Tati Iegoroff (Blog das Tatianices) 20/07/2019“Às vezes é preciso perder algo para se reencontrar!”Comecei a leitura de Elo entre mundos: a batalha de Terökum sabendo bem pouco sobre o livro. Devo confessar, portanto, que fui totalmente surpreendida (de maneira positiva) por essa obra, que agora apresento a vocês.
O título "Elo entre mundos" já nos revela algo de importante sobre a história: trata-se de um cenário que envolve mundos diversos que tiveram de se unir, formando o famoso Elo. Esses mundos são povoados por raças diversas e fortes e que, apesar das diferenças, mantêm-se unidas.
A leitura desta obra começa no prelúdio, que me deixou um pouco assustada, devido às palavras difíceis e à quantidade de informações. Mas esse prelúdio nos apresenta muito bem (e por isso a quantidade de informações) o plano de fundo da história. Por isso, preciso falar um pouco sobre ele, para que o restante fique mais fácil de entender.
Tudo começa com as Prithmanares, entidades que cuidam da vida dos planetas. Com o passar dos anos, elas começaram a perceber que alguns indivíduos estavam evoluindo rapidamente e que eles poderiam ser úteis para elas, pois poderiam ajudar a manter a qualidade desses mundos. Por isso, elas ajudaram esses seres a aprimorar suas técnicas e também criaram portais fixos, para que as raças pudessem transitar mais facilmente de um planeta a outro.
O poder que o conhecimento traz, no entanto, às vezes tem consequências catastróficas, porque nem todos estão prontos para usá-los pelo bem de todos. Por outro lado, há pessoas que nascem para ser líderes natos — e aqui eu uso a palavra líder pensando naqueles que sabem governar o seu povo de modo a ajudá-lo, buscando justamente sempre fazer o bem — e foi graças a pessoas assim que nem tudo se perdeu. Em reconhecimento, as Prithmanares se ligaram de maneira mais profunda à essas pessoas, que se tornaram protetores. Os protetores moram em uma Eirídomu — uma habitação especial e protegida — e têm acesso a conhecimentos milenares.
Ufa, isso tudo foi só para introduzir a história, que começa anos depois do surgimento dos primeiros protetores. Acontece que a harmonia dificilmente dura para sempre e em meio à paz dos mundos, surge um rapaz talentoso que consegue reunir um bom número de traidores para abalar a ordem estabelecida. Os protagonistas de Elo entre mundos: a batalha de Terökum são quatro jovens protetores: Fira, Reyk, Kerina e Keyrian. Esses quatro nasceram acostumados com seus poderes e conhecimentos, mas viram-se em apuros quando foram mandando para um mundo onde perderam tudo aquilo que possuíam, inclusive seus corpos anteriores, que eram mais fortes.
Os planos do traidor, contudo, falharam em alguns aspectos e Fira e Reyk — dois grandes amigos — foram enviados juntos para um mesmo lugar, enquanto as gêmeas Kerina e Keyrian foram enviadas para outro canto do mesmo mundo. Por terem ido parar no mesmo mundo, os quatro jovens conseguem se reencontrar e passam a ser treinados pela Prithmanare do planeta em que eles estão. Boa parte do livro nos mostra o caminho percorrido por esses quatro jovens, que tentam recuperar seus poderes para poder salvar suas famílias, amigos e, claro, seus planetas.
Claro que o caminho trilhado pelos jovens não é nada simples: além de toda a preocupação e medo que eles têm de enfrentar em seu interior, eles precisam treinar incansavelmente e, acima de tudo, precisam se conhecer melhor. Elo entre mundos, portanto, é um livro que nos mostra a importância da união e da amizade, mas também de nos conhecermos e sabermos nossos limites. Recomendo para quem curte uma fantasia bem pensada, que nos surpreende a cada página e que não é nem um pouco previsível (sério, tem reviravolta atrás de reviravolta nessa história!).
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