Thábata 05/03/2017
Resumo da obra: "Reflexões sobre alfabetização"
Emília Ferreiro em sua obra “Reflexões sobre alfabetização”, faz uma análise sobre a alfabetização, fazendo- nos repensar a nossa prática escolar. Em um primeiro momento a autora aborda a representação da linguagem e o processo de alfabetização, enfatizando a importância dos dois pólos do processo ensino-aprendizagem: quem ensina e quem aprende.e alerta para um terceiro item e que deve ser levado em conta: a natureza do objeto de conhecimento envolvendo essa aprendizagem.
Em um segundo momento a autora aborda as concepções das crianças a respeito do sistema de escrita, onde esclarece a importância das produções espontâneas, nas quais podem ser chamadas de garatujas. Dando sequência Emília Ferreiro fala sobre a polêmica em relação aos métodos utilizados no processo de alfabetização: analítico, sintético, fônico versus global, deixando claro que nenhuma dessas discussões levou em conta as concepções das crianças em relação ao sistema de escrita, deste modo para ela os métodos não oferecem nada mais do que sugestões, incitações.
Em seguida a autora fala sobre compreensão do sistema de escrita, no qual afirma que a leitura e a escrita têm sido tradicionalmente consideradas como objeto de uma instrução sistemática, todavia através de pesquisas a autora possui outra visão. Para ela as atividades de interpretação e de produção da escrita começam antes da escolarização, a aprendizagem se insere em um sistema de concepções previamente elaboradas e não pode ser reduzida à um conjunto de técnicas perceptivo-motora.
Emília Ferreiro deixa clara a sua preocupação com o desenvolvimento da leitura-escrita tanto pelo lado teórico quanto pelo lado prático. Segundo ela o analfabetismo ainda hoje é um grave problema e cabe o sistema ser mais sensível aos problemas das crianças e mais eficientes para resolvê-los, se quisermos reverter este quadro.
Finalizando a sua análise, Emília Ferreiro fala sobre o polêmico tema “deve-se ou não ensinar a ler e escrever na pré-escola?”, afirmando que este é um problema mal colocado, por ser falso o pressuposto no qual se baseiam ambas posições antagônicas. A mesma por fim ressalta que é necessário entender que a aprendizagem da linguagem escrita é muito mais do que a aprendizagem de um código de transcrição: é a construção de um sistema de representação.