João Ferreira 30/12/2013Resenha: A Faca Sutil [Crianças crescidas...]A Faca Sutil, do inglês Philip Pullman, é o segundo livro da trilogia Fronteiras do Universo, continuando a história do incrível mundo de Lyra Belacqua, e seu dimon Pantalaimon. O primeiro livro, A Bússola de Ouro, termina com Lyra entrando em uma passagem atrás de seu pai, passagem a qual levou a menina para um mundo intermediário, Cittàgazze (o que me fez lembrar do mundo intermediário encontrado por Digory e Polly na criação de Nárnia), um mundo onde estranhamente não existem pessoas adultas, somente crianças.
O livro começa contando a história de Will Parry, um garoto de 12 anos, maduro para a idade e que cuida da mãe com problemas mentais, depois de o pai ter desaparecido em uma incursão ao norte polar.
Tentando protejer a mãe, ele mata um homem por acidente e foge depois de ter escondido a mãe, se deparando com uma passagem para o mundo paralelo de Cittàgazze. Lá ele encontra a menina Lyra, e decide procurar seu pai, o qual se revela intimamente ligado a Lorde Asriel, pai de Lyra. Will se torna então o portador da Faca Sutil, um objeto tão poderoso e afiado que pode cortar qualquer coisa, inclusive passagens do nada para outros mundo.
Então, Lyra portando o aletiômetro e Will, a faca, eles partem procurando o pai de Will, John Perry.
Paralelamente, o livro traz a busca de Lee Scoresby pelo misterioso Grumman, um homem que sabe coisas importantes sobre o misterioso Pó.
Com muita ação, suspense e mistéio A Faca Sutil traz um mundo onde as crianças admitem hábitos extremamente maduros, nada infantis e inocentes, eles falam em matar a todo momento e realmente matam sem nenhum remorso, e pelo que parece estão prestes a entrar em uma guerra contra a Autoridade, ao que tudo indica ser Deus, o Senhor do Bem. Como todo grande clássico, o fim provavelmente será uma guerra entre o bem e o mal, só que no universo de Pullman, definir quem é quem pode ser uma tarefa inacreditavelmente árdua.