spoiler visualizarDébora Damieri 10/06/2011
Economia e Sociedade na América Espanhola VAINFAS, Ronaldo
Ronaldo Vainfas formou-se em História pela UFF, em 1978, e no mesmo ano ingressou como Professor nesta Universidade, lecionando História da América, sobretudo colonial. Em 1983 obteve seu Mestrado na própria UFF, com o trabalho Ideologia e Escravidão, publicado em 1986, sobre as idéias jesuíticas acerca da escravidão nos séculos XVI e XVII. Ingressou no Doutorado da USP, em 1984, sob a orientação de Eduardo d´Oliveira França, desenvolvendo pesquisa sobre a ação inquisitorial no campo das sexualidades. A tese defendida em 1988, Trópico dos Pecados, foi publicada em 1989 e várias vezes reeditada. No V Centenário do Descobrimento da América, em 1992, publicou artigos e organizou livros sobre colonização espanhola e idolatrias, o qual é o assunto do livro Economia e Sociedade na América Espanhola. Em 1994, tornou-se Professor Titular de História Moderna da UFF, defendendo a tese A heresia dos índios, publicada em 1995. Em 1997, reeditou as Confissões da Bahia, esgotadas desde a edição de Capistrano de Abreu. Em 2000, organizou o Dicionário do Brasil Colonial e publicou diversos artigos sobre historiografia brasileira. Reconhecido por diversos países como: Portugal, Espanha, França, Inglaterra, Alemanha, Rússia, Polônia, Israel, México, Peru, Colômbia, EUA. Atualmente desenvolve pesquisas sobre conflitos religiosos e mestiçagens culturais no Brasil holandês. Economia e Sociedade na América Espanhola foi publicado pela Edições Graal em 1984 o coordenador nesse livro foi Ciro Flamarion Cardoso e a obra possui 112 páginas.
Inicialmente o auto demonstra as diferenças sociais de cada um dos povos (americano e espanhol) e o momento histórico em que estavam inseridos antes do ponto de se encontrarem que culminou para a predominação espanhola no território americano. Antes porem dá dados para á analise cultural, política e econômica indígena de forma a anilar povos de destaques como Incas e Astecas, e assim demonstrar as diferenças e pontos entre as demais culturas indígenas e entre elas. Enfatiza que há diferenças nas culturas a ponto de que essa (Incas e Astecas) serem as mais evoluídas e que muitas não apresentam aspectos como uma forma política e/ou econômica.
A constituição social desses dois povos pré-colombianos se baseava em agricultura e comercio, os Incas tinham em seu favor uma força militar e conseguia por ela conquistar territórios e outros povos e suas cidades tinham inclusive população maior do que “grande maioria das cidades européias” (p.25) diferente dos Incas que possuíam conquistas mais pacíficos através de casamentos e lassos políticos isso demonstra complexidade dos dois povos e sua “evolução” hierárquica, política, econômica e agricultura apesar de esses não serem tão bem estabelecidos como na Europa, como afirma Flamarion em sua obra América Pré-Colombiana . Nesse ponto (agricultura) Astecas eram superiores a Incas devido à localidade das suas terras, mas mesmo assim houve desenvolvimento de força de trabalho para a melhoria desse ponto (a Mita).
Vainfas diz quando a Espanha descobre fontes mais rendáveis para a colônia descoberta deixa as Antilhas e vais adentrando escravizando ou exterminado os povos indígenas, Todorove afirma que o contato europeu com os povos pré-colombiano ocasionou dizimação dos indígena quer por doenças quer por desgaste físico . Alguns povos da civilização Inca e Asteca foram poupados, mas mesmo assim sua cultura foi modificada através da imposição da cultura cristã ocidental e o que sobrou da cultura desse povo previa a expulsão dos europeus do território e a retomada da civilização vigente anteriormente.
Para maiores fins, o catolicismo era uma fonte lucrável, favorecendo a foma de governo e exploração das riquezas, sobrepujando a ideologia indigina e os doutrinado para melhor servirem, o papel de realmente doutrinar para a fé católica era deixado à segundo plano e somente os jesuítas colocavam esse fator em primeiro plano, mas com esses não eram bem vistos pelos proprietários de terras se estabeleceram longe dos centros comerciais mais ativos e doutrinava os índios com a cultura de subsistência. Os católicos também com o tribunal do Santo Ofício fizeram, como tinha feito na Europa com os judeus, um julgamento de valores e condenava diversos indígenas pelas prática, mas como com os judeus, os indígenas eram necessários economicamente para o desenvolvimento da colônia assim, a fé era colocada com disfarce econômico e tentativa de conter rebeldes.
Alem da humilhação cultural que os motivos da meso-américa e dos Andes sofreram, foram forçados a trabalhar em minas de metais preciosos que é uma prática muito rentável para os espanhóis no início da colonização. A foca de trabalho não se restringia a somente a indígena, mas o tráfico africano também aconteceu na colônias, mas somente quando a proteção ao indígena foi imposto na América, por motivos econômicos disfarçados de justiça e respeito, foi a maior utilização desse tipo de escravidão. Mas mesmo com leis de preservação o índio continuava a ser esperado por manipulações que os Senhores de terras faziam para que o indígena não conseguisse largar nunca o trabalho nas minas, isso aconteceu nos trabalhos com o repartimento, mita, encomienda e hacienda, sendo menos expressiva no ultimo pela fortificação do desaparecimento indígena.
Porem a exploração de metais preciosos não estabeleceu aos espanhóis uma economia fortificada, como em comparação co França e Inglaterra. A Espanha entre vários motivos não soube administrar bem seus lucros com os metais e não investiu em fontes de rendas alternativas a exploração da América, assim ocasionado um déficit econômico para a metrópole apesar da produção da colônia continuar estável, a Espanha não conseguia manter sua faixa de lucro e a pirataria e o tráfico unidos com essa má administração resultaram em uma quebra prejudicando também as colônias.
O autor em fins julga o valor que a América teve economicamente e socialmente para a Espanha e como a Espanha ágil sobre o domínio espanhol, como as variações culturais fizeram a expansão e quebra economia e quais eram os verdadeiros pontos a serem julgados, favorecendo e desfavorecendo em pontos estratégicos essas duas culturas e mostrando que a sobreposição cultural são para fins maiores que a igualdade e a verdade, mas principalmente fins econômicos.