseja que ele se case com sua irmã, para receber um amor puro. Ele rejeita essa ideia.

Depois de algum tempo, Lúcia descobre uma gravidez que a torna moribunda. Ela pede a Paulo para cuidar, então, de Ana como um pai, e ele aceita.

Ela reluta em tomar um medicamento para provocar um aborto, que o médico disse que poderia salvá-la, mas depois da insistência de Paulo, ela aceita. Mas isso de nada adianta. Lúcia morre.

Paulo cumpre sua promessa, cuida de Ana como um pai, e então escreve esse livro.

Chanyeolsacudo 08/02/2024

Lucíola traz a reflexão de como a mulher é vista pela sociedade.
Por mais que seja uma obra adaptada em uma outra época ainda é comum a sociedade julgar uma mulher pela sua maneira de viver.
Enfim, livro perfeito, babadeiro!

julianii 03/02/2024

Gostei bastante da Lúcia, já o paulo é meio ? o livro me lembrou a dama das camélias, que eu tb gosto kkkkk

Nicolas Sá 02/02/2024

Ler clássicos é melhor que não lê-los
Apesar da figura de José de Alencar, para mim, ser carregada de preconceitos devido ao seu declarado apoio à escravatura e olhar romântico-europeu sobre os indígenas em seu período indianista, admito que gostei muito de Lucíola.

Enchi de marcações e, para a minha surpresa, a leitura não foi tão desafiadora como imaginava. O final é o que se espera de uma literatura de 1890 com protagonismo de uma cortesã. Toda a narrativa se delonga na pieguice dos acontecimentos, e sim, até disso eu gostei.

Leitura boa para conhecer o período e as características do Romantismo Brasileiro.

MoisAs32 31/01/2024

Sabem aquele meme da Tatá Werneck?
"[...] - O que dissestes tu, dizia a mim, dizia a ti. Ei, onde estás tu? Estou comigo e ti? Também estou.
- Oi?
-Oi? Oh saudação! O que vens à vida, o que vais a tu.
- Quê? [...]"
Tá, esse livro me fez descobrir que gente doida também ama. Mas ama de forma patológica (nem sei se isso existe). Egoísmo querer levar o rebento junto pra cova? Não sei, mas ainda bem que eu não sou ele. De um lado um 🤬 #$%!& imaturo que se apaixonou por uma cortesã (puta) e do outro uma moça cprtesã desejadíssima e poderosíssima que só queria ser amada além da carne.
Foda.

@nattan2l_ 26/01/2024

Ao adentrar a leitura de "Lucíola" Alencar, não pude me contar em compara-la com ?A Dama da Camélias?, não sei por qual motivo, mas essa sensação me acompanhou durante toda a leitura.

Com uma narrativa envolvente que se desdobra nas intricadas tramas do século XIX no Brasil. A história de Paulo e Lúcia, permeada por conflitos sociais e dilemas morais, revela-se uma exploração profunda das relações amorosas na sociedade oitocentista.

Comparativamente, enquanto "A Dama das Camélias" de Alexandre Dumas Filho aborda as complexidades do amor em meio à aristocracia parisiense, "Lucíola" mergulha nas camadas da sociedade brasileira do século XIX. Ambas as obras tratam das tensões entre paixão e convenções sociais, entrelaçando o amor com questões de classe e moralidade.

Enquanto "A Dama das Camélias" enfatiza a tragédia romântica de uma cortesã, "Lucíola" destaca a luta da protagonista contra os estigmas sociais em uma sociedade patriarcal. Lúcia, ao se rebelar contra as normas vigentes, emerge como uma figura marcante, contrastando com a figura mais trágica e resignada de Marguerite em "A Dama das Camélias".

No entanto, é interessante notar que, embora ambas as obras explorem as complexidades do amor em seus respectivos contextos históricos, "Lucíola" traz um enfoque mais direcionado às questões sociais brasileiras da época. Enquanto Dumas Filho se concentra na tragédia individual, Alencar amplia seu olhar para a dinâmica mais abrangente da sociedade brasileira do século XIX.

Em resumo, tanto "Lucíola" quanto "A Dama das Camélias" oferecem visões fascinantes e distintas sobre o amor, explorando suas complexidades através de contextos culturais únicos. O contraste entre essas duas obras ressalta a diversidade de perspectivas literárias que enriquecem a compreensão do romance ao longo da história e das diferentes culturas.

Clau Melo 26/01/2024

Literatura cearense
Literatura nacional/CE, 1862. Romance Romântico.

Por que o livro se chama Lucíola?
O título dado à coletânea de cartas, ?Lucíola?, é uma analogia entre o inseto Lucíola e a personalidade de Lúcia. O narrador compara o ?inseto noturno que brilha em meio à lama? à ?pureza da alma de Lúcia, que ainda existe apesar de ela estar num abismo de perdição?.

Gostei muito da história do bocó caidinho pela prostitut@.

Assisti a adaptação de 1975, LUCÍOLA - O ANJO PECADOR (super fiel).



#5 LC Melzitas

isisarsilv 15/01/2024

Nao aguentei
Sinceramente, estou lendo por conta do vestibular, se nao fosse por isso teria largado nas primeiras 10 páginas, o protagonista completamente maluco da cabeça

Amanda.Lima 14/01/2024

Que livro?
Um dos livros mais interessantes que já li. A história nos transporta para a sociedade da época e nos faz ver Lúcia de um modo, mas com o passar do tempo ela vai nos conquistando aos poucos com o seu coração simples e jeito de menina.
E que final foi esse? Por um instante acreditei que seria feliz, mas me enganei ?

jaqueline643 12/01/2024

Muito além de um romance urbano
Não sou muito chegada às obras do Alencar, mas resolvi dar uma chance a esse livro por conta da indicação de um amigo. A princípio, não gostei muito da leitura, visto que, eu me irritava facilmente com os personagens, principalmente o Paulo, o Couto e o Sá (meus três maiores ódios ?) e não conseguia sentir empatia pela Lúcia.

Ao passar do livro, fui oscilando entre estar triste pelo passado da Lúcia e me indignar pelo amor de Paulo ser tão frágil. Justifico isso nas cenas em que a Lúcia tem uma mínima mudança de humor, e o Paulo sente que não é mais amado, ameaçando abandoná-la mesmo total controle sobre ela. Fiquei extremamente chateada quanto ao posicionamento da Lúcia em relação ao Paulo (tratando-o como uma espécie de divindade), mas ao decorrer da narrativa, me tornei mais compreensiva.

Estava conformada em dar três estrelas para o livro, mas continuei lendo. Foi aí que veio o plot twist. Com as partes finais do livro, eu acabei me envolvendo com a trama e entendo melhor as atitudes da Lúcia (enfim despertando minha compaixão por ela). A conclusão do livro, com a morte da Lúcia (ou melhor Maria da Glória), me pegou muito. Ainda mais a frase "Faz sete anos que ela me deixou", me fez perceber que era o Paulo contando suas lembranças.

Diante disso, não pude dar três estrelas a esta obra. "Lucíola" demonstrou ser bem mais que uma narrativa urbana. Demonstrou como as mulheres sem condição financeira (que só tinham essa opção) eram tratadas. Mesmo que quisessem mudar suas atitudes, seu passado nunca seria esquecido. Por isso, mesmo que eu tenha desgostado no ínicio, não vou deixar de enaltecer a obra!

Sofia Dionísio 31/12/2023

Difícil de odiar
Puta merda, esse é difícil. Minha relação com José de Alencar é complicada, eu tenho um grande ranço por ele mas consigo ver onde ele foi de fato um bom escritor. E ao contrário do "fácil de odiar" de Iracema, Lucíola é "difícil de odiar", por assim dizer. Ele tem algumas camadas de "não-confiabilidade" diegéticas: o narrador é em primeira pessoa, e tem seus vieses; ele narra algo de suas memórias, narrando ações e impressões de alguém que ele não é mais, o que nubla ainda mais a "realidade" do que aconteceu; e, por fim, a obra em si é resultado de uma amiga do protagonista pegando esse relato recebido em cartas, feito anos depois dos acontecimentos, e transformando em um romance, a partir de seus próprios critérios. Então quando o romance se torna uma "fantasia de redenção", onde um cara 🤬 #$%!& e babaca faz a puta se arrepender e virar santa, tão santa que não pode nem mais transar, a quem eu atribuo o nojo que isso me causa? Ao Paulo personagem? Ao Paulo narrador? À amiga mais velha dele que editou a história? Ao narrador implícito? Ao misógino do José de Alencar, e chuto o "difunto"? Porque o que mais complica a história e a minha relação com ela é a Lúcia. Porque a Lúcia parece de verdade. Mesmo que o Paulo seja um asqueroso e suas ações abusivas sejam normalizadas, mesmo que a história pareça se distorcer para fazer Lúcia ser um troféu santificado... eu ainda sinto que, no fundo, há uma Lúcia de verdade (uma Maria da Glória), até, que está sendo representada de maneira torpe, distorcida. E isso é uma sensação esquisitíssima. Uma sensação de que a personagem está sendo injustiçada, maltratada pelo livro ao qual ela pertence. Talvez seja aí que more a genialidade de Alencar, ou pelo menos dessa obra. É isso que faz esse livro difícil de odiar, e talvez merecedor de uma releitura, de mais reflexões.