Nebula Nebulosa 23/10/2013Um novo favorito na minha estantePra quem acompanha minhas resenhas - duvido que alguém o faça a finco - sabe que talvez eu soe na maioria delas muito crítica. Minha intensão, no entanto, é fazer ressalvas daquilo que poderia ser melhor no livro e não bombardeá-lo com defeitos, enfim.
Este livro eu adquiri junto com o segundo da trilogia através de uma troca no PLUS. É um livro que foi lançado bem no início dessa onda YA aqui no Brasil. O via nas livrarias, tabacarias, mas por ser muito curtinho - para mim - e sempre muito caro, nunca comprava, em detrimento aos outros, mas sem o quis. Ai vi a a oportunidade de adquirí-lo por aqui e não pensei duas vezes. A própria menina que me deu ele, desistiu de lê-lo. É novinho, assim como seu sucessor, nunca tocado pela ex-dona. Vi também muitas críticas negativas quanto a esse livro em particular. Ai não sei se é porque sou do contra, mas comecei a reparar em minhas resenhas que quando normalmente o pessoal curte o livro demais, eu normalmente não curti tanto e vice-versa. Conclusão: eu AMEI o livro. Amei demais. Odiei quando terminou. É uma infelicidade que a editora não tenha publicado o último volume, mas minhas esperanças não morrem, senão me resta comprá-lo em inglês posteriormente - falando isso, acho um desleixo total a editora comprar direitos de um título e não terminar a publicação dele, impedindo que outras editoras o façam e deixando os fãs e leitores a deriva.
Bem, porque amei esse livro? Ele simplesmente me fez sentir em casa. A maneira como a protagonista descreve os locais, a sua vida, eu achei com muito carinho, apego e paixão e passou a ser como se eu tivesse uma história com aquele lugar, ou melhor, que eu realmente me sentisse no lugar dela. Particularmente eu tenho, às vezes, um pouco de dificuldade de imaginar as locações, mas esse livro, para mim, não tinha palavras, ele apenas formava imagens, conceitos, cenas. Não posso dizer que o li, e sim que o senti, li.
Sim a trama não é algo surpreendente, dinâmico, inédito, mas é único. A experiência que vivi através da pele da Ari foi aconchegante e doeu largar seu "corpo" ao final do livro. Ao menos a mim, envolveu e cativou de uma forma leve, porém profunda. Talvez se o olhar for apenas a técnica ou o contexto do livro, você vá achá-lo fraco, mas ele é muito sentimental. Nisso tenho que dizer que ODEIO opiniões de contracapa, sério. Por que as pessoas insistem em tirar alguma interpretação dos textos? A história é o que está lá para ser lida. Achei muito ridículo um dizer na contracapa "uma maneira de expressar as angústias adolescentes" ou algo do tipo. Parece tão superficial, banal, como se a autora tivesse usado toda história para expor isso, o que não é verdade. Claro, Ari, a protagonista, tem suas duvidas, seus momentos, mas não é um pretexto para que "todo adolescente" seja consolado ao lê-la, nada a ver.
Tem gente que achou o livro parado. Eu achei que me hospedei na protagonista, vivendo sua vida, sua história, seu dia-a-dia, por isso não achei parado. Se você realmente assumir o papel dela, é como a nossa própria vida. Não há realmente uma AÇÃO distinta, mas há os conflitos do dia-a-dia. Eu sinceramente adorei o desfecho. A única coisa que posso dizer é que em algum momento a história se tornou um tanto infantil, porque o "vilão" cria uma mentira entre dois personagens que são muito ligados um ao outro, então, pelo menos pra mim, é meio inconcebível que, um não vá tirar satisfação do outro e acreditar plenamente no que o "vilão" revela ser a verdade, mas vai saber, talvez por questão de orgulho. E ah, senti falta também de um maior relacionamento amoroso para a Ari, mas vamos ver no próximo se isso não se afinca, afinal se bem me lembro ela tem entre 12-16 anos. Ah, também achei desnecessário destruírem a casa da mãe dela, poxa, o lugar era lindo! E não curto muito vampiros com senso moral, então a história de não-matar-um-estruprador-oh-não é muito "green peace" pra mim, maaas... enfim, venho defender um dos meus livros favoritos.
Leiam. Não é o que esperam de OH MEU DEUS, mas se você permitir vai ser como o travesseiro fofo da sua cama depois de um dia cheio onde você se sentiu só, mas agora encontra o conforto do seu lar.